segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

ALMA CHEF

A experiência: Cheguei de volta a Belo Horizonte em 20 de outubro, depois de 21 anos morando em Brasília. Era quinta-feira, viajei o dia todo de carro e depois de um bom banho, deitei e dormi profundamente. A sexta-feira, 21/10, foi para resolver as últimas pendências para fechar o contrato de aluguel. À noite, dois amigos me chamaram para jantar em um dos restaurantes da badalada região de Lourdes. Não tínhamos reserva e tudo estava cheio. Demos sorte ao chegar no Alma Chef, dos chefs Felipe Rameh e Thiago Guerra, pois havia uma mesa disponível. Ficamos no piso superior, em local com pouca iluminação (não aprecio restaurantes em cuja decoração predomina a luz baixa porque dificulta ler o cardápio e ver o que se está comendo). O Alma Chef é bem conceituado na cidade, ganhador de vários prêmios gastronômicos, motivo pelo qual esperava um serviço melhor. O atendimento foi demorado, displicente, com esquecimentos de nossos pedidos. Ao escolher o vinho, demoraram para retornar com a informação de que aquele vinho tinha terminado. O chef Felipe foi simpático ao vir à mesa e nos cumprimentar. Não recordo o vinho que tomei, mas foram estes os pratos da noite:
1) começamos dividindo a entrada chamada de empanadas clássicas (cinco unidades - R$ 29,00). Demoraram a chegar. Dispostas em uma tora de árvore devidamente curtida em óleo (que está à venda no empório do restaurante), tinham bom aspecto, e foram servidas com um potinho de molho chimichurri. Talvez esse molho seja o clássico do nome, pois se comparadas às empanadas argentinas, estão bem distantes das conhecidas no país nosso vizinho e em outros países da América do Sul. O tamanho era menor, o recheio de carne não tinha cebola e estava seco. Estavam bem assadas, mas com uma crosta de açúcar que me pareceu mais uma ousadia do que uma releitura de um clássico. Este doce doce-salgado não caiu bem em meu paladar.
2) em seguida, pedimos outra entrada para compartir, uma burrata com baguete artesanal (R$ 49,00). O tamanho decepciona, tanto da burrata quanto da baguete. A baguete não foi suficiente para acompanhar o queijo. Pedimos outro pão, mas demorou tanto, que quando chegou, só existia o azeite em que a burrata estava parcialmente embebida.
3) como prato principal, pedi um picadinho (R$ 58,00), um dos patos que mais gosto da culinária brasileira. No caso, era uma releitura bem distinta do original: pois tinha manteiga de garrafa, mandioca, ovo frito, queijo coalho frito e vinagrete, ficando de fora o arroz, a farofa, a banana frita e o ovo pochê. A carne veio cortada em cubos médios, não em pequenas tiras, como o corte feito em ponta de faca. O prato não primava pela boa apresentação. A gema do ovo estava bem passada, o que mata o picadinho, pois o prazer de ver a gema escorrendo ao ser partida faz parte do ritual de se comer este clássico da cozinha brasileira. Mandioca muito seca. O molho veio em pequena quantidade e o queijo coalho estava sem sabor. Mesmo com molho, faltou suculência ao prato. Não gostei desta releitura.
Restaurante: Alma Chef
Endereço: Rua Curitiba, 2081, Lourdes, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 2551 5950
Reserva: sim
Wi-fi: disponível, mediante senha.
Data: 21/10/2016, sexta-feira, jantar.
Valor total da conta: R$ 612,90, para três pessoas, incluído o serviço, com bebida alcoólica. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 6.

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