segunda-feira, 15 de novembro de 2021

BAR DA DONA ONÇA - SÃO PAULO (SP)


Restaurante
: Bar da Dona Onça.

Endereço: Avenida Ipiranga, 200, lojas 27 e 29, Edifício Copan, Centro, São Paulo, SP.

Instagram: @bardadonaonca

Data: 02/11/2021 (terça-feira) - jantar.

Chef: Janaína Rueda.

Especialidade: culinária brasileira.

Tempo no restaurante: cerca de uma hora e meia.

Valor que paguei: R$ 129,00, com cartão de crédito.

Serviço: eficiente. Boa brigada de garçons e atendentes.


Ambiente: ao chegar na porta, uma recepcionista informou que tinha mesa disponível tanto do lado de dentro, quanto na calçada, do lado de fora. Preferimos a mesa interna. O restaurante tem um único salão, com as paredes de vidro dando para a rua, um bar ao fundo e banheiros, também ao fundo, na parte esquerda do salão. À direita do bar, há uma escada que dá acesso à cozinha, que fica na parte superior da loja. Mesas de madeira, sem toalhas, estilo boteco, bem próximas umas das outras (a la bistrôs parisienses), decoração em tons amarelados, com muita estampa de pele de onça, que reveste as geladeiras, está no jogo americano, na barra de madeira do balcão do bar, enfim, remete ao nome do restaurante. Nas mesas, álcool 70%, guardanapos individuais de papel e talheres envelopados em sacos de papel.

A experiência: compartilhamos uma entradinha e cada um pediu um prato principal. Para beber, fui de água com gás (R$ 8,00), pois o local só serve refrigerante natural ou orgânico. Ao final da refeição, tomei um café espresso (R$ 7,00), que veio servido em um lindo conjunto de cerâmica, acompanhado por um mini brigadeiro de chocolate e uma bala artesanal.

Entrada: bife a cavalo (R$ 59,00) - servidas seis mini porções próprias para comer de uma só bocada com as mãos. Uma base crocante assada , à base de farinha, com camadas dos ingredientes do prato: coxão mole picado bem fininho, cebola crocante, purê de batata (que também serve para segurar o recheio na base crocante) e um ovo de codorna frito por cima de tudo. Cada um comeu dois, mas a vontade foi de pedir mais. Coloquei tudo na boca e aconteceu a esperada explosão de sabores, com ótimo tempero.



Prato principal: galinhada moderna (R$ 82,00) - galinhada caipira, quiabo e gema curada. Servida em um prato fundo de porcelana branca, chegou exalando muito aroma. A apresentação é linda. Já tinha saboreado com os olhos e com o nariz. Faltava experimentar. Arroz bem molhadinho, com tempero sensacional. Pedaços de frango pequenos, sem osso, em abundância. Queria mais quiabo no prato. A gema, ao ser rompida, fez bonito no prato e no paladar. Aprovei e quero voltar para comer novamente.

PIPO SP - SÃO PAULO (SP)

Restaurante: Pipo.

Endereço: Avenida Europa, 158, Jardim Europa - Jardins, São Paulo, SP (Museu da Imagem e do Som - MIS).

Instagram: @pipo_sp

Data: 02/11/2021 (terça-feira) - almoço.

Chef: Felipe Bronze.

Especialidade: comida feita na brasa.

Tempo no restaurante: cerca de uma hora e meia.

Valor que paguei: R$ 140,00, com cartão de crédito.

Ambiente: salão amplo, com boa iluminação proporcionada pelas paredes de vidro, com vista para um jardim e para a entrada do museu. Há um bar na entrada, de onde se vê a movimentação de drinques, uma adega climatizada e um balcão onde as comidas na brasa são preparadas na grelha ou em um forno. Apesar destes equipamentos estarem no salão comedor, não há fumaça invadindo a área onde ficam os comensais. A decoração confere um ar moderno ao local, com uso de concreto, madeira e vidro. Mesas com tampo de pedra, cobertas com jogos americanos azuis, cadeiras de madeira ou assentos fixos com muita almofada. Guardanapos de papel individuais, protegidos em plásticos, talheres dentro de sacos de papel, álcool 70% nas mesas.

Serviço: eficiente.

A experiência: na porta, mediram nossa temperatura e nos levaram para uma mesa no centro do salão. Acomodados, acessamos o cardápio digital, via código QR disponível na mesa. Para beber, pedi uma Coca Cola sem açúcar e copo com gelo, sem limão (R$ 9,00). Compartilhamos um entrada, enquanto cada um pediu um prato principal.



Entrada: guiozas de polvo defumado (R$ 44,00). São quatro unidades servidas em um prato de cerâmica escura. A guioza é cozida no vapor e depois passada, rapidamente, na brasa. O recheio de polvo estava bem marcante, mas com um discreto defumado. O toque braseado fez toda a diferença no sabor desta entradinha.



Prato principal: arroz socarrat de camarão (R$ 88,00). Quando vi que tinha socarrat no cardápio, nem pensei duas vezes, pois é mega difícil de achar. Socarrat é o nome culinário para a rapa de arroz, aquela que fica tostadinha no fundo da panela. Aqui ela foi servida enrolada em forma de cilindro com os camarões feitos na brasa por cima, assim como o aioli e os tomatinhos assados. Dentro do socarrat, pedacinhos de linguiça. A crosta tostada do arroz estava divina. Por dentro, era suculento, com ótima umidade. O aioli foi o punch para o sabor. Comer todos os ingredientes na mesma bocada foi incrível. Belo prato.

domingo, 14 de novembro de 2021

BRÁZ PIZZARIA - HIGIENÓPOLIS - SÃO PAULO (SP)

Restaurante: Braz Pizzaria.

Endereço: Rua Sergipe, 406, Higienópolis, São Paulo, SP.

Instagram: @brazpizzaria

Especialidade: pizzas.

Ambiente: esta unidade fica em uma casa de dois pavimentos, com salões bem ambos, mas o interessante é ficar no salão térreo, onde está o movimento dos pizzaiolos, que ficam ao fundo, onde está um grande forno a lenha à mostra, cujas paredes são de tijolinho aparente. Decorado com paredes com dois tipos de acabamento, sendo a parte inferior com azulejos brancos e a parte superior com tijolinho a vista, conferindo ao salão um ar de cantina italiana. Mesas e cadeiras de madeira confortáveis, sem toalha de mesa, álcool gel na mesa, guardanapos de papel, talheres protegidos com sacos de papel.

Tempo no restaurante: cerca de uma hora e meia.

Data: 01/11/2021 - jantar.

Conta: R$ 187,40 (duas pessoas - eu e Gastón), pagos com cartão de crédito.

A experiência: quando chegamos, tinha uma pequena fila na porta, com duas pessoas na nossa frente. No meu relógio eram 20:29 horas. Quando chegou nossa vez de falar com o recepcionista, informei que tinha uma reserva, dando meu nome. Ele consultou o celular, dizendo que nossa reserva tinha caído, pois já eram mais de 20:30 horas, que o sistema derruba imediatamente. Argumentei que tinha chegado às 20:29 horas, que não iria furar fila, que eram 20:32 horas. Ele pediu um segundo, entrou, voltou e nos levou até uma mesa para quatro pessoas. Restaurante com todas as mesas ocupadas. Emi e Rogério ainda não tinham chegado. Com muita fome, pedimos uma fatia de pão de calabresa (fatia - R$ 29,00), pois estava bem à nossa frente, em um balcão, o que nos fez lembrar a Pizzaria Valentina em Brasília, onde costumávamos comer este tipo de pão que era delicioso, e cada um pediu H2OH limão 500 ml (R$ 9,80 cada). Gostei do pão da Braz. Em seguida, Emi e Rogério chegaram, a tempo de também desfrutar desta entradinha.

Pizzas: pedimos uma pizza grande (oito fatias), metade carbonara (R$ 99,00), metade bráz (R$ 82,00). Resolvemos pedir, depois de comer a grande, uma pizza individual (quatro fatias), sabor vai-vai (R$ 62,00). Experimentei fatias com os três recheios que escolhemos. A massa tem borda mais alta, como as pizzas napolitanas, sabor leve, que combina com qualquer recheio que lhe cubra.

1. carbonara: mussarela, pancetta em cubos, pecorino, ovo e pimenta do reino. Combinação perfeita. Tudo que tem ovo eu gosto. Levemente picante.

2. bráz: fatias de abobrinha ao alho assadas na lenha, mussarela e parmesão. O alho levantou o sabor deste recheio. Foi o que mais gostei, motivo pelo qual, comi duas fatias.

3. vai-vai: rúcula selvagem temperada e tomatinhos confit e mussarela. É difícil eu gostar de pizza com rúcula, pois geralmente essa verdura chega murcha por causa do calor da pizza e, na maioria das vezes, vem acompanhada de tomates secos (não gosto da acidez deste tipo de preparo do tomate). Neste caso, ela estava fresquinha, bem temperada e a combinação com tomates confit foi divina.

Ao final, cada um pediu uma xícara de café espresso Orfeu (R$ 7,00 cada uma).

O serviço é muito eficiente. Sempre os garçons estão atentos para servir mais alguma fatia aos comensais. As pizzas chegam em tempo adequado às mesas.

sábado, 13 de novembro de 2021

IZAKAYA ISSA - SÃO PAULO (SP)


Restaurante
: Izakaya Issa.

Endereço: Rua Barão de Iguape, 89, Liberdade, São Paulo, SP.

Instagram: @izakayaissa

Especialidade: culinária japonesa, sem sushi/sashimi.

Ambiente: local pequeno, com poucas mesas e um balcão onde também as pessoas são atendidas. Para ficar nas mesas, deve-se tirar os sapatos. Não há local para encostar as costas, o que torna desconfortável ficar sentado por muito tempo. Decoração que remete aos bares japoneses: muita madeira, luminárias quadradas brancas, quadros com caligrafia japonesa, um longo balcão para quem vai sozinho ou em dupla. Mais de dois no balcão já complica para uma boa conversa durante a refeição, sendo mais apropriado ficar nas mesas, apesar do desconforto.

Tempo no restaurante: contando desde a hora em que chegamos na porta, esperando na fila, ficamos por volta de duas horas.

Data: 01/11/2021 - almoço.

Conta: R$ 101,00 (duas pessoas - eu e Gastón), pagos com cartão de crédito.


A experiência
: chegamos na porta do restaurante às 12:50 horas. O lugar é minúsculo. Na porta, um balcão impedia as pessoas de entrar. Tinha fila. Duas mesas na nossa frente. Esperamos uns vinte minutos para chegar a nossa vez. Margarida, uma senhorinha de descendência japonesa, dona do negócio, é que recebe as pessoas. Confere a temperatura um a um, sempre apontando o aparelho para a testa do cliente, indica dois tapetes para que cada um higienize o calçado, mostrando, em seguida, a mesa disponível. Tem que tirar os sapatos para ficar nas mesas. Mesa baixa, difícil para um gordo, como eu, entrar, bem como para quem tem pernas grandes. Custei a me acomodar no canto, procurando, desde o início, onde poderia apoiar minhas costas. Se eu não tenho apoio para as costas, fico com dores horríveis na coluna (velhice...). A mesma senhorinha, Margarida, é que atende as mesas, entrega o cardápio, tira os pedidos, traz os pratos, verifica se tem mais gente chegando, traz a conta e faz a cobrança. Uma outra mulher, que parece ser parente dela, fica no balcão, atendendo aos clientes solitários ou em dupla. Margarida é apressada para retirar os pedidos. Ela entrega os cardápios e logo quer que a mesa faça o seu pedido. Talvez porque a fila do lado de fora só cresça. Decidimos a entrada, guioza no vapor, para compartilhar. Ela queria saber todo o pedido, pois a cozinha preparava tudo de uma vez. Pedimos mais um tempo. Não sabíamos a quantidade da comida. Assim, eu e Gastón escolhemos um tempurá de legumes, enquanto Emi e Rogério, tempurá de legumes e camarões. Nossa ideia era pedir isso e ver se teríamos que pedir mais alguma coisa depois que os pratos chegassem. Margarida questionou nosso pedido de tempurá, dizendo que o com camarões já vinha com legumes. Reforçamos que aquele era nosso pedido. Para beber, fui de Coca Cola, Gastón de água mineral com gás, Rogério e Emi de saquê. Eles perguntaram se o saquê era nacional. Margarida disse que só vendiam saquê importado do Japão, pois o nacional dava ressaca. O saquê foi servido em copos de vidro, parecendo aqueles copos de shots de bebidas destiladas, o que me causou surpresa, pois sempre vi saquê ser servido em recipientes quadrados de madeira. O prato com guioza chegou após uns vinte minutos. Seis unidades servidas em um prato de porcelana branca com desenho de uma flor na cor cinza claro. Foi ainda servido um potinho para cada um de nós com um molho para a guioza. Cozida no vapor e levemente frita, a guioza estava maravilhosa. Sabor leve, mas marcante. Ao mergulhá-la no molho, o sabor foi potencializado a mil. Cada um comeu uma guioza e meia. Nosso apetite e nossa expectativa para o tempurá aumentaram. Minhas costas já davam sinal de vida. Tentava achar a melhor forma de ficar sentado. As pessoas na mesa ao lado, que se acomodaram depois de nós, começaram a reclamar que seus pedidos não chegavam. O restante do nosso pedido também não chegava. Quase uma hora depois do pedido, chegou o tempurá de legumes com camarões. Era o prato de Emi e Rogério, que começaram a comer, inclusive oferecendo para comermos enquanto o nosso não chegava. Declinamos. Passados dez minutos, questionamos sobre o tempurá de legumes. Margarida, não muito humorada, disse que estava sendo feito, pois só havia uma panela para fazer essa comida. Rir foi a nossa reação. O prato chegou. Bem servido, quentinho. Tinha berinjela, batata, quiabo, couve-flor, brócolis, cenoura, cebola e shitake empanados. Acompanhou um molho. Eu não gosto do molho que acompanha o tempurá, acho sem graça. Comi os legumes como vieram. Não tinham tempero, mas o sabor dos legumes cozidos/fritos estavam presentes. Gastón, Emi e Rogério não gostaram do tempurá, acharam sem sabor. Nem se quiséssemos, ousaríamos pedir outro prato, pois a demora seria imensa. Pedimos a conta. Margarida trouxe um papel com o valor total, sem acréscimo de gorjeta. Fizemos os cálculos. Margarida nos apontou o caixa para fazer o pagamento. Calcei o sapato, tentei me aprumar para minimizar as dores nas costas, indo para o caixa. Quem cobrou foi a outra atendente. Paguei, com cartão de crédito, sem acrescentar o serviço, pois não gostamos da demora na entrega dos nossos pratos. Quando saímos, os pedidos das duas mesas que ficavam perto da nossa ainda não tinham chegado.

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

BRACE BAR E GRIGLIA - EATALY SP - SÃO PAULO (SP)


Restaurante
: Brace Bar e Griglia.

Endereço: Avenida Presidente Juscelino Kubitscheck, 1.489, Vila Nova Conceição (fica no terceiro piso do Eataly SP).

Instagram: @eatalybr

Chef: há pratos com a assinatura da Chef Ligia Karazawa.

Especialidade: dedicado à arte do fogo, comida feita na brasa.

Ambiente: instalado no terceiro piso do Eataly SP, tem dois ambientes, ambos com iluminação baixa. O ambiente que ficamos é uma espécie de terraço, mas como fazia frio, estava todo protegido para não entrar vento. Muitas plantas penduradas nas paredes e no teto. Mesas e cadeiras de madeira, confortáveis. Não há toalhas nas mesas. Guardanapos de papel e talheres embalados em sacos de papel. Sacos de papel para guardar as máscaras. Cozinha aparente na divisão dos dois salões do restaurante.

Tempo no restaurante: cerca de uma hora e meia.

Data: 31/10/2021 - jantar.

Conta: R$ 328,00 (valor para dois - eu e Gastón).

A experiência: pedi uma entrada para mim, e os demais pediram uma entrada para compartilhar (burrata al pesto e pinoli - R$ 69,00), cada um pediu um prato principal, sem sobremesas. Para beber, pedi uma soda italiana, Gastón pediu uma cerveja long neck, e, ao final, bebemos, cada um, uma xícara de café espresso.


Entrada
: uova con funghi e tartufo (R$ 52,00) - meio ovo cozido a baixa temperatura, creme de cogumelos e trufas negras. O prato é muito bem servido, com um aroma sensacional. O tempero dos cogumelos estava divino. Ovo cozido como gosto, com a gema mais molinha.


Prato principal: guancia di maiale (R$ 64,00) - bochecha de porco preto cozida e finalizada na grelha, acompanhada de arroz negro (o acompanhamento pode ser escolhido entre seis opções). Arroz servido em uma panelinha à parte. A bochecha de porco é bem servida, com ótimo aroma, mas não apreciei a sua textura. Estava compacta, enquanto gosto dela mais desfiadinha, o que a deixa mais úmida. Também, para meu paladar, faltou um tempero para dar um punch ao prato, totalmente diferente da minha entrada. Gastón pediu um polpo all'erbe (R$ 109,00) - polvo marinado com ervas, cozido e finalizado na grelha. Ele escolheu polenta cremosa com provolone defumado como seu acompanhamento. O garçom trocou as panelas e serviu para Gastón o purê de batatas que tinha pedido Emi, mas os dois perceberam e fizeram a troca eles mesmos. Não experimentei o prato de Gastón, mas me pareceu bem apetitoso.

O serviço é meio atrapalhado.

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

VISTA - MAC-USP - SÃO PAULO (SP)

Restaurante: Vista.

Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, 1.301, 8º andar, Vila Mariana (fica na cobertura do Museu de Arte Contemporânea da USP - MAC-USP).

Instagram: @vistaibirapuera

Chef: Marcelo Correa Bastos.

Especialidade: cozinha autoral com ingredientes brasileiros.

Ambiente: combinando com o local em que está inserido, um prédio projetado por Oscar Niemeyer, segue a linha moderna, com paredes de vidro, dando uma bela visão para o Parque do Ibirapuera e parte do skyline de São Paulo, além de ótima luminosidade interna. O teto é de concreto aparente. Música ambiente em bom volume, que não atrapalhava as conversas e um ótimo set list de música brasileira. Mesas com bom espaço entre elas (distanciamento é essencial em tempo de pandemia!). As mesas são quadradas, de madeira em duas cores envernizadas, com um pé central e base quadrada de ferro de cor escuro, sem toalhas, para deixar à mostra a bela composição das madeiras. Há um jogo americano de couro (me pareceu couro vegetal), em cor marrom com a logo do restaurante, talheres guardados em envelope de papel, guardanapo de papel também envolto em plástico fechado, um saco de papel branco para guardar as máscaras e um display ao centro com o código QR para acessar o cardápio digital. A logo do Vista está impressa em tudo, com exceção do saquinho para a máscara. Um vasinho com flores do cerrado compõe a decoração das mesas, mas quando sentamos, para liberar espaço, o vaso foi retirado.

Tempo no restaurante: cerca de duas horas.

Data: 31/10/2021.

Conta: R$ 324,00 (valor para dois - eu e Gastón, que não consumimos bebida alcóolica).

A experiência: pedimos duas entradas para compartilhar entre nós quatro, cada um pediu um prato principal, sem sobremesas. Para beber, pedi uma Coca Cola (R$ 9,00), Gastón foi de limonada suíça (R$ 10,00) e, ao final, bebemos, cada um, uma xícara de café espresso Três Corações (R$ 8,00 cada).

Entrada: pupunha assada na manteiga com cítricos e bottarga de vieira (R$ 42,00). Servida em um prato de cerâmica, vieram cinco pedaços de palmito pupunha assados com uma crosta de cor marrom. O palmito estava bem macio, sem nenhuma fibra dura. O sabor dos temperos cítricos que compunham a crosta fez a diferença, contrastando a acidez com a leve doçura do palmito. A bottarga de vieira nem precisava estar no prato, pois quase não aparece no sabor e não fez diferença alguma. Prato aprovado pelos quatro da mesa.

Entrada: torresmo com picles e mostarda Dijon - fatias de barriga de porco curadas e fritas, bem carnudas, com gordura na medida, acompanhadas de picles de rabanete, maxixe e mostarda (R$ 53,00). Vieram dez pedaços de torresmo de coloração rosada, servidos em uma tábua de madeira, com um papel manteiga por baixo para sugar a gordura existente (que era bem pouca). De um lado da tábua, um pedaço de limão e na outra extremidade diagonal, a mostarda de Dijon em boa quantidade. Entremeando os pedaços de carne, porções pequenas de picles de rabanete e de maxixe. Salsinha por cima para decorar (e para comer!). O torresmo vem praticamente sem tempero, o que nos motiou a comer nossos pedaços sempre com o picles ou com a mostarda ou com os dois juntos. Sem nada, era macio, mas sem um sabor que mexa com o paladar. No entanto, quando misturado com um pouquinho de mostarda de Dijon, tudo muda. O melhor do prato era o picles de maxixe. Deu vontade de pedir uma porção extra desse picles. Eu gostei do prato, mas nem todos da mesa o apreciaram. 

Prato principal: arroz de suã com vieiras - arroz cozido com caldo obtido do cozimento da espinha dorsal do porco, com pedacinhos de linguiça feitas no restaurante, coberto com vieiras levemente salteadas e aioli (R$ 105,00). O arroz veio servido em uma panela de ferro rasa bem quente com um sousplat de madeira redondo. Já iniciei a salivar com o aroma que vinha do prato e com a sua bela apresentação. Arroz com cozimento perfeito, molhadinho, muita suã desfiada, vieiras grelhadas bem macias e um aioli que casou perfeitamente com os ingredientes do prato. Pedida excelente para meu aniversário. Gastón pediu arroz de pato no tucupi e magret mal passado - arroz cozido em tucupi com lascas de pato, cogumelos, jambu e coentro, servido com o peito do pato grelhado mal passado (R$ 109,00). Ele gostou muito. Eu experimentei um pouco do arroz, pois adoro tucupi e jambu. Mesmo com uma pequena porção, a gostosa dormência provocada pelo jambu logo apareceu na ponta da língua. 

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

CANTÓN - SÃO PAULO (SP)







Restaurante: Cantón
Endereço: Rua Padre Chico, 631, Pompeia, São Paulo, SP
Instagram: @canton_sp
Chef: Marco Espinoza
Especialidade: fusão das culinárias chinesa e peruana.

Ambiente: a entrada do restaurante fica em uma esquina, tendo mesas de madeira encostadas nas paredes laterais da casa para quem quer e gosta de ficar na calçada. O salão interno é pequeno, com um bar dominando o seu fundo, de onde saem diversos drinques da casa. A decoração tem o vermelho como cor predominante com várias sombrinhas chinesas penduradas de cabeça para baixo no teto. Quatro dragões chineses também estão pendurados no teto, um em cada canto. A parede do banheiro masculino, que é bem pequeno, é coberta com um belo papel de parede estampado com carpas coloridas.
Tempo no restaurante: cerca de uma hora e meia.
Data: 30/10/2021.
Conta: R$ 183,50 (duas pessoas).

A experiência: por causa da pandemia, seguindo a tendência de todos os restaurantes, o cardápio está disponível por QR code. Depois de algumas tentativas frustradas dos quatro na mesa, conseguimos acessar o cardápio digital. Não é extenso, tendo os clássicos da culinária chifa (fusão das cozinhas chinesa e peruana). Pedimos duas entradas para compartilhar, recebemos uma cortesia da casa, e cada um pediu um prato principal. Vou relatar apenas o que experimentei.
Entrada: wontos fritos recheados com frango e porco, com toque cantonês e molho de tamarindo (há opções com seis e doze unidades. Pedimos a maior - R$ 49,00). Deliciosa massa, apresentada sem escorrer gordura, recheio bem temperado, sobressaindo a acidez do tamarindo. Para comer com as mãos e de uma só bocada para sentir todas as texturas e sabores do wonton.
Entrada: ceviche clássico (R$ 36,00) - 130 gramas de peixe branco, leite de tigre, cebola roxa crua, milho frito e chips de batata doce. Já tinha comido este ceviche no restaurante Taypá, em Brasília, conduzido pelo mesmo chef Marco Espinosa. É de comer rezando de tão bom. Para uma entrada compartilhada, serve bem duas pessoas.
Cortesia: mini sanduíche com pão bun (pão chinês cozido no vapor) recheado com picles de cebola, maionese de alho, saladinha de alface e cenoura e um pedaço de frango frito empanado. Mais uma iguaria deliciosa.
Prato principal: arroz chaufa diabo (R$ 64,00) - arroz frito na panela wok com frango, camarão, ovo, legumes e toque de pimenta. Aqui me arrependi um pouco da minha escolha. Não que estava ruim, muito antes pelo contrário, mas porque prefiro o chaufa mais clássico, somente com frango, sem camarões.


Entrada: ceviche clássico

Entrada: wonton frito                                             Cortesia: sanduíche pão bun com frango frito




Prato principal: Chaufa diabo








MAMA LEILA - SÃO PAULO (SP)


Restaurante
: Mama Leila.

Endereço: Rua João Moura, 1.167, Pinheiros, São Paulo, SP.

Instagram: @mamaleilarestaurante

Especialidade: culinária libanesa.

Ambiente: simples, com um salão pequeno, fotos de locais turísticos nas paredes, mesas de madeira, cadeiras de madeira e de plástico, buffet com as iguarias quentes e frias, estufa com salgados árabes quentinhos, álcool 70% disponível nas mesas, copos de plástico. No dia em que fomos, tinham dois garçons atendendo as mesas. O local lota, motivo pelo qual é aconselhável a chegar por volta de 12:30 horas, como fizemos.

Tempo no restaurante: cerca de uma hora e meia.

Data: 30/10/0/2021.

Conta: R$ 125,00 (duas pessoas).

A experiência: na mesa, a garçonete nos informou o sistema da casa: buffet no peso (R$ 92,00 o quilo aos sábados) ou rodízio, onde cada um se serve à vontade no buffet, quantas vezes quiser e aguentar. O preço do rodízio varia. Se for apenas uma pessoa que optar por esse serviço, sai a R$ 60,00, mais de quatro pessoas na mesma mesa, fica R$ 50,00 por pessoa o rodízio. Éramos seis pessoas. Todos escolheram o rodízio. Para beber, pedi uma água mineral com gás. No buffet, todos os pratos conhecidos da culinária árabe: coalhada seca, quibe cru, pasta de grão de bico (homus), tabule, babaganuche, chanclish, arroz marroquino, arroz com lentilha, falafel, quibe assado, kafta, pão árabe, abobrinha recheada com arroz e carne, berinjela assada recheada com arroz e carne, charuto, quibe labanie (quibe cozido na coalhada), quibe assado de abóbora moranga, quibe frito, esfihas, algumas são abertas (ricota, carne moída com cebola, escarola, zatar), couve-flor com molho de tahine, berinjela cozida no molho de tomate e grão de bico, arroz branco. Todos tinham excelente aparência e me convidavam para uma orgia gastronômica. Experimentei muitos destes pratos, sendo os meus preferidos do almoço o falafel (estava sequinho por fora e úmido por dentro, frito na hora), o quibe frito, bem recheado e com excelente tempero, a kafta, uma das iguarias árabes que mais aprecio, o tabule, com acidez na medida certa, e a esfiha de escarola (esta eu repeti 3 vezes). Foi uma ótima indicação dos amigos Bruno e Jorge. Durante o almoço, conversamos bastante, colocando nosso papo com os amigos paulistas em dia.