Restaurante: Izakaya Issa.Endereço: Rua Barão de Iguape, 89, Liberdade, São Paulo, SP.
Instagram: @izakayaissa
Especialidade: culinária japonesa, sem sushi/sashimi.
Ambiente: local pequeno, com poucas mesas e um balcão onde também as pessoas são atendidas. Para ficar nas mesas, deve-se tirar os sapatos. Não há local para encostar as costas, o que torna desconfortável ficar sentado por muito tempo. Decoração que remete aos bares japoneses: muita madeira, luminárias quadradas brancas, quadros com caligrafia japonesa, um longo balcão para quem vai sozinho ou em dupla. Mais de dois no balcão já complica para uma boa conversa durante a refeição, sendo mais apropriado ficar nas mesas, apesar do desconforto.
Tempo no restaurante: contando desde a hora em que chegamos na porta, esperando na fila, ficamos por volta de duas horas.
Data: 01/11/2021 - almoço.
Conta: R$ 101,00 (duas pessoas - eu e Gastón), pagos com cartão de crédito.
A experiência: chegamos na porta do restaurante às 12:50 horas. O lugar é minúsculo. Na porta, um balcão impedia as pessoas de entrar. Tinha fila. Duas mesas na nossa frente. Esperamos uns vinte minutos para chegar a nossa vez. Margarida, uma senhorinha de descendência japonesa, dona do negócio, é que recebe as pessoas. Confere a temperatura um a um, sempre apontando o aparelho para a testa do cliente, indica dois tapetes para que cada um higienize o calçado, mostrando, em seguida, a mesa disponível. Tem que tirar os sapatos para ficar nas mesas. Mesa baixa, difícil para um gordo, como eu, entrar, bem como para quem tem pernas grandes. Custei a me acomodar no canto, procurando, desde o início, onde poderia apoiar minhas costas. Se eu não tenho apoio para as costas, fico com dores horríveis na coluna (velhice...). A mesma senhorinha, Margarida, é que atende as mesas, entrega o cardápio, tira os pedidos, traz os pratos, verifica se tem mais gente chegando, traz a conta e faz a cobrança. Uma outra mulher, que parece ser parente dela, fica no balcão, atendendo aos clientes solitários ou em dupla. Margarida é apressada para retirar os pedidos. Ela entrega os cardápios e logo quer que a mesa faça o seu pedido. Talvez porque a fila do lado de fora só cresça. Decidimos a entrada, guioza no vapor, para compartilhar. Ela queria saber todo o pedido, pois a cozinha preparava tudo de uma vez. Pedimos mais um tempo. Não sabíamos a quantidade da comida. Assim, eu e Gastón escolhemos um tempurá de legumes, enquanto Emi e Rogério, tempurá de legumes e camarões. Nossa ideia era pedir isso e ver se teríamos que pedir mais alguma coisa depois que os pratos chegassem. Margarida questionou nosso pedido de tempurá, dizendo que o com camarões já vinha com legumes. Reforçamos que aquele era nosso pedido. Para beber, fui de Coca Cola, Gastón de água mineral com gás, Rogério e Emi de saquê. Eles perguntaram se o saquê era nacional. Margarida disse que só vendiam saquê importado do Japão, pois o nacional dava ressaca. O saquê foi servido em copos de vidro, parecendo aqueles copos de shots de bebidas destiladas, o que me causou surpresa, pois sempre vi saquê ser servido em recipientes quadrados de madeira. O prato com guioza chegou após uns vinte minutos. Seis unidades servidas em um prato de porcelana branca com desenho de uma flor na cor cinza claro. Foi ainda servido um potinho para cada um de nós com um molho para a guioza. Cozida no vapor e levemente frita, a guioza estava maravilhosa. Sabor leve, mas marcante. Ao mergulhá-la no molho, o sabor foi potencializado a mil. Cada um comeu uma guioza e meia. Nosso apetite e nossa expectativa para o tempurá aumentaram. Minhas costas já davam sinal de vida. Tentava achar a melhor forma de ficar sentado. As pessoas na mesa ao lado, que se acomodaram depois de nós, começaram a reclamar que seus pedidos não chegavam. O restante do nosso pedido também não chegava. Quase uma hora depois do pedido, chegou o tempurá de legumes com camarões. Era o prato de Emi e Rogério, que começaram a comer, inclusive oferecendo para comermos enquanto o nosso não chegava. Declinamos. Passados dez minutos, questionamos sobre o tempurá de legumes. Margarida, não muito humorada, disse que estava sendo feito, pois só havia uma panela para fazer essa comida. Rir foi a nossa reação. O prato chegou. Bem servido, quentinho. Tinha berinjela, batata, quiabo, couve-flor, brócolis, cenoura, cebola e shitake empanados. Acompanhou um molho. Eu não gosto do molho que acompanha o tempurá, acho sem graça. Comi os legumes como vieram. Não tinham tempero, mas o sabor dos legumes cozidos/fritos estavam presentes. Gastón, Emi e Rogério não gostaram do tempurá, acharam sem sabor. Nem se quiséssemos, ousaríamos pedir outro prato, pois a demora seria imensa. Pedimos a conta. Margarida trouxe um papel com o valor total, sem acréscimo de gorjeta. Fizemos os cálculos. Margarida nos apontou o caixa para fazer o pagamento. Calcei o sapato, tentei me aprumar para minimizar as dores nas costas, indo para o caixa. Quem cobrou foi a outra atendente. Paguei, com cartão de crédito, sem acrescentar o serviço, pois não gostamos da demora na entrega dos nossos pratos. Quando saímos, os pedidos das duas mesas que ficavam perto da nossa ainda não tinham chegado.
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