quinta-feira, 11 de novembro de 2021

VISTA - MAC-USP - SÃO PAULO (SP)

Restaurante: Vista.

Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, 1.301, 8º andar, Vila Mariana (fica na cobertura do Museu de Arte Contemporânea da USP - MAC-USP).

Instagram: @vistaibirapuera

Chef: Marcelo Correa Bastos.

Especialidade: cozinha autoral com ingredientes brasileiros.

Ambiente: combinando com o local em que está inserido, um prédio projetado por Oscar Niemeyer, segue a linha moderna, com paredes de vidro, dando uma bela visão para o Parque do Ibirapuera e parte do skyline de São Paulo, além de ótima luminosidade interna. O teto é de concreto aparente. Música ambiente em bom volume, que não atrapalhava as conversas e um ótimo set list de música brasileira. Mesas com bom espaço entre elas (distanciamento é essencial em tempo de pandemia!). As mesas são quadradas, de madeira em duas cores envernizadas, com um pé central e base quadrada de ferro de cor escuro, sem toalhas, para deixar à mostra a bela composição das madeiras. Há um jogo americano de couro (me pareceu couro vegetal), em cor marrom com a logo do restaurante, talheres guardados em envelope de papel, guardanapo de papel também envolto em plástico fechado, um saco de papel branco para guardar as máscaras e um display ao centro com o código QR para acessar o cardápio digital. A logo do Vista está impressa em tudo, com exceção do saquinho para a máscara. Um vasinho com flores do cerrado compõe a decoração das mesas, mas quando sentamos, para liberar espaço, o vaso foi retirado.

Tempo no restaurante: cerca de duas horas.

Data: 31/10/2021.

Conta: R$ 324,00 (valor para dois - eu e Gastón, que não consumimos bebida alcóolica).

A experiência: pedimos duas entradas para compartilhar entre nós quatro, cada um pediu um prato principal, sem sobremesas. Para beber, pedi uma Coca Cola (R$ 9,00), Gastón foi de limonada suíça (R$ 10,00) e, ao final, bebemos, cada um, uma xícara de café espresso Três Corações (R$ 8,00 cada).

Entrada: pupunha assada na manteiga com cítricos e bottarga de vieira (R$ 42,00). Servida em um prato de cerâmica, vieram cinco pedaços de palmito pupunha assados com uma crosta de cor marrom. O palmito estava bem macio, sem nenhuma fibra dura. O sabor dos temperos cítricos que compunham a crosta fez a diferença, contrastando a acidez com a leve doçura do palmito. A bottarga de vieira nem precisava estar no prato, pois quase não aparece no sabor e não fez diferença alguma. Prato aprovado pelos quatro da mesa.

Entrada: torresmo com picles e mostarda Dijon - fatias de barriga de porco curadas e fritas, bem carnudas, com gordura na medida, acompanhadas de picles de rabanete, maxixe e mostarda (R$ 53,00). Vieram dez pedaços de torresmo de coloração rosada, servidos em uma tábua de madeira, com um papel manteiga por baixo para sugar a gordura existente (que era bem pouca). De um lado da tábua, um pedaço de limão e na outra extremidade diagonal, a mostarda de Dijon em boa quantidade. Entremeando os pedaços de carne, porções pequenas de picles de rabanete e de maxixe. Salsinha por cima para decorar (e para comer!). O torresmo vem praticamente sem tempero, o que nos motiou a comer nossos pedaços sempre com o picles ou com a mostarda ou com os dois juntos. Sem nada, era macio, mas sem um sabor que mexa com o paladar. No entanto, quando misturado com um pouquinho de mostarda de Dijon, tudo muda. O melhor do prato era o picles de maxixe. Deu vontade de pedir uma porção extra desse picles. Eu gostei do prato, mas nem todos da mesa o apreciaram. 

Prato principal: arroz de suã com vieiras - arroz cozido com caldo obtido do cozimento da espinha dorsal do porco, com pedacinhos de linguiça feitas no restaurante, coberto com vieiras levemente salteadas e aioli (R$ 105,00). O arroz veio servido em uma panela de ferro rasa bem quente com um sousplat de madeira redondo. Já iniciei a salivar com o aroma que vinha do prato e com a sua bela apresentação. Arroz com cozimento perfeito, molhadinho, muita suã desfiada, vieiras grelhadas bem macias e um aioli que casou perfeitamente com os ingredientes do prato. Pedida excelente para meu aniversário. Gastón pediu arroz de pato no tucupi e magret mal passado - arroz cozido em tucupi com lascas de pato, cogumelos, jambu e coentro, servido com o peito do pato grelhado mal passado (R$ 109,00). Ele gostou muito. Eu experimentei um pouco do arroz, pois adoro tucupi e jambu. Mesmo com uma pequena porção, a gostosa dormência provocada pelo jambu logo apareceu na ponta da língua. 

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