sábado, 17 de novembro de 2018

COSME - NEW YORK


Noite especial. Dia de comemoração de meus 55 anos. Gosto de celebrar em bons restaurantes. Desta vez, consultei a lista 2018 da The World's 50 Best Restaurants para escolher onde jantar. O escolhido foi o Cosme, que está em 25º lugar nesta lista, é comandado pelos chefs Enrique Olvera e Daniela Soto-Innes, praticando uma cozinha contemporânea inspirada na culinária mexicana. A reserva foi feita em 02/10/2018, exatamente trinta dias antes, pelo site Open Table, que também tem App. Depois de reservado, por coincidência, encontro um amigo que havia estado no Cosme dois meses antes. Ele foi só elogios. Expectativa alta.


Restaurante: Cosme
Endereço: 35 East 21st St, New York, USA.
Data: 31/10/2018, quarta-feira, jantar.
Especialidade: cozinha contemporânea inspirada na culinária mexicana.
Ambiente: tem um salão de espera, onde também há uma mesa grande, logo na entrada, um bar no centro com algumas mesas menores ao seu redor e um salão maior ao fundo, onde fomos acomodados, em mesa para dois, mas em tamanho razoável. As mesas são bem coladas umas nas outras, o que torna um pouco invasivo se você quer mais privacidade. A iluminação é meia-luz, com velinhas nas mesas, que também têm pequenos vasos com flores decorando-as. Por falar em decoração, elementos da cultura mexicana estão por toda a parte do restaurante, mas não pesam o ambiente.
Serviço: recepção eficiente, checando o meu nome na entrada, conferindo minha reserva e oferecendo para guardar os casacos. Minha reserva estava marcada para 19:45 horas, horário em que chegamos. Nossa mesa já estava pronta. Na mesa, um garçom de origem mexicana se apresentou, entregou os cardápios, explicando os pratos e o tamanho de cada um deles, sugerindo a quantidade de pratos que cada um deveria pedir. Há três seções de pratos salgados no menu, sendo que a maioria deles serve uma pessoa. O garçom informou que a última opção da terceira parte do menu era a especialidade da casa, sendo em quantidade suficiente para duas pessoas. Pratos chegaram em tempo correto à mesa, dando espaço suficiente entre as etapas.

Bebida: pensei em beber um vinho, mas preferi escolher um drinque, o Striptease (U$ 18), elaborado com o mezcal Marca Negra, uma bebida típica do México feita a base de algave, vermouth Dolin Blanc, guanabara, e sal de absinto. Veio servido em um copo de vidro de água, decorado com uma rodela de pepino e muito gelo. Achei bem fraquinha, com forte presença do sabor cítrico no paladar. Pedi água sem gás para acompanhar. O garçom colocou uma garrafa ao meu lado. Durante toda a nossa permanência no restaurante, a garrafa de água nunca ficou vazia, assim como a de água com gás que meu marido pediu. As águas eram cortesia.







Principal: Seguimos a sugestão do garçom. Cada um pediu um prato da primeira e um da segunda parte do menu, enquanto da terceira, resolvemos escolher o único prato que servia duas pessoas, a especialidade da casa. Assim, comi:

1º prato -  vieiras aguachile, wasabi, pepino e pimenta da jamaica. Servido em um prato fundo, as vieiras estavam envoltas em lâminas finíssimas de rabanete branco. Aguachile é o método de preparo da vieira. Lembra o ceviche, pela forte presença do limão. Pepino, wasabi e pimenta da jamaica estavam em estado líquido, abaixo da trouxinha de rabanetes. Vieiras bem delicadas, suaves, quase desmanchavam na boca. O tempero do líquido tinha um sutil picante, ao contrário do que poderia parecer por causa da mistura dos ingredientes com personalidades fortes. O rabanete deu o sabor mais forte, para fazer contraste com a delicadeza da carne da vieira. Belo início de jantar.


2º prato - cobia al pastor (um peixe de carne branca preparado no estilo mexicano al pastor), purê de abacaxi e coentro. Prato de lindo visual. O peixe é servido destrinchado (al pastor), quase cru por dentro e levemente maçaricado nas bordas, dando um toque sutil de defumado. Por cima dele, mais uma vez, foram servidas finas lâminas de rabanete, o que equilibrou o sabor levemente adocicado/defumado do peixe. Ao lado, um delicioso purê de abacaxi, com doçura suave. Este prato foi confirmando as minhas expectativas positivas em relação ao restaurante.



OBS: ainda como 2º prato, experimentei uma fatia do prato pedido por meu marido, uma tortilla de milho adocicado, com cobertura de cogumelos king trumpet e chanterelle, além de queijo cheddar novaiorquino. Massa crocante, cogumelos frescos e carnudos, queijo com ótimo sabor. Ótima combinação. O detalhe é que no menu estava escrito que este prato é para compartilhar. E é mesmo! Parecia uma pizza de massa bem fina e crocante. Veio dividido em quatro fatias.




3º prato -  a especialidade da casa: carne de pato cozida em 96 horas, servida com muito coentro fresco, cebolas e rabanete (outra vez, só que de outro tipo, mais esverdeado). Ao lado, acompanhava um cesto de tortillas de milho adocicado. Melhor comer com as mãos. Peguei um pouco da carne do pato, que desprendia facilmente, usando o garfo, coloquei na tortilla, acrescentei um pouco da cebola, uma rodela de rabanete (fina como um carppaccio),  um pouco do molho picante também servido com o prato, enrolei e levei à boca. Sensacional. De comer rezando. O prato é mega bem servido, mas já tínhamos comido tanto nas duas etapas anteriores, que não houve possibilidade de saborear o tanto que queria. Os olhos não venceram a razão desta vez. Impressionou a quantidade de tortillas que vieram no cesto. Não contei, mas com certeza tinha, pelo menos, uma dúzia delas. Fechamos o jantar com chave de ouro, pois foi impossível pedir a sobremesa. Nem quisemos ver a carta para não ficar muito tentados.
Valor total da conta: U$ 273,27, acrescidos de U$ 26,73, que deixamos de gorjeta, totalizando U$ 300. Pagamos em dinheiro. Preço para duas pessoas.
Minha nota: 9.

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