quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

EL MEJOR AJIACO DEL MUNDO - ANTIGUA SANTA FÉ

RestauranteEl Mejor Ajiaco del Mundo - Antigua Santa Fé
Endereço: Calle 11 # 6 - 20, La Candelaria, Bogotá, Colômbia.
Fone: +57 1 566 6948
Data: 30/10/2017, segunda-feira, almoço.
Especialidade: culinária colombiana, com destaque para o ajiaco.
Ambiente: fica no centro histórico de Bogotá, a poucos metros da imponente Plaza de Bolivar, em um trecho repleto de pequenos restaurantes que vendem comida típica colombiana. O restaurante fica em uma casa apertada, com entrada estreita, ocupando dois pisos. Na porta parede ao lado da porta está o antigo nome da casa, que hoje passou a ser um nome coadjuvante: Antigua Santa Fé. No térreo, além do pequeno salão principal, fica também a cozinha e um balcão. Decoração bem simples. Restaurante concorrido, especialmente na hora do almoço, onde locais e turistas disputam mesas para apreciar o melhor ajiaco do mundo.
Serviço: como muita gente entra para comer o ajiaco, o serviço é rápido, com pratos chegando à mesa fumegando em menos de dez minutos. Garçons sem firulas, que cumprem corretamente seu papel.
Bebida: almoço rápido, pedi uma Coca Cola Zero garrafa de 350 ml (COP 3.500).
Principal: não tive dúvidas, estava ali para experimentar o melhor ajiaco do mundo, pedido idêntico para todos da nossa mesa: ajiaco santaferreño (COP 22.000). O prato é super bem servido, ao ponto de nenhum de nós ter conseguido comer tudo. Concluímos que um prato serve tranquilamente duas pessoas. Em uma cumbuca grande veio servido o ajiaco, prato típico bogotano, que parece uma sopa, mas bem espessa. Na cumbuca, um caldo grosso feito com três tipos de batatas locais (sabanera, pastusa e criolla), frango desfiado, alcaparras, creme de leite (só por cima, sem ser enjoativo), mazorca (milho cozido servido no sabugo, que estava macio), e guasca, uma erva muito consumida no país, que dá uma levantada no sabor incrível. Servidos à parte, vieram arroz branco e uma fatia de abacate. O ajiaco realmente é muito bom, com excelente tempero. Potente, é propício para ser apreciado em dias mais frios. Assim que comecei a comer, o calor interno provocou um suadouro imediato. O abacate estava bem cremoso e suave, funcionando como uma espécie de "limpador" da potência do creme de batatas. Aprovadíssimo.
Valor total da conta: COP 125.400, para quatro pessoas, já incluída a gorjeta sugerida pela casa. Pagamento em dinheiro.
Minha nota: 8,5.

ANDRÉS CARNE DE RES

Restaurante: Andrés Carne de Res
Endereço: Calle 3 # 11A - 56, Chía, Cundinamarca, Colômbia.
Fone: +57 1 861 2233
Data: 29/10/2017, domingo, almoço.
Especialidade: culinária colombiana, com destaque para as carnes.
Chef: Marco Antonio Beltrán.
Ambiente: o restaurante está localizada em Chía, distante cerca de 30 quilômetros de Bogotá, situado em uma enorme edificação de madeira, tipo cabana, o que confere ao local um ar rústico. A decoração é bem exagerada, no melhor estilo kitsch, com a cor vermelha dominando a cena. As mesas estão espalhadas em vários ambientes, alguns com mais iluminação do que outros. O desconforto é grande, pois além de as mesas estarem coladas umas nas outras, as cadeiras, estilo bancos rústicos de fazenda, não são agradáveis de se ficar por muito tempo. Há muitas frases de impacto penduradas por todo o restaurante. A música é alta demais e quando há apresentação de danças, geralmente protagonizadas pelos próprios funcionários, aumentam o volume. Ficamos em uma mesa em apertado salão, próximos a uma caixa de som, o que incomodou durante todo o tempo em que lá ficamos. Cada mesa recebe um nome que fica inscrito em um coração vermelho pendurado no lustre que a ilumina. No nosso caso, ficamos na mesa Globo. Há muito merchandising, especialmente nas vacas de vinil, como aquelas da Cow Parade, que ficam na calçada em frente ao restaurante.
Serviço: os recepcionistas se esforçam para ser simpáticos, mas não conseguem transparecer espontaneidade. Chegamos sem reserva, por volta de 14:30 horas de um domingo, quando estava bem cheio. Há um sistema de comunicação via rádio interno que garante agilidade na hora de acomodar os clientes. Quanto aos garçons, a maioria deles estudantes universitários, não primam pelo profissionalismo. Lentos, muitos visivelmente sem vontade de trabalhar. A comida demorou muito para chegar à mesa, mas as bebidas demoraram muito mais, chegando depois que já tínhamos a começado a comer os petiscos de entrada. Como era véspera de meu aniversário, o guia falou para a gerente que, por sua vez, providenciou um "evento" em nossa mesa: um trio com roupas típicas tocou e cantou, colocando em mim e em meu amigo, também aniversariante, uma faixa de "Feliz Aniversário" e um chapéu no estilo daquelas coroas de papel do Burger King. Mico total. A carta é algo surreal, um livro de 76 páginas!
Bebida: já que estava em local de comida típica, pedi uma bebida refrescante colombiana, a limonada de coco (COP 16.800). Foi servida em um inusitado copo alto, cuja asa era uma colher retorcida. Novamente, como no jantar da noite anterior em Bogotá, tinha muito gelo e quase não se sentia o gosto do limão, sobressaindo o coco no paladar. Era muito doce também. Não me agradou.
Entrada: compartilhamos, por sugestão de nosso guia, um prato com iguarias colombianas fritas, o mixto de fritos (COP 49.800). O prato é bem servido, tendo visual feio. Como eram petiscos fritos, este prato é muito gorduroso e se torna enjoativo. Nele vieram duas empanadas de carne, que estavam excessivamente encharcadas de gordura; um patacón (disco frito de banana verde amassada), com gosto de gordura velha; yuca (mandioca), sequinha, mas dura; papa criolla, tipo batata bolinha, fritas com casca e bem saborosas; chicarrón (nosso torresmo), que não tinha nenhum sabor; mini chorizo, linguiça bem temperada e gostosa; mini morcilla, nosso chouriço com muita gordura; guacamole, que estava bom, mas faltou algo para passá-la, tipo pão; e hogao, um molho muito usado na culinária colombiana para acompanhar patacones, arepas, mandioca, entre outros. Em sua composição leva cebola, tomate, cominho, alho, sal e pimenta. Foi o melhor item do prato e potencializou a mandioca, bem como o patacón.
Principal: como a especialidade do local é a carne, nem tive trabalho de ler o extenso cardápio de 76 páginas. Fui direto na seção de carnes, perguntei ao garçom qual era o de maior saída e escolhi a punta de anca 250 gramas (COP 45.000). O prato consistia de um pedaço de carne assado na brasa, batatas criollas cozidas e levemente fritas e uma arepa tostada. Tudo servido em uma tábua de madeira, mas cada um disposto separadamente. A carne estava em uma mini tábua de ferro, as batatas em um copo de alumínio e a arepa solta na tábua maior. O melhor do prato foi a batata, que estava bem temperada, macia por dentro, com muito sabor. A carne era um pouco dura, difícil de mastigar, mas, pelo menos, tinha bom tempero. A arepa veio levemente umedecida, o que, no meu entender, prejudicou seu sabor.
Valor total da conta: COP 371.265, para quatro pessoas, já incluída a gorjeta sugerida pela casa. Pagamento em dinheiro.
Minha nota: 5.
Observação: mesmo com uma experiência não muito feliz no quesito comida, e com o desconforto físico e auditivo do restaurante, entendo que o Andrés Carne de Res é um local para se conhecer, pois sua decoração, aliada às atrações diárias, o tornou um ponto turístico colombiano, um must to go in Colombia.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

CENTRAL CEVICHERÍA

Restaurante: Central Cevichería
Endereço: Carrera 13 # 85 - 14, Zona Rosa, Bogotá, Colômbia.
Fone: +57 1 644 7766
Web: https://centralcevicheria.com/
Data: 28/10/2017, sábado, jantar.
Especialidade: gastronomia colombiana, com destaque para os ceviches.
Chef: Andrew Blackbourne
Ambiente: restaurante grande, com uma disputada varanda, que fica próxima da calçada, um balcão de espera de frente para as grelhas, sendo possível ver os cozinheiros assando aromáticas arepas, e um salão no segundo piso. A decoração tem elementos marinhos, com peixes de madeira e frases que informam que o restaurante compra de quem faz pesca sustentável.
Serviço: chegamos sem reserva, por volta de 22 horas, em dia chuvoso. Fomos recebidos por uma simpática recepcionista que nos acomodou no balcão, onde esperamos uma mesa vagar, o que demorou cerca de 20 minutos. Garçons simpáticos, atenciosos e pacientes para explicar toda a carta. Os pratos não demoraram a chegar à mesa.
Bebida: fui de um clássico sem álcool da Colômbia: limonada de coco (COP 6.500). Estava com muito gelo, o que atrapalhou sentir o seu sabor. Era uma noite fria, não sendo necessária a quantidade de gelo que serviram no copo.
Couvert: como cortesia, serviram uma porção de arepas, comida típica colombiana, que vai bem com tudo. À base de farinha, foi servida levemente tostadas, acompanhadas por um molho picante de tomate e uma pequena porção de manteiga. Gostosa e potente. Sugeriram, e aceitamos, uma porção de patacones (COP 10.900), outro prato típico muito consumido em toda a Colômbia. São discos fritos feitos com banana verde amassadas. Estavam um pouco gordurosos, mas consistentes. Geralmente não têm sal, ideal para acompanhar carnes e peixes com caldo.
Prato principal: decidi fazer da entrada meu prato principal. Não tive dúvidas em pedir o carro chefe da casa, ou seja, o ceviche. Na carta havia doze opções, sendo seis picantes e seis não picantes. O preço varia de acordo com sua escolha da proteína: peixe de água salgada, camarão, polvo ou misto (o cliente pode eleger as proteínas que quiser). Escolhi o misto Al Tigre (COP 22.900), da seção de não picantes. Mesmo para uma entrada, era um porção abundante, servida em uma taça daquelas de tomar sorvete das décadas de sessenta e setenta. Tinha peixe branco, polvo (bem macio), camarões pequenos, milho (muito macio), cebola roxa (cebolla ocañera), tomate e toques cítricos. O leche de tigre era mais suave do que o servido em ceviches peruanos, com sabor cítrico bem discreto, o que me permitiu distinguir melhor os ingredientes do prato. Gostei muito.
Valor total da conta: COP 388.526, para quatro pessoas, incluída a gorjeta sugerida na própria conta. Pagamento em dinheiro.
Minha nota: 9.

sábado, 2 de dezembro de 2017

7ª REUNIÃO - CONFRARIA BEAGÁ

Confraria Beagá encerrou as reuniões do ano em 28 de novembro de 2017, quando se encontrou pela sétima vez desde sua instalação. Mais uma vez a degustação ocorreu no apartamento de Leo e Gastón. Participaram todos os seis confrades: Leo, Emi, Rogério, Marcelo, Sônia e Luís Fernando. Eis o que degustamos na noite, cujo tema foi "Espumantes":

Espumante 1Valmarino & Churchill Extra Brut

Espumante safrado, safra 2014, com 12% de gradação alcoólica, elaborado com 70% de uvas chardonnay e 30% pinot noir, pela vinícola Valmarino, na região de Pinto Bandeira, Rio Grande do Sul, Brasil. Na taça, mostrou-se com coloração amarelada e tons esverdeados, enquanto que, no nariz, os confrades sentiram notas de abacaxi, pequi bem suave, amanteigado, fermento de pão, coco, frutas caramelizadas, chocolate branco. Na boca, acidez presente, fresca, carambola, kiwi, estrutura grande, persistência longa, cítrico. Perlages finas, intensas e constantes. Harmoniza bem com peixes e frutos do mar. Estagiou 12 meses em barricas de carvalho novas. Foi servida a uma temperatura de 9º C. Custou R$ 95,10 na loja A Garrafeira, que fica em Brasília, DF.

Champanhe 2Tattinger Millesimé 2008

Safra 2008, com 12,5% de gradação alcoólica. Elaborado com 50% da casta chardonnay e 50% de pinot noir. Produzido por Tattinger na região de Reins, Champagne, França. Na taça, revelou cor amarelo palha, com perlage fina, concentradas ao centro e muito persistentes. No nariz, os confrades sentiram tostado, pão, caramelo, levedura, floral, cítrico. Na boca, ácida, azedinha, cremosa, fresca, persistente, preenchendo toda a boca. Foi servida a uma temperatura de 9º C. Custou R$ 375,00 na Casa Santa Luzia. Seu potencial de guarda é de 10 anos. Foi a campeã da noite, sendo o preferido por Emi, Leo, Marcelo, Sônia e Luís Fernando.

Champanhe 3Jacquesson Cuvé nº 738 Extra Brut

Não é safrada, tendo 12% de álcool, elaborado com 61% de chardonnay, 21 % pinot meunier e 18% pinot noir, por Famille, na região de Champagne, França. Cor amarelo claro e perlage bem fina. No nariz, sentimos frutas amarelas, butano, gás, lavanda, casca de limão. Na boca, picante, com sensação de ser muito gasosa, retrogosto amargo. Foi servida a uma temperatura de 8º C. Custou R$ 514,00 na Casa Santa Luzia. O preferido da noite por Rogério.

Terminada a degustação, teve início o jantar, composto de quatro etapas. Durante a refeição, tomamos dois vinhos tintos. O primeiro foi um La Ca'Nova Loreto, com 14,5% de álcool, produzido com a casta barbera d'alba, na região de Barbaresco, Piemonte, Itália (R$ 106,00 na Casa do Vinho). O segundo foi o vinho Primeira Estrada, 100% syrah, safra 2014, com 14 % de álcool, produzido pela vinícola Estrada Real, no sul de Minas Gerais, Brasil (R$ 99,90 no Verdemar).

Eis nosso jantar, preparado pelo argentino Chef Gastón Almada:
Entrada 1: tempurá de legumes (jiló, berinjela, cenoura e batata doce), com chutney picante de manga.
Entrada 2: ceviche de camarão com nectarina, espuma de abacate e chips de batata doce.
Principal: pernil prensado marinado em laranja e tomilho, farofa de alho com manjericão e compota de maçã.
Sobremesa: rabanada com sorvete de canela e passas ao rum.

6ª REUNIÃO - CONFRARIA BEAGÁ

Confraria Beagá reuniu-se pela sexta vez na noite de 19 de outubro de 2017, no apartamento de Leo e Gastón. Participaram os confrades: Leo, Emi, Rogério, Sônia e Luís Fernando. Eis os vinhos da noite, cujo tema foi "Piemonte, Itália":

Vinho 1Socré

Safra 2013, com 13% de gradação alcoólica, elaborado com 100% de uvas dolcetto d'alba pela vinícola Socré, na região de Barbaresco, Piemonte, Itália. Na taça, mostrou-se com coloração rubi, com nuances violeta, enquanto que, no nariz, os confrades sentiram notas de frutas vermelhas, amora, framboesa, mirtilo, tutti frutti. Na boca, sentimos um leve amargor, baixa acidez, é adstringente e deixa um retrogosto de radicchio. É importado para o Brasil pela Premium, custando R$ 134,00 no Taste Vin.

Vinho 2Broglio

Safra 2010, com 15% de gradação alcoólica. Elaborado com 100% da casta nebbiolo. Produzido pela vinícola Schiavenza na região de Barolo, Piemonte, Itália. Na taça, revelou cor rubi claro, puxada para terracota. No nariz, os confrades sentiram couro, frutas vermelhas, baunilha, floral, rosas vermelhas. Na boca, acidez presente, adstringente, taninos agressivos. Estagiou por 36 meses em barricas de carvalho esloveno. É importado para o Brasil pela Casa do Vinho, custando R$ 385,00. Foi o campeão da noite, sendo o preferido por Emi, Sônia e Luís Fernando.

Vinho 3La Ca'Nova Bric Mentina

Safra 2006, com 14% de álcool, elaborado com 100% de nebbiolo, por La Ca'Nova, na região de Barbaresco, Piemonte, Itália. Cor rubi, com fundo terracota. No nariz, sentimos frutas vermelhas, alcaçuz, picante, especiarias, mentol, rapé. Na boca, suave, taninos presentes, mas sem agredir, mentol. É importado para o Brasil pela Casa do Vinho, custando R$ 223,25. O preferido da noite por Leo e Rogério.

Terminada a degustação, teve início o jantar, composto de quatro etapas. Durante a refeição, tomamos os mesmos vinhos da degustação.

Eis nosso jantar, preparado pelo argentino Chef Gastón Almada:
Amuse bouche: bruschetta de abobrinha, berinjela e tomate confitado, finalizada com parmesão.
Entrada: cogumelos salteados, ovo trufado e flor de sal.
Principal: risoto negro, abobrinha, berinjela, cebola, tomate confitado, mascarpone e molho pesto.
Sobremesa: tiramissù.