quarta-feira, 31 de agosto de 2016

LASAI




Para comemorar meu aniversário de 52 anos, em 31 de outubro de 2015, fui para o Rio de Janeiro com meu companheiro e mais duas amigas. Escolhi para jantar neste dia o Lasai, que ainda não conhecia. Sob o comando do chef Rafa Costa e Silva, o restaurante já figurou na primeira edição do Guia Michelin no Brasil, em 2015, com uma estrela, estrela esta que manteve na edição 2016. O Lasai também figura em listas internacionais dos melhores restaurantes, o que lhe joga muitos holofotes e é difícil conseguir uma mesa. Reservei por telefone com antecedência de três semanas.






Restaurante: Lasai
Endereço: Rua Conde Irajá, 191, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ.
Telefone: +55 21 3449 1834
Web: http://lasai.com.br/
Data: 31/10/2015, sábado, reserva marcada para 20:30 horas.
Ambiente: ocupa uma casa antiga de dois pavimentos em Botafogo. Por fora, a fachada preserva as características iniciais da construção, mas por dentro, a decoração é muito moderna, mas sem nada excessivo. No segundo pavimento fica uma espécie de lounge, onde ficamos enquanto nossa mesa acabava de ser preparada. Neste lounge tem-se uma bela vista do Cristo Redentor. A parede coberta de plantas chama a atenção. Ali também se servem os excelentes e caros drinques preparados na casa. Mesas decoradas com vegetais trazidos da horta do chef. Todos em redomas, transmitindo a ideia de que são as grandes estrelas da casa. Minhas amigas não gostaram muito destes vegetais em redomas.
Especialidade: cozinha contemporânea, com influência basca. Respeita a sazonalidade dos ingredientes, motivo pelo qual o cardápio sempre sofre alterações. Tem horta própria.
Cardápio: menu degustação, com duas opções. Uma chamada Não Me Conte Histórias, onde o cliente elege o que quer comer. A outra é chamada Festival, composta de passos definidos pelo chef.
Serviço: excelente. Atendimento cordial, muito educado, prestativo, eficiente. Como optamos pelo Festival, os pratos foram chegando em sequência, sem ninguém ficar esperando entre um prato e outro. Boa sincronia na sequência dos passos. Assim que decidimos pelo Festival, o garçom anotou as restrições e desgostos alimentares de cada um de nós. O único senão ficou por conta de uma pergunta desnecessária quando estávamos por terminar a parte salgada do menu. Uma mulher foi à mesa perguntar se tudo estava bem e se queríamos mais alguma coisa. Os quatro da mesa responderam em uníssono que queriam outro pão de queijo. Ela não esperava por esta resposta, sorriu amarelo e se foi, sem falar nada. É o tipo de pergunta que não se deve fazer se não estiver preparado para ouvir outra resposta do que aquela programada no script, que era um "não, obrigado, estava tudo ótimo".
O que bebi: optamos por não beber vinho, ficando nos drinques.
No meu caso, comecei com um drinque chamado Rocky, que vem com gim Tanqueray, manjericão e limão. Simples, com visual não muito chamativo, mas com ótimo sabor.
Passei depois para uma caipirinha de limão galego com melado de cana. Embora doce por causa do melado, o drinque era bem refrescante. Acabei repetindo a dose. Para acompanhar estes drinques, bebi todo o tempo água mineral com gás.
O que comi: todos na mesa tinham que pedir o mesmo menu. Assim, escolhemos o Festival. A seguir, os pratos que comemos, não necessariamente na ordem sequencial em que foram servidos:
1. tempurá de alho poró e molho cítrico: fritura perfeita, sabor delicado. O molho conferiu acidez, amenizando o sabor da gordura.
2. repolho envolto com bacon e alga encimada com creme de alho - mesmo contendo bacon, achei sem graça. Para mim, faltou sabor.
3. alface romana recheada com porco desfiado e abóbora moranga - apresentação inusitada de uma alface, que veio morna. Recheio macio, suculento, muito saboroso.
4. crocante de milho, tartare de angus, rabanete e melancia - explosão de texturas e sabores. O salgadinho de milho estava sensacional, quase sem tempero, pois a ideia era comê-lo misturado com os demais ingredientes do petisco. Combinação perfeita de acidez, adstringência e doçura.
5. pão de queijo feito com queijo tipo serra da estrela - o melhor prato da noite. Tostadinho, crosta levemente crocante, interior macio, úmido, com sabor que fica na boca e na memória afetiva.
6. crocantes de batata doce de duas cores com quiabo, emulsão de salsinha, talo de acelga e salsinha desidratada - outro petisco para se comer com as mãos e com muitos sabores distintos, todos eles vegetais. A textura do quiabo, mais crocante, estava sensacional.
7. crocante de grão de bico com creme de grão de bico - petisco interessante que misturou duas formas distintas de apresentação do grão de bico. Salgadinho, estava muito gostoso. Daqueles que se quer mais quando termina.
8. berinjela caramelizada sobre pétala de cebola - a textura da berinjela parecia a de um pedaço de carne. Estava suculenta, consistente. Ao levar à boca junto com a cebola, fez uma diferença incrível. Novos sabores se fizeram sentir no paladar.
9. namorado com abobrinha, feijão verde e broto de abobrinha ao molho do próprio feijão - prato bonito, peixe com excelente cocção, mas que não mexeu com minha cabeça. Faltou sabor.
10. batata baroa defumada, queijo raclette, tomate sem pele, caldo de galinha e broto de tomate - outro prato quente que não mexeu comigo. Aprecio muito a batata baroa, mas não gostei desta versão defumada.
11. costela de vaca com cebolinha grelhada e batata roxa doce cozida - prato com muita gordura, enjoativo no paladar. Comi em separado a cebolinha, que estava grelhada com sua própria raiz, o que lhe levantou o sabor.
12. pão com ovo: gema de ovo caipira, creme de inhame e sal de carne seca, acompanhada de pão preparado na casa com três grãos, o sarraceno, a cevada e o arroz - segundo prato que mais gostei na noite (sou suspeito, pois adoro ovo). O sal de carne seca por cima do ovo deu um novo sabor à gema mole. O pão era muito gostoso, com crosta grossa e interior macio, com aquele gosto azedinho de fermento que aprecio muito.
13. panacotta de capim limão, abacaxi desidratado, creme de amendoim e espuma de capim limão - sobremesa com lindo visual, mas muito doce.
14. sorvete de iogurte de ovelha, crocante de pimenta, casquinha de frutas vermelhas e morango marinado no limão - tinha esquecido de dizer que não gosto de morango quando, no início do jantar, perguntaram nossas restrições alimentares. O garçom viu que eu não estava comendo e pediu para prepararem nova sobremesa para mim, que descrevo a seguir. Gostei desta atenção ao cliente.
15. bolo de banana, merengue de canela com calda de jabuticaba - a aparência não chamava muito a atenção, mas o sabor era muito bom. Leve no paladar, não muito doce. A calda de jabuticaba deu a acidez necessária para amenizar a doçura do merengue.
Valor total da conta: R$ 1.451,52, para quatro pessoas, incluído o serviço, com bebida alcoólica. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 8.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

UBERDOG

Não sou fã de cachorro quente, mas de vez em quando acabo comendo este clássico sanduíche. Confesso que prefiro os vendidos em lojas aos que são vendidos em carrocinhas nas ruas.
Restaurante: Uberdog
Endereço: SCLN 307, Bloco B, loja 69, Asa Norte, Brasília, DF.
Telefone: +55 61 2194 8236
Web: http://icrema.wixsite.com/uberdog
Data: 15/03/2016, terça-feira, por volta de 21 horas.
Ambiente: fica em uma minúscula loja na lateral de um bloco comercial na Asa Norte. Suas poucas mesas ficam espalhadas no corredor de acesso ao bloco. Ficamos em uma mesa para duas pessoas bem em frente à entrada da loja.
Especialidade: cachorro quente.
Cardápio: cachorro quente em homenagens a culinárias famosas no mundo, como a brasileira, a mexicana e a italiana. Há também alguns pratos da culinária japonesa, como cogumelos salteados na manteiga. Também oferece opções para sobremesa, como o sempre onipresente petit gateau.
Serviço: atendimento razoável, sem firulas. Os sanduíches chegam super rápido à mesa. Como são pequenos, invariavelmente os clientes comem mais de um por vez. A casa oferece rodízio de meio cachorro quente.
O que bebi: soda italiana.
O que comi: pedi dois sanduíches. O primeiro foi o bambino, uma referência aos sabores italianos, enquanto o segundo foi o brasileirinho, o meu preferido. O pão é um caso à parte no Uberdog, pois é macio e consegue segurar bem todos os ingredientes do recheio. A salsicha é um pouco maior daquelas vendidas nas carrocinhas de rua e não desmancha quando é mordida. Tem consistência, é bem temperada e harmoniza muito bem com os demais ingredientes do sanduíche. No bambino, os ingredientes eram parmesão ralado, pedaços de peperone, pasta de alho e molho de tomate. Sabores que remetem às pizzas italianas. Recheio farto, mas faltou harmonia. Muita "personalidade forte" brigando entre si. Parmesão, alho, peperone, todos têm pegadas mais salgadas, o que tornou o sanduíche enjoativo. Já o brasileirinho traz o que nós estamos acostumados a comer em um cachorro quente, ou seja, milho verde refogado, pasta de alho e batata palha muito fina, além de um molho de tomate. Saboroso, sem nenhum dos ingredientes se sobressair ou agredir o paladar, deixando a salsicha reinar na boca. Os sanduíches são pequenos em tamanho e como são bem mais caros dos vendidos nas ruas, a conta acaba ficando salgada.
Valor total da conta: R$ 76,65, para duas pessoas, incluído o serviço, sem bebida alcoólica. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 7.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

MATA HARI

Almoçar ou jantar em Búzios em alta temporada é uma aventura que exige muita paciência. Estivemos neste famoso balneário fluminense em pleno feriado de Semana Santa. Fazia calor e a cidade estava lotadíssima, o que provocava grandes engarrafamentos de carro e de gente, especialmente no centrinho da cidade. Depois de passar boa parte da manhã em uma praia sossegada, a Praia dos Ossos, resolvemos fazer uma caminhada até o local onde estão concentrados os bares e restaurantes, a chamada Orla Bardot. Foi difícil encontrar um restaurante com mesa disponível para almoçar.
Restaurante: Mata Hari
Endereço: Avenida José Bento Ribeiro Dantas, 1.174, Armação dos Búzios, RJ.
Telefone: +55 22 2623 1853
Web: https://www.facebook.com/Mata-Hari-Buzios-bar-e-restaurante-322278917817607/
Data: 26/03/2016, sábado, almoço.
Ambiente: é um restaurante acoplado a uma pousada. Tem mesas, muito disputadas, na esplanada em frente à orla, além de salões internos, onde ninguém quer ficar, afinal em Búzios todos querem ver e ser vistos. Custamos a conseguir uma apertada mesa para três pessoas no deque externo. As mesas são bem coladas umas nas outras. O que vale neste restaurante é sua vista.
Especialidade: peixes e frutos do mar.
Cardápio: peixes grelhados e fritos.
Serviço: amigável, mas com uma demora grande na chegada dos pedidos à mesa.
O que bebi: uma lata de 350 ml de Guaraná Antarctica Zero.
O que comi: todos os pedidos da mesa foram para dividir entre nós três.
Começamos com um mix de frutos do mar a dorê, servido com um potinho de molho rosé. O prato era bem servido, mas os frutos do mar estavam com excesso de farinha de trigo, tornando o empanado grosseiro. Pelo menos estava bem seco em sua crosta. Pedacinhos de peixe, camarões pequenos, anéis de lula e mexilhões faziam parte do mix de frutos do mar. Os mexilhões tinham sabor muito forte, não me apetecendo. Preferi os anéis de lula, que estavam tenros e com menos farinha. Como não sou fã de molho rosé, nem experimentei.
Também dividimos um robalo grelhado, acompanhado por arroz branco e batata frita. Estava grelhado um pouco acima do ponto ideal, mas ainda mantinha umidade boa para apreciar seu sabor delicado. Era pequeno para dividir por três pessoas, mas como o empanado dos frutos do mar era excessivo, provocando uma sensação rápida de saciedade, o peixe foi de bom tamanho para nós. Batatas fritas comuns, sem tempero, não muito secas. Arroz dispensável, pois era totalmente sem graça.
Valor total da conta: R$ 221,10, para três pessoas, incluído o serviço, com bebida alcoólica. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 5.

domingo, 28 de agosto de 2016

BAR DA CODORNA


Não sou fã de boteco, mas de vez em quando, frequento por causa dos amigos.
Restaurante: Bar da Codorna
Endereço: SCLN 403, Bloco E, loja 23, Asa Norte, Brasília, DF.
Telefone: +55 61 3327 6566
Data: 11/03/2016, sexta-feira, por volta de 20:30 horas.
Ambiente: botecão simples, com mesas espalhadas pelos corredores de acesso do bloco e na calçada. Mesas e cadeiras de plástico daquelas que fazem propaganda de cerveja. Éramos cinco pessoas e fomos acomodados na última mesa do corredor de acesso ao bar. Lugar ruidosa, com gente falando alto, quase gritando.
Especialidade: codorna frita.
Cardápio: petiscos típicos de bar, muito gordurosos.
Serviço: muito informal, com garçom querendo forçar intimidade, com piadinhas sem graça. Quanto ao tempo de chegada à mesa de nossos pedidos, foi muito bom.
O que bebi: duas latas de 350 ml de Guaraná Antarctica Zero.
O que comi: todos os pedidos da mesa foram para dividir entre nós cinco.
Porção de batatas fritas - veio muita batata, pingando óleo. Impossível de comer sem ficar enjoado.
Codorna frita com farofa de ovos - o carro chefe do bar. Antes de mais anda, acho codorna sem graça, com pouca carne. Você tem que pedir a quantidade que deseja, pois ela é pequena. No caso, pedimos cinco unidades. Todas acompanhadas por farofa de ovos. Faltou umidade tanto na codorna, quanto na farofa. A quantidade de farofa era excessiva, o que ajudou no quesito negativo, pois no pladar ficou massuda devido à falta de suculência. A carne da codorna sempre é seca e sem um molho fica difícil.
Carne de sol acebolada com mandioca na manteiga de garrafa - prato bem servido, mas com um gosto de gordura velha muito forte. Carne dura, difícil de mastigar. A mandioca até que estava bem cozida, mas a manteiga de garrafa era de lascar. Estava rançosa, que deixava um retrogosto horrível na boca. Ficou a maioria no prato.
Valor total da conta: R$ 205,15, incluído o serviço, com bebida alcoólica. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 2.

sábado, 27 de agosto de 2016

CHOUPANA

Gosto muito da culinária praticada na região Norte do Brasil. Em Manaus, capital do Amazonas, há dois restaurantes que frequento quando tenho uma oportunidade. Um deles é o Choupana.
Restaurante: Choupana
Endereço: Avenida Mário Ypiranga, 790, Adrianópolis, Manaus, AM.
Telefone: +55 92 3635 3878
Web: http://www.choupanarestaurante.com.br/
Data: 03/03/2016, quinta-feira, almoço.
Ambiente: fica em uma casa com tijolo aparente, dividida em ambientes maiores e menores, além de um mezanino. Um aquário divide um dos salões. Mesmo sendo um restaurante para se apreciar a comida, indefectíveis telões de televisão estão ligados permanentemente. Comporta desde grupos enormes, quanto refeições mais intimistas. 
Especialidade: culinária regional.
Cardápio: peixes de rio em diversas formas de cocção. Pratos feitos com tucupi também se destacam no menu.
Serviço: atencioso, prestativo. Estava sozinho, queria comer um prato que servia duas pessoas e fizeram meia porção para mim. Para amenizar a demora na chegada do prato, ofereceram um delicioso caldinho de tambaqui.
O que bebi: uma lata de 350 ml de Coca Cola Zero.
O que comi: iniciei com a cortesia da casa, uma canequinha com caldo de tambaqui. Embora temperado com muito coentro, algo onipresente na culinária nortista, o gosto forte do tambaqui amenizou o sabor da erva. Forte, aromático, forrou bem meu estômago na espera do prato principal, que demorou a chegar. Pedi um tambaqui no tucupi. Mesmo sendo meia porção, veio super bem servido. Também com muito aroma, chegou fumegando à mesa. Veio em uma bonita louça de porcelana. O garçom me serviu em prato fundo, super necessário por causa do caldo do tucupi. O prato tem um visual feio, mas seu sabor é fantástico. A parte mas gostosa do tambaqui, a costela, estava mergulhada no tucupi e foi servida com muito jambu, aquela verdura que adormece lábios e língua, oferecendo uma sensação estranha e gostosa na boca. Acompanhou o prato arroz branco, totalmente sem tempero, o que é proposital, para ser misturado no caldo do tucupi e pegar seu sabor. Na mesa, a farinha de uarini, que parece uma ova de peixe. Feita da mandioca, tem formato de bolinha e é bem dura ao mastigar, mas cumpre um papel preciso ao absorver o tucupi, lhe conferindo um gostinho azedinho muito próprio. Estava tão bom que comi tudinho.
Valor total da conta: R$ 106,37, incluído o serviço, sem bebida alcoólica. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 8.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

MANZUÁ - PONTÃO DO LAGO SUL

Quando um amigo de Buenos Aires veio nos visitar, não tivemos dúvidas em levá-lo para apreciar uma comida bem brasileira. Fomos ao agradável Pontão do Lago Sul, onde é fácil estacionar na hora do almoço, e se pode almoçar apreciando o visual do Lago Paranoá.

Restaurante: Manzuá
Endereço: SHIS QL 10, Pontão do Lago Sul, Brasília, DF.
Telefone: +55 61 3364 6090
Web: http://manzua.com.br/
Data: 18/02/2016, quinta-feira, almoço.
Ambiente: tem estrutura de madeira e palha no teto, o que lhe confere um ar rústico. Bandeiras de diversos países ornam sua entrada. Os melhores lugares para apreciar a vista estão em ambiente sem ar condicionado. Preferimos nos sentar em mesa no salão interno, em local climatizado, mas com vista para o lago. 
Especialidade: culinária baiana, com ênfase nas moquecas.
Cardápio: moquecas, ensopados e sinfonias marítimas dão o tom do menu. Sobremesas baianas também estão presentes no cardápio.
Serviço: distante, sem muita vontade, mas não chegou a atrapalhar nosso almoço. Os pratos chegaram em tempo razoável à mesa.
O que bebi: uma lata de 350 ml de Coca Cola Zero.
O que comi: pedimos uma porção de mini acarajés como entrada, já que o cheiro que sentimos ao entrar no restaurante aguçou nosso paladar. Vieram quatro pequenas unidades acompanhadas por vatapá, cebola picadinha e camarão seco. Cada um montava a seu gosto. Os bolinhos foram fritos no dendê, como devem ser, e chegaram com aquela cor dourada que é sua característica. Mas estavam muito secos por dentro, faltava suculência, faltava uma certa umidade. Como os acompanhamentos também não eram com molho, o recheio ajudou na sensação de muita massa na boca.
Depois veio a panela fumegante de uma moqueca completa, chamada de sinfonia marítima, que serve três pessoas conforme indicado no cardápio. Muito aromática e bem temperada com leite de coco e azeite de dendê, veio com abundância de frutos do mar (a tal sinfonia marítima do seu nome): peixe, camarão, lagosta, mexilhão, polvo, lula, sururu e siri mole. Os acompanhamentos foram pirão de peixe, que achei muito aguado, faltava mais farinha na sua composição; arroz branco, totalmente sem graça no paladar; e farofa de dendê, que estava crocante e bem gostosa.
Valor total da conta: o amigo argentino fez questão de nos oferecer o almoço, assim, fiquei sem saber o total da conta, que foi paga em dinheiro.
Minha nota: 6.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

MERCEARIA 130 - SERRA

Bares e mais bares é o que oferece a capital mineira. Bares simples, bares sofisticados, bares que têm pinta de restaurante, bares com menus específicos, bares com muita cerveja. Inevitável, pois, quando estou em minha cidade natal, encontrar velhos amigos em um dos muitos bares de Belo Horizonte.

Restaurante: Mercearia 130
Endereço: Rua Ivaí, 130, Serra, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 3658 3395
Web: https://www.facebook.com/Mercearia130/
Data: 23/03/2016, quarta-feira, por volta de 21 horas.
Ambiente: descontraído e rústico, com mesas no salão interno e na calçada em frente à loja. Mesas bem coladas umas nas outras. Um belo bar na direita de quem entra dá um ar jovial ao local. Éramos três pessoas e, depois de uma espera de cerca de quarenta minutos, fomos acomodados em uma mesa ao fundo do salão principal, perto do entra e sai da cozinha. O cardápio está escrito em lousas penduradas na parede do bar. 
Especialidade: embora haja pratos para almoço e jantar, o forte são os petiscos típicos de bar.
Cardápio: muitos petiscos para compartilhar, especialmente com ingredientes bem mineiros. Há carta de cervejas especiais e uma fraca carta de vinhos.
Serviço: a organização da fila de espera é boa, mas o atendimento nas mesas deixa a desejar. Os pedidos de bebidas demoraram a chegar.
O que bebi: uma lata de 350 ml de Coca Cola Zero.
O que comi: pedimos apenas petiscos para compartir. Iniciamos com o bem mineiro pastel de angu. Vieram dez unidades, recheados de carne. Bem dourados por fora, com gostinho de angu feito em fazenda no fogão à lenha. Crosta sequinha, crocante, com massa bem macia. Recheio abundante e bem temperado, levemente picante.
Em seguida, dividimos uma porção de mandioca amarela cozida, carne de sol acebolada, feijão verde cozido e farofa de banana. A mandioca era o melhor da composição. Macia, suculenta, temperada com sal. Um fio de azeite e ficou sensacional no paladar. A carne de sol veio partida em cubinhos, o que facilitou para comer, pois não estava macia. Farofa de banana insossa. No feijão verde faltava tempero. Precisava de algum condimento para levantar seu sabor.
Depois chegou à mesa um ceviche de tilápia e polvo acompanhado por mandiopã. Obviamente que o ceviche nada tem de mineiro, mas a tilápia deu o toque brasileiro ao prato. Para mim, a estrela do prato foi o mandiopã. Remeteu-me à infância, quando adorava comer este salgadinho frito, um dos primeiros industrializados a ser feito no Brasil. Para quem não conhece, é feito de fécula de mandioca e ao ser frito, fica crocante. Ao entrar em contato com a saliva na boca, o salgado absorve o líquido e se dissolve. É muito gostoso. Já o ceviche, carecia de sabor.
Valor total da conta: R$ 195,00, para três pessoas, incluído o serviço, com bebidas alcoólicas. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 7.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

MONTSERRAT PAELLAS


Resolvemos fazer uma festa para comemorar o aniversário de meu companheiro no dia 11 de maio. Jantar em casa para duas dezenas de convidados. Preferi encomendar o jantar para não dar trabalho a ele, já que era seu dia. Não tive dúvidas em escolher a Montserrat Paellas, do chef Jaime Cuadros. Já comi muita paella em Brasília, mas nenhuma se compara a que este chef faz, com mais de vinte anos de experiência. Entrei em contato por WhatsApp para saber preço por pessoa, quando deveria fazer o pedido e forma de pagamento. Imediatamente obtive resposta. R$ 66,00 por pessoa mais taxa de entrega, pagamento à vista, em dinheiro. Pedido pode ser feito com apenas um dia de antecedência. Fiz o pedido, também por WhatsApp, quatro dias antes. O horário de entrega é definido pelo cliente. Ele faz três tipos de paellas, a saber, a marinera, que leva frutos do mar em sua receita; a valenciana, que tem carne de porco e frango juntamente com os frutos do mar; e a montanhesa, com carne de porco, frango, aspargos, cebola e três cogumelos. Escolhi a marinera, que agrada mais ao paladar de todo mundo. Como sei que ela é muito bem servida, pedi uma paella para treze pessoas. Entrega combinada para 20:30 horas da noite do dia 11 de maio, uma quarta-feira. Jantar marcado para ser servido às 22;00 horas.
Cumprindo o combinado, entregaram a paella às 20:10 horas, quando efetuei o pagamento no total de R$ 878,00, sendo R$ 858,00 da paella e R$ 20,00 da taxa de entrega. Ela chegou em uma paellera coberta com papel alumínio e envolta em toalhas dentro de uma capa de couro,o que garantiu estar ainda quente no momento em que a servimos. O vasilhame foi buscado no dia seguinte.
Os convidados começaram a chegar por volta de 21 horas. Como meu companheiro adora cozinhar, ele acabou fazendo alguns petiscos de entrada.
Assim que retiramos a paella de suas proteções, um excelente aroma invadiu a sala. Prato com visual lindo, enorme. Com belíssima cor, tinha camarão e lagostim em abundância, além de muita lula cortada em anéis e mexilhões. Uma verdadeira sinfonia de frutos do mar envoltos em um arroz úmido, com tempero maravilhoso. Vinte e duas pessoas se serviram bem e ainda sobrou. Para acompanhar, compramos na Videira Vinhos o vinho argentino rosé Andeluna 1300, feito com a casta malbec, safra 2014. Servido gelado, em uma noite quente, foi perfeito com a paella.
Vale muito a pena contratar a Montserrat Paellas.
Jaime Cuadros - +55 61 99971 8451.
Minha nota: 8.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

PEIXE NA REDE - LAGO SUL


Em Brasília, uma boa opção para quem gosta de comer bem com boa relação custo X benefício e de forma saudável é o Peixe na Rede, restaurante com mais de uma dezena de unidades espalhadas na capital federal.

Restaurante: Peixe na Rede - Lago Sul
Endereço: QI 9, Bloco A, loja 21, Comércio Local, Lago Sul, Brasília, DF.
Telefone: +55 61 3364 1917
Web: Peixe na Rede
Data: 05/02/2016, sexta-feira, almoço.
Ambiente: fica em uma loja na parte lateral do comércio local da QI 9. As mesas estão dispostas tanto no salão interno quanto no corredor de acesso ao bloco. Decoração simples, com telas de televisão ligadas em rede aberta. Facilidade de estacionar na parte de trás do bloco, o que é um grande diferencial para Brasília em dias úteis. Ficamos em mesa na parte interna do restaurante.
Especialidade: pratos com tilápia, cuja produção é própria.
Cardápio: entradas e pratos principais com tilápia, camarão e salmão.
Serviço: um pouco distante do cliente, mas sem atrapalhar o atendimento. Pratos chegam rapidamente à mesa.
O que bebi: uma lata de 350 ml de Coca Cola Zero e um café espresso ao final.
O que comi: tilápia grelhada com  gergelim (R$ 27,50). Cada prato escolhido, salvo as exceções descritas no cardápio, têm direito a dois acompanhamentos. No caso, escolhi purê de abóbora e legumes cozidos no vapor. O prato é muito bem servido e aromático, Veio em um prato no formato de peixe, com três filés de tilápia bem grelhados ao centro, salpicados de gergelim preto, o que conferiu ao peixe uma certa crocância. A carne estava em perfeita cocção, seca por fora e úmida por dentro. Purê de abóbora adocicado, o que amenizou o tempero mais salgadinho do peixe. Os legumes estavam cozidos em excesso, bem macios. No prato tinha cenoura, couve-flor e brócolis. A cocção destes legumes poderia ser menor, deixando-os mais crocantes ao mastigar. No entanto, estavam bem saborosos.
Valor total da conta: R$ 87,89, para duas pessoas, incluído o serviço, sem bebidas alcoólicas. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 7.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

OBÁ

Era domingo chuvoso em São Paulo. Dia de voltar para Brasília. Decidimos não ir muito longe do hotel em que estávamos hospedados. Descemos meio sem rumo pela rua Melo Alves quando a chuva apertou. Por sorte estávamos bem perto do Obá Restaurante, onde eu já tinha almoçado uma vez. Ali entramos. Além do cardápio normal da casa, havia um festival gastronômico baseado na culinária tailandesa. O restaurante sempre promove festivais culinários. É bom ficar de olho na sua programação.

Restaurante: Obá Restaurante
Endereço: Rua Melo Alves, 205, Cerqueira César, São Paulo, SP.
Telefone: +55 11 3086 4774
Web: http://www.obarestaurante.com.br/
Data: 29/11/2015, domingo, almoço.
Ambiente: fica em um sobrado, com vários ambientes. Decoração com cores vivas, remetendo à cultura e às culinárias praticadas na casa, a mexicana, a brasileira, a tailandesa e a indiana. Ficamos em uma mesa na varanda, bem ao fundo, que estava devidamente protegida da chuva neste dia.
Especialidade: cozinhas de México, Brasil, Índia e Tailândia.
Cardápio: opções de entradas, principais e sobremesas inspiradas na culinária praticada pelos quatro países citados anteriormente.
Serviço: mesmo estando em uma mesa de "difícil" acesso, o serviço foi muito bom, com atendimento preciso, cordial e eficiente. Pratos demoraram um pouco a chegar na mesa, mesmo com o restaurante estando parcialmente ocupado.

O que bebi: uma caipirinha com três frutas cítricas: tangerina, lima da pérsia e limão cravo. Feita com cachaça Nega Fulô. Doce e ácida ao mesmo tempo. Refrescante no paladar. Também pedi água mineral com gás.
O que comi: dividimos uma entrada. Em seguida, pedi um prato principal e uma sobremesa.
Entrada: pastéis fritos recheados com carne de porco e amendoim. Entrada do festival tailandês, veio servida em um recipiente rústico forrado com uma folha de bananeira. Visual feio. Massa distinta de nosso pastel, mais seca, sem aquelas bolhas de ar. Recheio saboroso. O amendoim fez toda a diferença.
Prato principal: moqueca da Jôse de Boipeba. Um dos clássicos do cardápio. O prato tinha bela apresentação e era muito aromático. A moqueca veio servida em um bowl dentro de um prato, no qual estavam seus acompanhamentos: arroz branco e farofa de dendê. A moqueca era de camarão e banana com leite de coco, o que lhe garantiu um sabor mais adocicado. Misturada com a farofa de dendê, com seu sabor característico, ficou uma combinação atraente para o paladar. Gostei muito.
Sobremesa: escolhi entre as opções do festival tailandês. Arroz doce servido como se serve nas ruas da Tailândia, em folha de bananeira, acompanhado de pudim de coco. Visual horroroso. Quanto ao sabor, carecia algo que chamasse a atenção. Tanto o arroz doce, totalmente diferente do brasileiro, quanto o pudim de coco, em consistência muito mole, não me agradaram.





Valor total da conta: R$ 288,75, para duas pessoas, incluído o serviço e bebidas alcoólicas. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 6.

domingo, 21 de agosto de 2016

SAINTE MARIE GASTRONOMIA

Em São Paulo, como todos sabem, a gastronomia é sensacional, não importando sabores, preços ou locais. Alguns são mais difíceis de se ir quando não se conhece bem a cidade ou mesmo por causa da logística que se tem que fazer para alcançar determinados endereços. O Sainte Marie Gastronomia é um destes restaurantes. Fica distante para quem fica na região central, é pequeno, não aceita reservas, sempre há fila de espera longa, mas vale a pena o esforço de chegar lá. Tive a oportunidade de ir duas vezes, ambas as vezes de carro com alguém que mora na capital paulista.

Restaurante: Sainte Marie Gastronomia
Endereço: Rua Dom João Batista Costa, 70, Jardim Taboão, São Paulo, SP.
Telefone: +55 11 3501 7552
Web: https://www.facebook.com/Mercizao/
Data: 28/11/2015, sábado, almoço.
Ambiente: fica em uma rua estreita, sem muito movimento, ocupando algumas lojas de uma prédio pequeno. Decoração muito simples, ambiente familiar. Na loja principal está um balcão refrigerado com as linguiças de cordeiro produzidas pelo proprietário, o simpático chef libanês Stephan Kawijian. Ficamos em uma mesa para cinco pessoas na loja mais à direita, em local próximo à porta, que é bem ampla, o que garante uma boa ventilação.
Especialidade: cozinha árabe.
Cardápio: clássicos da culinária árabe e alguns pratos com assinatura do chef.
Serviço: demorado, mas muito simpático. A simpatia do chef, que vai em todas as mesas, ajuda a tirar os pedidos, suplanta a demora na entrega dos pratos. Ficamos por um bom tempo em pé do lado de fora do restaurante esperando uma mesa para cinco pessoas. Neste tempo, alguns de meu grupo comeram esfirras, que são simplesmente divinas.
O que bebi: Coca Cola Zero e água mineral com gás.
O que comi: dividimos todos os pratos que pedimos, pois eles são abundantes, bem servidos e com visual atraente.

Homus tahine: pasta de grão de bico muito bem temperada, servida em formato redondo com alguns grãos do grão de bico enfeitando a parte de cima. Acompanhou pão árabe feito na casa, macio e fresquinho. Um clássico. Ótima entrada.
Merguez: linguiça de cordeiro perfumada recheada com pistache acompanhada por dois ovos fritos, além de muita cebola frita. Prato aromático, cujo cheiro nos convidava a rapidamente degustá-lo. Linguiça deliciosa, com tempero marcante com a crocância do pistache. A cebola era sensacional, sequinha, levemente crocante, casava bem com o ovo frito, que estava muito bem preparado.
Kibe montado: uma invenção do chef que é servida em todas as mesas. Tem mais de um tamanho. Pedimos um tamanho adequado para cinco pessoas. O visual é ótimo. Parece uma torre circular, que ao ser partida, vai tombando, como se fosse a fotogênica Torre de Pisa. São várias camadas de quibe e de outras iguarias árabes montadas uma por cima da outra. Quibe cru, quibe assado, tabule, coalhada seca, cebola frita e broto de feijão eram as nossas camadas. Prato bem servido, delicioso, sacia a fome de qualquer glutão.
Paleta de cordeiro assada: servida em uma vasilha grande, veio acompanhada por mejadara, o famoso arroz árabe, aquele que vem com lentilhas, no caso lentilhas vermelhas, e cebola frita. Confesso que quando este prato chegou, já estava satisfeito. Apenas experimentei um pouquinho do cordeiro, que estava com cocção muito boa, soltando facilmente do osso, mas não apreciei o tempero. Achei um pouco salgado.






Valor total da conta: R$ 470,00, para cinco pessoas, incluído o serviço e bebidas alcoólicas. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 8.

sábado, 20 de agosto de 2016

MANÍ

Já fui ao Maní quatro vezes. Em todas tive experiências gastronômicas maravilhosas. Relato aqui a minha última experiência, quando lá fui almoçar com meu companheiro em outubro de 2015. Reserva feita por telefone com duas semanas de antecedência. Recebi a confirmação via e-mail.

Restaurante: Maní
Endereço: Rua Joaquim Antunes, 210, Jardim Paulistano, São Paulo, SP.
Telefone: +55 11 3085 4148
Web: http://manimanioca.com.br/
E-mail: reservasmani@manimanioca.com.br
Wi-fi: disponível, mediante senha.
Data: 11/10/2015, domingo, almoço.
Ambiente: fica em uma casa com quatro ambientes. O primeiro é um corredor onde as pessoas da lista de espera ficam acomodadas, podendo, inclusive ficar beliscando as delícias do cardápio. Em seguida vem dois salões e um quintal, onde estão as mesas. A decoração é rústica, aconchegante, com algumas obras de arte nas paredes. Nossa mesa era no quintal, que é devidamente protegido das intempéries do tempo.
Especialidade: cozinha brasileira em releitura contemporânea com assinatura da chef brasileira Helena Rizzo e do chef catalão Daniel Redondo.
Cardápio: há menu degustação, mas também menu com opções de petiscos, entradas, pratos principais e sobremesas. Boa carta de drinques. Carta de vinhos excelente.
Serviço: excelente. Atendimento cordial, educado, com informações precisas sobre o cardápio, atencioso. Pratos chegam em tempo correto à mesa, sem esperas entre um e outro. Tudo perfeito. Há serviço de manobrista.

O que bebi: caipirinha Maní (R$ 35,00), uma mistura de abacaxi, manga, maracujá, pêssego e carambola, que estava muito bem feita, água mineral com gás e um café espresso ao final.
O que comi: começamos dividindo o couvert da casa e dois petiscos. Em seguida, pedi entrada, prato principal e sobremesa.
Couvert (R$ 23,00 por pessoa): pão preparado por empresa do grupo Maní, lascas de polvilho, coalhada seca, queijo de cabra com pimenta rosa e manteiga. As lascas de polvilho são sensacionais. Crocantes, secas, muito saborosas. Tive que tomar cuidado para não comer em demasiado, pois ainda muita comida viria em nossa mesa. O pão tinha um gostinho levemente azedo por causa da fermentação que era fantástica. Salivo só de pensar. Coalhada seca em boa consistência, azedinha, perfeita.

Belisqquete 1: bolinhos de quinoa ao curry com geleia de aipo (R$ 41,00). Vieram dez unidades. Bolinhos sequinhos, crosta crocante, úmidos por dentro, levemente picantes por causa do curry, sabor intenso. A geleia de aipo amenizou um pouco o picante do curry. Combinação excelente.
Belisquete 2: bombom de salmão com cream cheese (R$ 45,00). Seis unidades. Um dos clássicos do cardápio do Maní, o bombom de salmão é sensacional no paladar. Chama-se bombom por causa do formato apresentado. Uma base crocante, tipo uma torradinha, sustenta salmão cortado como um sahimi envolvendo o recheio de cream cheese. Saboroso, suculento, imperdível.
Entrada: ovo do Maní (R$ 43,00). É meu prato favorito. Todas as vezes que fui, pedi este ovo. Segundo informa o cardápio, o ovo é cozido por uma hora e meia a uma temperatura de 63º C. Foi servido com uma leve espuma de pupunha. De comer rezando de tão bom.
Prato principal: gosto muito da bochecha de boi, mas desta vez resolvi experimentar o polvo na brasa (R$ 99,00). Decisão acertada. Tentáculos bem tenros, cozidos no ponto correto, e com acompanhamento simples que levantou, e muito, o seu sabor. Batata cozida, cebola, tomate confitado, azeitonas, tudo regado com azeite de ervas. Nota-se aqui as mãos do chef catalão. Sensacional no paladar.
Sobremesa: da lama ao caos (R$ 36,00). Achei o visual esquisito, escuro, dá uma certa repulsa. Parece um mangue (e esta é a intensão). Trata-se de doce de berinjela defumada, coalhada de leite de cabra, pele de lima da pérsia, gelatina de flor de laranjeira, pistaches caramelados, crocante de massa kneff, e sorvete de gergelim preto. Uma profusão de texturas e sabores que não agradou ao meu paladar. Preferi o mini brigadeiro que acompanhou o café espresso. Deveria ter pedido a sobremesa clássica da casa, a que pedi nas vezes anteriores em que estive no restaurante, o "ovo", ou seja, sorvete de gemada, espuma de coco e coquinhos crocantes, servido em uma cerâmica no formato de de um ovo de ema.
Valor total da conta: R$ 557,70, para duas pessoas, incluído o serviço e bebidas alcoólicas. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 9.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

RITZ - JARDINS

Quando estive em São Paulo pela primeira vez, em 1995, fiquei na casa de um amigo e na primeira noite ele me levou para conhecer o restaurante Ritz, até então único endereço na cidade, nos Jardins. Desde então, sempre que estou em São Paulo e surge uma oportunidade, vou ao Ritz e, independente do que vou comer, a certeza sempre é que vou pedir uma porção de bolinho de arroz.

Restaurante: Ritz Jardins
Endereço: Alameda Franca, 1088, Jardim Paulista, São Paulo, SP.
Telefone: +55 11 3062 5830
Web: http://www.restauranteritz.com.br/f_orestaurante.php
Wi-fi: disponível, mediante senha.
Data: 10/10/2015, sábado, jantar.
Ambiente: parece uma lanchonete americana, com traços de bistrô, com predominância da cor vermelha na decoração. Mesas coladas umas nas outras, lousa com as sugestões do dia, dois ambientes pequenos: um salão principal onde também está um disputado bar, e um mezanino com poucas mesas. É aconchegante e confortável. Ficamos em mesa para duas pessoas, encostada na parede da esquerda de quem entra.
Especialidade: cozinha contemporânea, com destaque para o hambúrguer e o bolinho de arros, ambos clássicos do cardápio.
Cardápio: enxuto, com opções de meia porção para alguns pratos. Sempre há um prato do dia indicado na lousa colocada na parede da subida para o mezanino.
Serviço: variável. Já fui várias vezes e nem sempre há um padrão no atendimento. Nesta última vez, fomos bem atendidos, com o garçom nos explicando os pratos, esclarecendo algumas dúvidas. Pratos chegaram rapidamente à mesa. Há serviço de delivery e bancos na calçada do lado de fora para os que ficam na fila de espera ou para aqueles que querem fumar.
O que bebi: caipirinha de kiwi e água mineral com gás. A caipirinha foi feita com cachaça Sagatiba. Estava muito bem batida, como sempre.
O que comi: iniciamos com os irresistíveis bolinhos de arroz (R$ 20,00 - 8 unidades). Sempre que peço, tenho vontade de pedir mais. Os bolinhos são sequinhos, não se sente gosto da gordura na qual são fritos, bem temperados. A massa leva farinha de rosca, o que lhe garante ser crocante por fora, com coloração dourada. Por dentro são macios, suculentos. Acompanha a porção um potinho com relish de pepino, que é agridoce, uma combinação perfeita para os bolinhos., Para comer com a mão. Em seguida, chegou meu prato principal, outro clássico Ritz, o hambúrguer que leva o nome da casa: Ritz Burger (R$ 44,00 com um acompanhamento). A carne tem 200 gramas, estava bem macia, veio no ponto solicitado, ou seja, rosadinho por dentro e bem moreno por fora. O pão era macio e segurou bem os ingredientes do recheio. Isto é ponto positivo, pois embora servido com talher, prefiro comer sanduíche com as mãos. Completaram o recheio queijo cheddar (havia também a opção de gorgonzola), alface, tomate, bacon e maionese preparada no próprio restaurante. Para evitar a água que solta, retirei as rodelas de tomate antes de comer o sanduba. O bacon veio bem sequinho, crocante como deve ser e levantou o sabor da minha refeição. Como acompanhamento, fiquei no clássico dos clássicos, ou seja, batatas fritas, que vieram firmes, crocantes por fora, muito bom.
Valor total da conta: R$ 218,90, para duas pessoas, incluído o serviço e bebidas alcoólicas. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 8.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

HOCCA BAR - MERCADO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Tem lugares ícones de uma cidade cuja visita é praticamente obrigatória quando se trata de turismo, especialmente quando o lugar é ligado à gastronomia e o turista é um amante da culinária. Assim, em
São Paulo uma passada no famoso Mercado Municipal é parada certa em roteiro gastronômico da capital paulista. Todas as vezes que viajo a São Paulo com alguém que não a conhece, coloco o mercadão no roteiro de viagem, mesmo não sendo muito fã da comida que lá é vendida. Gosto mais de passear pelas barracas e lojas para apreciar e comprar produtos culinários, provar frutas exóticas e sentir os deliciosos aromas dos condimentos. Cabe registrar aqui que em termos de mercado, prefiro os de Belo Horizonte e de Belém, mas o paulistano está entre os três melhores do Brasil, com certeza. Pois bem, quando meu companheiro viajou comigo pela primeira vez para Sampa, fomos ao mercadão. Nosso objetivo era percorrer os corredores entre as barracas, comprar alguns produtos, e fazer um lanche experimentando os famosos sanduíche de mortadela e pastel de bacalhau. Era um sábado, dia sempre lotado. Fomos de metrô, descemos na Estação da Sé para caminhar a pé pelo Centro, quando visitamos alguns prédios históricos, como o CCBB, a Igreja da Sé e o Mosteiro São Bento. Depois, passamos pela sempre lotada região da 25 de Março e alcançamos o Mercado Municipal. Cumprimos nosso roteiro à risca. Quando chegou a hora de fazer o lanche, filas e filas em todos os lugares. Escolhi o mais famoso deles, o Hocca Bar, que tem duas unidades no local. Uma fica no mezanino, onde todos os restaurantes têm fila de espera por uma mesa disponível. Na fila, funcionários do Hocca Bar vão passando com porções menores de pastel de bacalhau ou de bolinho de bacalhau. O cliente pede, paga na hora (um funcionário segue na fila com uma máquina para quem quiser pagar com cartão) e forra o estômago, pois a espera pode ser longa. Resolvemos comer na loja que fica no piso térreo, onde não há mesas, mas tão somente alguns poucos bancos altos encostados na bancada do bar. Fila para comprar, fila para esperar o pedido ficar pronto, e esperteza para se sentar nos tais bancos. Como sabia que os carros chefes do Hocca Bar são grandes, pedimos um sanduíche de mortadela com queijo, chamado belíssima, e um pastel de bacalhau, ambos para dividir entre nós dois. Para acompanhar, pedimos duas latas de refrigerante zero. Embora tudo pago de uma única vez, os itens não são entregues juntos. Saindo da fila do pedido, notei que um casal estava terminando de comer um sanduíche sentados na parte da frente do bar. Coloquei-me atrás deles e assim que saíram, sentamos. Logo em seguida, entregaram os refrigerantes. Mais uns dez minutos de espera e o sanduíche chegou. Pedi para o partir em dois pedaços. Era enorme, como sempre. A quantidade de mortadela no recheio era um absurdo. Uma bomba calórica e de colesterol. A impressão que se tem é que havia mais mortadela do que pão. Por falar em pão, ele era fresco, com casca crocante e interior macio. A mortadela foi levemente passada na chapa, junto com o queijo, que chegou derretendo. Muito gorduroso e salgado, fica rapidamente enjoativo no paladar. Mesmo dividindo, não conseguimos terminar de comer. Não porque ficamos saciados, mas porque ficamos enjoados. O pastel de bacalhau custou a chegar. Terminamos de beber o refrigerante e nada. Mas descobri que podia pedir novo refrigerante sem enfrentar a fila novamente.
O pastel também era muito grande, motivo pelo qual pedi para cortá-lo ao meio. Chegou com o recheio saindo fumaça de tão quente. Tinha acabado de sair da gordura. Massa gostosa, mas com muita gordura. Já estávamos com o gosto residual da mortadela na boca. Com a gordura do pastel, ficou difícil comer. Retirei somente o recheio para experimentá-lo. Embora abundante, estava muito seco. Definitivamente não aprecio estes dois ícones da chamada "baixa gastronomia" paulistana.
Restaurante: Hocca Bar
Endereço: Rua da Cantareira, 306, Mercado Municipal, Centro, São Paulo, SP.
Telefone: +55 11 3227 6938
Web: http://www.hoccabar.com.br/index.html
Data: 10/10/2015, domingo, hora do almoço.
Ambiente: bar localizado no piso térreo do mercadão, sem mesas. Há bancos altos ao redor da bancada do bar que não é suficiente para todo mundo se sentar na hora de pico.
Especialidade: lanches, com destaque para o sanduíche de mortadela, o pastel de bacalhau e o bolinho de bacalhau.
Cardápio: sanduíches especiais e pastéis.
Serviço: tumultuado e demorado.
Valor total da conta: R$ 59,75 (lembrando que este valor se refere a outubro de 2015), para duas pessoas, sem bebida alcoólica. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 5.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

DUDU BAR - ASA SUL

Era domingo, dia dos pais, o que torna um almoço em restaurantes algo concorrido. Éramos seis, ou seja, mesa ainda mais difícil de conseguir caso chegássemos depois de 13 horas. Escolhemos o Dudu Bar.

Restaurante: Dudu Bar
Endereço: SCLS 303, Bloco A, loja 03, Asa Sul, Brasília, DF.
Telefone: +55 61 3323 8082
Web: http://www.duducamargo.com.br/dudubar.html
Wi-fi: disponível.
Data: 14/08/2016, domingo, por volta de 13:15 horas.
Ambiente: misto de bar e restaurante, com uma concorrida varanda cuja decoração é mais colorida, e dois ambientes internos, nos quais mesas mais sóbrias combinam com uma decoração mais discreta. Ficamos em uma mesa para seis pessoas no salão interno do piso térreo.
Especialidade: cozinha contemporânea, com releituras de pratos clássicos brasileiros e muitos pratos assinados pelo chef Dudu Camargo.
Cardápio: bem variado, com opções de petiscos para compartilhar na mesa, saladas, pratos com carne, peixe, massas e sobremesas. Carta de drinques chama a atenção pela variedade e pela quantidade de coquetéis.
Serviço: o atendimento dos funcionários, desde a chegada até o final, é muito bom. Garçons preocupados com a satisfação do cliente em relação aos pratos, com boas dicas do cardápio. Há serviço de manobrista cobrado na conta.
O que bebi: comecei com um Aperol Spritz (R$ 22,90). É um dos melhores que já tomei. Boa mistura de ingredientes, gelo no ponto, cor viva. Apenas dispensável o toque do local: duas cerejas marrasquino dentro da bebida. Durante o prato principal, bebi uma lata de 350 ml de Coca Cola Zero (R$ 7,50). Ao final, uma xícara de café espresso Nespresso ristretto (R$ 6,90), que veio acompanhada por um pedacinho de pé de moleque.
O que comi: começamos dividindo uma porção de bolinho de arroz frito (R$ 42,20), que recebe o nome "da vovó" no menu. Vieram doze unidades grandes, acompanhadas por três molhos: uma geleia de pimenta, que não comi, um à base de maçã, que estava muito bom e casou bem com os bolinhos, e um outro adocicado, que também não experimentei. Os bolinhos estavam bem sequinhos por fora, com cebolinha na massa, o que lhe levanta o sabor. Por dentro, achei um pouco seco, mas o molho funcionou para amenizar este ponto. Era o último dia de mais uma etapa do Restaurant Week. Havia opções interessantes, o que fez com que os cinco que estavam comigo escolhessem dentro do menu especial deste festival.
Fui o único que escolhi no cardápio fixo do restaurante. Pedi um prato chamado "bela adormecida". Nada mais do que uma releitura do picadinho. O prato é bem servido, quase um PF pela sua quantidade de arroz branco. A decoração não prima pela beleza, com muita erva salpicada nas bordas do prato, o que o tornou poluído visualmente, pois há bastante informação visual pela quantidade de itens deste prato: filé picadinho ao molho da casa, que estava com sal além do ponto, arroz branco, farofa de cebola, também em grande quantidade, levemente passada na manteiga, com suculência, mas faltando algum tempero para lhe levantar o sabor. Ainda havia dois pedaços de banana frita à milanesa. A banana estava um pouco dura e travando na boca. Creio que ainda não tinha amadurecido o suficiente para serví-la. E por fim, dois ovos caipiras fritos. Ao anotar o pedido, o garçom perguntou se eu queria a gema dura ou mole. Pedi mole, veio quase dura. O próprio garçom percebeu o erro no prato, mas não quis trocá-lo, pois todos já estavam comendo. Os ovos estavam fritos conjuntamente e bem temperados. Já comi picadinhos mais simples e muito melhores.
Valor total da conta: R$ 542,21, para seis pessoas, incluído o serviço e bebidas alcoólicas. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 6.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

COCO BAMBU - ÍCONE PARQUE

Camarão em pratos gigantes: assim é o Coco Bambu, restaurante de origem cearense que se espalha pelo Brasil.

Restaurante: Coco Bambu
Endereço: SCES Trecho 2, Conjunto 36, Ícone Parque, Brasília, DF.
Telefone: +55 61 3224 5585
Web: http://cocobambu.com/
E-mail: sacls@cocobambu.com
Wi-fi: disponível, mediante senha fornecida pelos garçons.
Data: 13/08/2016, sábado, por volta de 15:45 horas.
Ambiente: restaurante grande, com mais de um ambiente, bem decorado, com muita madeira. A varanda é disputada e tem vista para o Lago Paranoá. Tem música ao vivo e telões de televisão espalhados pelos salões. Éramos quatro pessoas e sentamos na varanda. Chegamos tarde para almoçar, mas a casa ainda estava bem cheia.
Especialidade: pratos com camarão.
Cardápio: tem uma variedade muito grande de pratos onde o camarão é a estrela principal. Os petiscos de entrada chamam a atenção pelo tamanho.
O que bebi: duas latas de 350 ml de Coca Cola Zero (R$ 5,90 cada uma). Ao final, pedi um café espresso Nespresso (R$ 5,90). Chegou um ristretto bem tirado, com espuma perfeita, na temperatura correta e acompanhado por um mini brigadeiro.


O que comi: para começar, cada um pediu uma entrada. No meu caso, fui de pastel socadinho de camarão (R$ 13,00). O pastel era frito, com massa bem seca, de tamanho médio, com recheio consistente de camarão. Este recheio estava temperado com cheiro verde e tomate, mas estava bem seco. Para mim, faltou suculência.
Em seguida, nós quatro dividimos um único prato, o camarão mediterrâneo (R$ 131,00). Prato muito bem servido em uma porcelana branca. chegou bem quente à mesa, mas logo esfriou. O visual não chama a atenção. O calor inicial do prato deixou a batata palha que ficava por cima mais cozida, prejudicando sua crocância. Os camarões eram abundantes. Foram refogados em alho e cebola, o que lhes conferiu um sabor marcante e me fez pensar em um bar de praia. Veio servido sobre arroz cremoso com manjericão. Os camarões estavam envolvidos em molho branco e gratinados com mussarela. Como o prato esfriou rápido, o arroz ficou papado. Faltou tempero no arroz, especialmente se comido separadamente. Já o camarão estava com bom tempero, sobressaindo o sabor do alho. Para mim, o molho branco não acrescentou nada, ficando a mussarela responsável por levantar o sabor dos camarões. Já comi melhor neste mesmo restaurante.
Valor total da conta: R$ 292,05, para quatro pessoas, incluído o serviço, e o couvert artístico (R$ 4,50 por pessoa), sem bebidas alcoólicas. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 6.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

CAFÉ LAMAS

O Rio de Janeiro tem uma ótima oferta de restaurantes e bares tradicionais, com muita história no cenário local. Em passagem rápida pela cidade, levei meu companheiro para conhecer o restaurante Café Lamas, fundado em 1874, ou seja, com 142 anos de tradição, conforme frase escrita na entrada de seu salão principal.

Restaurante: Café Lamas
Endereço: Rua Marquês de Abrantes, 18, Flamengo, Rio de Janeiro, RJ.
Telefone: +55 21 2556 0229
Web: Lamas
Wi-fi: não há.
Data: 10/08/2016, quarta-feira, por volta de 13:45 horas.
Ambiente: restaurante com decoração antiga, com parede chapiscada pintada de branco, espelhos para dar mais profundidade ao salão, mesas bem coladas umas nas outras, televisões espalhadas, geladeiras de cervejas, teto baixo. Ou seja, um típico ambiente de bar.
Especialidade: filé mignon.
Cardápio: como muitos bares cariocas antigos, o cardápio é imenso, repleto de opções de filés e contra-filés, o carro chefe da casa. Muitos petiscos para dividir e pratos com frutos do mar.
Serviço: garçons antigos garantem uma excelente interação com os clientes, muitos deles cativos fiéis. O garçom que nos atendeu deu dicas de pratos para dividir. Pratos bem servidos. Tempo muito bom para a chegada do pedido à mesa. O restaurante faz reservas on line.
O que bebi: duas latas de 350 ml de Schweppes Citrus (R$ 6,00 cada uma). Ao final, pedi um café espresso (R$ 5,00), que chegou transbordando na xícara, muito quente e amargo, além de ter borras. Não é um bom local para se tomar um café bem tirado.
O que comi: dividimos um filé à parmegiana com purês de batatas (R$ 110,00). Ainda pedimos uma porção de feijão preto (R$ 18,00) e uma de farofa simples (R$ 14,00). Quando a comida chegou, vimos que exageramos no pedido. Era muita coisa. O filé era enorme. O garçom o partiu no meio, servindo cada metade em nossos pratos, assim como serviu o purê de batatas. Pedimos para não servir o feijão e a farofa de imediato. Diferente de outros restaurantes, o filé à parmegiana não veio com muito molho. Para mim, a quantidade de molho servida é a ideal. Molho levemente adocicado, com acidez no ponto, harmonizando bem com a carne. O filé estava muito macio, bem temperado, com uma crosta de farinha de rosca fina, crocante, sem incomodar na boca, sem fazer aquele bolo de massa. Combinação muito agradável. O purê de batatas tinha muito leite em sua composição para o meu gosto, o que o deixou levemente enjoativo. Talvez um pouco mais de sal no preparo fosse suficiente para amenizar este fato. O feijão preto estava ótimo, com gostinho residual de alho. A farofa, preparada na manteiga, estava muito seca. Faltou mais tempo na frigideira. Mas estes acompanhamentos eram desnecessários para a quantidade de carne que foi servida. O principal fez o papel de principal. Saciou a fome de forma saborosa.
Valor total da conta: R$ 187,00, para duas pessoas, incluído o serviço, que no caso, ainda cobram 10%, sem bebidas alcoólicas. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 7.