terça-feira, 28 de março de 2017

BANZAI LOUNGE

A experiência: em nosso último jantar em Vitória, decidimos por restaurante de comida japonesa que tivesse rodízio. Fomos ao Banzai Lounge, que fica na Praia do Canto, perto do conhecido Triângulo das Bermudas. Chegamos perto de 21:30 horas, quando esperávamos um grande movimento, mas o restaurante estava bem vazio. Optamos por ficar na sala reservada. Lugar escuro e desconfortável. Senti que estava em uma prisão. Meio claustrofóbico. O garçom logo nos trouxe a carta da casa. O sistema é de rodízio, mas o cliente fica com o menu e vai pedindo o que quer comer, quantas vezes quiser. O preço do rodízio é R$ 89,90 por pessoa. No cardápio, pratos das culinárias japonesa e peruana. Esta mistura está fincando estacas no Brasil. Em todos os restaurantes que fui onde adotaram esta prática, a minha experiência não foi memorável. E no Banzai Lounge não foi diferente. O garçom disse que nos prepararia algumas surpresas, inclusive algumas fora do cardápio. Começou um desfile infindável de pratos especiais, mas nada de chegar sushi e sashimi. A maioria dos pratos era feita com salmão: salmão enrolado com cream cheese, barriga de salmão, tiradito de salmão, salmão na chapa, salmão com creme de iogurte, salmão maçaricado, e por aí vai. Pedimos sushi e sashimi. Adivinhem o que predominou: salmão! De repente, um prato de shimeji salteado no molho shoyo aqui, um shitake do mesmo modo ali, e uma porção de guioza cozido no vapor levemente selado na frigideira, recheado com carne suína. Foi um dos poucos pratos que gostei um pouco. Também chegou um tartare de atum, cujo peixe estava bem fresco, mas não me agradou. Faltava tempero que valorizasse o seu sabor. Um lomo saltado também fez parte do rodízio. As batatas estavam murchas e o molho da carne muito espesso. Pelo menos o filé estava macio. Um fato que me incomodou e que não combinou com a decoração mais fina do restaurante foi o fato do sushiman abrir um atum inteiro na bancada onde prepara o sashimi, deixando um cheiro ruim no ar, pois o peixe ainda soltava sangue que misturava com a água que estava no recipiente de plástico que ficou no chão, na passagem para o banheiro masculino. Coloquei um grande X.
Restaurante: Banzai Lounge
Endereço: Rua Joaquim Lírio, 595, Praia do Canto, Vitória, ES.
Telefone: +55 27 3024 2222
Web: http://www.restaurantebanzai.com.br
Data: 25/03/2017, sábado, jantar.
Valor total da conta: R$ 589,05; para cinco pessoas, incluído o serviço. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 4.

segunda-feira, 27 de março de 2017

DON DUE LORENZONI

A experiência: fomos conhecer as montanhas do Espírito Santo, nas região de Venda Nova do Imigrante, distante cerca de 100 quilômetros de Vitória. Na Rota do Lagarto, tendo a Pedra Azul como companhia constante durante a sua travessia, paramos para almoçar no simpático e acolhedor Don Due Lorenzoni, comandado por Fernanda Donna e pelo chef Alessandro Vallino. A casa pratica uma cozinha ítalo-brasileira, privilegiando produtos da região. Um dia lindo, fresco, com flores ao redor do restaurante, que fica em uma casa no estilo de casas europeias que ficam perto de montanhas. Tínhamos feito reserva para quatro pessoas, o que foi providencial, pois o restaurante não é grande e logo ficou lotado. Sentamos em uma mesa redonda próxima da lareira, que estava toda decorada com motivos de Páscoa, com um lindo arranjo de antúrios dominando a cena. Para beber, fui de refrigerante, quando bebi duas latas de 350 ml  de Coca Cola Zero (R$ 6,00 cada uma). Os demais da mesa tomaram suco de morango (R$ 10,00 cada copo) e água mineral sem gás (R$ 5,00). Começamos com o couvert, cortesia da casa, composto por uma cesta de pães fresquinhos e bolinhas de manteiga saborizadas com maracujá, jabuticaba e pistache. Destaco a manteiga de maracujá: levemente ácida, suave e delicada no paladar. Em seguida, compartilhamos duas entradas. A primeira a chegar foi o prato com cogumelos recheados (R$ 30,00). Embora o cardápio indique que a porção é composta por três unidades, fizeram quatro para nossa mesa. Eram cogumelos paris de tamanho médio, recheados com três queijos e macadâmias. Embora não descrito quais os queijos, consegui identificar provolone e mussarela. O sabor forte dos queijos casou bem com a delicadeza do cogumelo e a macadâmia deu o sabor seco que faltava. Muito bom. Depois chegou a polenta torre (R$ 29,00). Bela apresentação, com pedaços de polenta frita cortados em forma de quadrado, cada um maior do que o outro. Eles estavam dispostos um por cima do outro entremeados com socol, um embutido feito na região, e tomate seco, também muito produzido naquelas bandas. A polenta estava crocante, sem pingar gordura, macia por dentro. Ela sozinha bastaria para mim. Os recheios foram acessórios dispensáveis. Depois das entradas, meu prato principal chegou em uma linda cerâmica. Pedi um filé ao molho de jabuticaba (R$ 65,00). Veio um tornedor alto, macio ao ser cortado, bem cozido por fora e com o miolo bem vermelho, em ponto um pouco abaixo do que gosto. Prefiro o interior rosado, mas o sabor estava muito gostoso, principalmente com o molho de jabuticaba que o encobria. Como acompanhamento, nhoque de batatas com ervas. A massa estava muito bem feita, quase derretendo no contato com o palato. Ainda compartimos a sobremesa. Pedimos dois tiramisù (R$ 24,00 cada) para nós quatro. Tinha uma esmerada apresentação. No sabor, nada de excepcional. Tinha consistência, com queijo mascarpone em quantidade correta. Terminamos o belo almoço com uma xícara de café espresso bem tirado (R$ 6,00).
Restaurante: Don Due
Endereço: Rodovia Ângelo Girardi, Km 3, s/n, Rota do Lagarto, Pedra Azul, Domingos Martins, ES.
Telefone: +55 27 3248 1352
Web: http://donlorenzonidue.com.br/
Data: 25/03/2017, sábado, almoço.
Valor total da conta: R$ 522,50; para quatro pessoas, incluído o serviço. Conta paga com cartão de débito. O restaurante não recebe pagamento em cartão de crédito.
Minha nota: 8.

domingo, 26 de março de 2017

SOETA

A experiência: quando decidimos ir para Vila Velha, pedimos à nossa anfitriã que reservasse uma noite para jantar no Soeta, restaurante que fica em Vitória, comandado pelos chefs Bárbara Verzola e Pablo Pavón, ambos com passagem no famoso e cultuado restaurante El Bulli, do chef Ferran Adrià. Reserva confirmada para 19:30 horas de uma sexta-feira. Chegamos vinte minutos atrasados, mas minha amiga ligou antes para avisar e aumentar um lugar na mesa, passando a ser cinco pessoas ao todo. O Soeta fica em uma linda casa no buchichado bairro Praia do Canto. Ficamos em uma mesa redonda no salão principal e tão logo sentamos, já nos ofereceram a carta de vinhos. Na reserva, já tinha sido informado que faríamos o menu tradição (R$ 148,00), com algumas ressalvas na alimentação. Ninguém quis tomar vinho naquela noite. Como sempre, fui de Coca Cola Zero, lata de 350 ml (R$ 7,80), enquanto meu companheiro começou com um Guaraná Antarctica Zero, lata de 350 ml (R$ 7,80), partindo, em seguida, para um drinque especial da casa, feito com gin (R$ 28,00). Os demais da mesa pediram água com gás e sem gás (R$ 6,90 cada uma), e cinco copos de sucos (R$ 9,00 cada copo). Em dez minutos, a sequência do menu começou a ser servida. Eis o que degustamos:
01. caipirinha com espuma de cerveja - um drinque inusitado, que resultou fresco no paladar. A espuma da cerveja não me incomodou, ressaltando que não sou apreciador de cervejas.
02. torrada de focaccia com creme de queijo, folha de capuccina com camarão, pepino, flores e especiarias - sabor delicado, suave, destacando a lâmina de pepino cru que encimava o camarão. Bela entrada. Ainda nesta etapa, foi servido um tempurá de tomate cereja, que esteja muito bom. O crocante da farinha e o suculento interior do tomatinho resultaram em ótima harmonização no paladar.
03. ceviche quitenho de camarão - aqui o chef Pavon mostra a sua origem, já que é equatoriano. Ceviche muito delicado, com leche de tigre mais suave, com um pouco de azeite, mas que não o tornou enjoativo. Chips de batata doce, cebola roxa picada em tirinhas bem finas e pipoca completaram o prato. Para mim, o melhor da noite.
04. sequência italiana - foi servido uma taça com água de tomate com um ramo de manjericão. Bebida suave, como foi a comida até aqui, com ótimo aroma, deixando uma sensação de frescor na boca, preparando o paladar para os demais itens desta sequência, que era uma esfera de azeitona verde, que ao ser colocada na boca, explodiu deixando o sabor marcante da azeitona tomar conta do paladar. Um "papel" de parmesão com toques de aceto balsâmico foi o responsável pelo gostinho salgado da sequência, completada por duas lâminas crocantes e sequinhas de azeitonas, uma preta e outra verde. O gosto de tostado das azeitonas foi um diferencial.
05. espaguete com manteiga defumada, presunto de parma e champignon - quando este prato foi colocado em minha frente, senti um forte cheiro de defumado e aquilo me enjoou na hora. Só coloquei um pouco na boca, para constatar que eu estava certo na primeira impressão: o defumado era forte e invasivo. Não comi. Meu companheiro, que gosta muito de comida defumada, terminou de comer o meu prato.
07. sanduíche de linguado com maionese oriental - outro prato que gostei muito. Ele me lembrou um smorrebrod, sanduíche típico da Dinamarca, mas com toques brasileiros e orientais. Combinação perfeita entre o sabor suave e delicado do linguado com o pão tostado e crocante e a maionese oriental (que não era de wasabi, como imaginava), feita à base de ervas e um leve toque de shoyo.
08. miolo de paleta angus com purê de batata doce, champignon e legumes - o prato era bem servido, ainda mais depois de sete etapas, mas me decepcionou. A carne estava dura e fria, o mesmo valendo para o purê. Os legumes - tomate, cebola, berinjela e palmito - foram servidos levemente grelhados e foram o melhor desta etapa.
09. cannolo siciliano - sobremesa de origem italiana, aqui apresentada com sorvete de coco e um creme de goiaba. A massa era muito seca e não achei que combinou. O sorvete era bem sem graça. Não gostei.
Antes de fechar a conta, tomei uma xícara de café espresso (R$ 7,20).
Enfim, a sequência do menu começou muito bem e foi caindo, com os dois últimos pratos bem abaixo da média dos outros que o antecederam. Já conhecia o Soeta e quando lá estive da primeira vez, a minha experiência foi muito melhor.
Restaurante: Soeta
Endereço: Rua Desembargador Sampaio, 332, Praia do Canto, Vitória, ES.
Telefone: +55 27 3026 4433
Data: 24/03/2017, sexta-feira, jantar.
Valor total da conta: R$ 942,48; para cinco pessoas, incluído o serviço. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 6.

sábado, 25 de março de 2017

MOQUECARIA TERESÃO

A experiência: depois da frustração da moqueca na primeira noite no Espírito Santo, nossa anfitriã nos levou para a Ilha das Caieiras, um bairro afastado de Vitória, onde há vários restaurantes simples margeando o mangue, que são especializados em peixes, especialmente as moquecas capixabas. Assim que entramos em uma das ruas de acesso ao local, um rapaz, que via a vida passar sentado na esquina, pegou sua bicicleta, passou o carro onde estávamos e parou no final da rua. Quando chegamos perto dele, nos mostrou um cartão do restaurante para o qual trabalhava. Era a Moquecaria Teresão. Como nossa amiga já conhecia o restaurante, dizendo que era bom, resolvemos almoçar nele. O rapaz nos conduziu até a porta do estabelecimento. No caminho, um rapaz, também em bicicleta, tentou nos coptar para um outro restaurante. Dispensamos e seguimos em frente. O Teresão tem dois pavimentos. O piso de baixo é o mais disputado, pois fica bem perto do mangue e da sua varanda se tem uma linda vista, com barquinhos de pescador ancorados por perto. A decoração é bem simples. Sentamos em uma mesa ao lado do parapeito, mas logo nos mudamos, pois o sol que batia na água, refletia em nossos olhos, incomodando para enxergar. Ficamos em uma mesa mais à frente, mas ainda ao lado do parapeito. Vi um prato chegando na mesa ao lado e me deu vontade de comer. Era uma casquinha de siri (R$ 18,00), que logo pedi. Bem servida para ser uma entrada, com muita carne de siri desfiada, acompanhada por salada de tomate e cebola crua, além de uma farofa amarela. Para enfeitar o prato, um desmilinguido alface. Estava muito saborosa, com tempero suave, mesmo tendo coentro. Gostei. Bebi sempre Coca Cola Zero, lata 350 ml (R$ 5,00 cada uma). Os demais da mesa, além de refrigerante, também beberam água mineral sem gás (R$ 4,00 a garrafa) e uma jarra de suco de abacaxi (R$ 18,00). Como prato principal, escolhemos três pratos: peróa frito (R$ 60,00); mariscada gratinada com ovo (R$ 130,00); e moqueca de cação (R$ 85,00). Todos os pratos servem duas ou até três pessoas. Ou seja, muita comida chegou à mesa. Experimentei dois pratos, começando pela mariscada. Estava bonita, bem servida, acompanhada por arroz branco, pirão de peixe e moquequinha de banana. No entanto, seu sabor não me agradou. Os mariscos tinham um gosto forte, e largavam muita água. Já a moqueca de cação estava muito boa. Peixe macio, cozido no ponto correto, temperos que completavam bem o sabor do peixe. Nada era excessivo, com bom equilíbrio no paladar. Dos acompanhamentos, adorei a moquequinha de banana. A fruta estava bem doce, quase um mel, e este sabor doce foi contrastado com os temperos clássicos da moqueca capixaba, especialmente o urucum e o coentro, resultando em uma boa sensação na boca. O pirão também era muito gostoso, grosso, com o sabor de peixe se sobressaindo. Todos comeram bem e ainda sobrou muita comida. Pedimos para embalar para viagem. Pelas quatro embalagens utilizadas, pagamos R$ 8,00. Saí satisfeito, mas ainda busco uma moqueca capixaba que marque minha memória. Quem comeu o peroá frito não gostou. Acharam o peixe pequeno (vieram três peixes) e com pouca carne.
Restaurante: Moquecaria Teresão
Endereço: Rua Felicidade Correa dos Santos, 948, Ilha das Caieiras, Vitória, ES.
Telefone: +55 27 3322 9855
Data: 24/03/2017, sexta-feira, almoço.
Valor total da conta: R$ 371,86; para quatro pessoas, incluído o serviço. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 7.

sexta-feira, 24 de março de 2017

KIOSQUE DO ALEMÃO

A experiência: antes de almoçar, demos uma parada na Curva da Jurema, em Vitória, para saborear um pastel frito do Kiosque do Alemão. Era hora do almoço e o local estava cheio, especialmente as mesas externas, devidamente protegidas do sol, mas recebendo a deliciosa brisa que soprava na cidade. Sentamos em uma destas mesas. Pedimos de imediato dois pastéis fritos, completos, ou seja, pastel recheado com camarão, queijo e palmito (R$ 6,20 a unidade). Eu já conhecia o local, pois ali tinha almoçado em uma ocasião em que estive em Vitória para uma reunião de trabalho. Naquela oportunidade, tinha gostado do pastel frito, mas lembro-me bem que tinha escolhido o mais simples, apenas com camarão no recheio. Para beber, fui de Coca Cola Zero, lata de 350 ml (R$ 5,50). Meu companheiro resolveu tomar uma cerveja, pedindo uma Corona (R$ 10,00), long neck, enquanto nossa anfitriã bebeu apenas uma garrafa de água mineral sem gás (R$ 3,50). Uns vinte minutos depois de feito o pedido, os pastéis chegaram à mesa. São grandes, fresquinhos e sem muita gordura. Massa gostosa, levemente salgada, seca e crocante por fora. O recheio estava portentoso, ocupando todo o interior do pastel, mas achei a forma de ser colocado estranha. Era uma fila de camarão ao molho, camarões bem pequenos, diga-se de passagem, uma de queijo, que ao derreter se misturou um pouco com o camarão, e outra fila de palmito picado em cubinhos pequeninos. Assim, não houve uma mistura homogênea do recheio. A medida da sua bocada era a medida de como os ingredientes do recheio iriam se harmonizar na sua boca. Ficou estranho. Às vezes, o gosto do camarão se sobressaía, em outras, era o palmito que ficava mais evidente. Não gostei deste tipo de recheio. Seria mais feliz se tivesse pedido o pastel recheado somente com camarão.
Restaurante: Kiosque do Alemão
Endereço: Avenida José Miranda Machado, 14, Enseada do Suá, Vitória, ES.
Telefone: +55 27 3345 2099
Data: 24/03/2017, sexta-feira, lanche pré-almoço.
Valor total da conta: R$ 34,50; para duas pessoas, incluído o serviço. Conta paga com cartão de débito.
Minha nota: 6.

quinta-feira, 23 de março de 2017

RESTAURANTE ATLÂNTICA

A experiência: a tradição falou alto na escolha do restaurante para jantar no nosso primeiro dia em Vila Velha, onde fomos visitar uma grande amiga e sua família. Ficamos hospedados na casa dela e queríamos comer uma moqueca capixaba. Afinal, o slogan repetido como um mantra no Espírito Santo é "moqueca só capixaba, o resto é peixada". A poucos metros do prédio onde ela mora, na Praia da Costa, fica o Restaurante Atlântica, que existe desde 1967, data estampada até no guardanapo de papel personalizado da casa. Outro orgulho do restaurante é ter criado a receita do camarão no coco, prato que consta do menu de quase todos os restaurantes especializados em peixes e moquecas da região. O local é simples, decorado com motivos praianos e com as paredes lotadas de quadros de pintores locais que estão à venda. Chegamos por volta de 21 horas. Havia muita mesa disponível, mas as que ficam mais próximas das janelas estavam todas ocupadas por grupos grandes de amigos ou por famílias. Turistas e locais. Pedi uma lata de 350 ml de Coca Cola Zero (R$ 5,00) para beber, enquanto os demais da mesa pediram uma garrafa de água mineral sem gás de 300 ml (R$ 3,00), uma garrafa pequena de cerveja Therezopolis (R$ 17,50), e uma jarra de 700 ml de suco de laranja (R$ 15,00). Meu companheiro, com muita fome, pediu um risole de camarão (R$ 5,00), do qual ele elogiou a massa e o recheio, embora achou os camarões bem pequenos. Para os pratos principais, pedimos os clássicos do local: camarão no coco (R$ 127,80) e moqueca de badejo (R$ 137,80). Todos os pratos servem muito bem duas pessoas. A moqueca tem como acompanhamento arroz branco, pirão de peixe e moquequinha de banana da terra. Os pratos demoraram cerca de meia hora para chegarem à mesa. Enquanto aguardava, percebi que a maioria dos pedidos das demais mesas era o tal camarão no coco. A moqueca chegou fumegante, mas quase não se sentia seu aroma. Foi servida, como deve ser, na panela de barro preta, típica do Espírito Santo. O camarão no coco foi acompanhado por arroz branco e batata francesa. Ele foi servido dentro de um coco verde, com creme de coco. Seu aroma exalava coentro. Como até aquela data eu não estava comendo camarão, experimentei um pouco do creme. Ele era espesso, bem cremoso, com sabor forte de leite de coco, mas o coentro, que já dominava no aroma, também dominou no paladar. Uma lástima. Foquei na moqueca. Minha amiga a experimentou primeiro e logo foi dizendo que estava péssima, muito mal feita. Ela é experiente e uma exímia cozinheira. O badejo estava cozido no ponto certo, veio em abundância, mas faltava sabor ao todo. Parece que esqueceram os temperos da moqueca. Estava sem graça. O que salvou foi a moquequinha de banana, pois o sabor da banana da terra cozida equilibrou o prato, não deixando o coentro dominar. Foi o melhor da noite. Também comi a tal batata francesa, um tipo de batata palha, cortada mais grossa e frita. Estava gostosa. O atendimento foi muito bom, digno de registro, sendo a garçonete muito simpática e cordial. A casa tem wi-fi disponível para os clientes, mediante senha.
Restaurante: Restaurante Atlântica
Endereço: Avenida Antônio Gil Veloso, 80, Praia da Costa, Vila Velha, ES.
Telefone: +55 27 3320 2341
Data: 23/03/2017, quinta-feira, jantar.
Valor total da conta: R$ 342,21; para cinco pessoas, incluído o serviço. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 5.

quarta-feira, 22 de março de 2017

L'ENTRECÔTE BISTRÔ

A experiência: comprei o Duo Gourmet havia mais de um mês, mas ainda não o tinha utilizado. Nele há cupons de restaurantes que ao utilizar, você pede um prato e ganha outro de igual ou menor valor, respeitadas as restrições de cada restaurante. Saímos para jantar com o livrinho nas mãos, escolhendo o L'Entrecôte Bistrô. É um restaurante nos moldes do L'Entrecôte de Paris, que tem várias unidades espalhadas pelo Brasil, inclusive aqui em Belo Horizonte. Aliás, os dois restaurantes ficam na mesma rua. O que nós escolhemos é bem pequeno, com decoração que remete à França, tendo uma iluminação baixa. Chegamos cedo, por volta das 19 horas. Somente nossa mesa estava ocupada. Ficamos em uma mesinha para dois, encostada na parede, com um abajur individual dando um pouco mais de luz na hora de apreciar o prato. O menu é bem enxuto, com apenas 10 opções entre couvert, entrada, principal e sobremesa. O forte da casa é o entrecôte clássico (R$ 54,90), que foi nossa escolha. Pedimos dois. O prato vem com salade de saison pequena (nada mais do que folhas verdes, tomate cereja e molho), o entrecôte de 200 gramas com molho secreto, e fritas à vontade. Meu companheiro aceitou o couvert (R$ 5,00; valor individual), que é constituído de pães e pastas. A salada chegou rápido e rapidamente a devoramos. Era pequena e fresca. Em seguida, nossos pratos, ambos com a carne ao ponto. O contra-filé era fino e já veio fatiado no prato. A carne estava bem macia, no ponto correto, tendo molho abundante sobre ela. O molho é segredo da casa. É mais ralo e mais ácido do que a casa concorrente. As fritas estavam quentinhas, de coloração amarela clara, mas faltava sal. Talvez fosse proposital, pois as batatas serviam para sorver um pouco do molho que acompanhava o prato. Pedimos mais uma rodada de fritas. A garçonete nos perguntou se também queríamos mais molho, mas como havia uma boa quantidade no prato, declinamos, ficando somente com as batatas, que demoraram a chegar à mesa. Estavam fritando na hora. Comemos bem e não quisemos sobremesa, nem mesmo café. Um bom prato, nada que tenha me surpreendido a ponto de querer voltar.
Restaurante: L'Entrecôte Bistrô
Endereço: Rua Marília de Dirceu, 116, Lourdes, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 2515 2811
Data: 22/03/2017, quarta-feira, jantar.
Valor total da conta: R$ 83,48; para duas pessoas, incluído o serviço (no total não está incluído o valor de R$ 54,90, pois utilizamos o cupom do Duo Gourmet). Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 6.

segunda-feira, 20 de março de 2017

OLEGÁRIO - JARDINS

A experiência: domingo, noite, depois do teatro nós decidimos ir comer uma pizza, utilizando o Passaporte Gastrô. Elegemos a unidade da Olegário na Cidade Jardim, anexa ao Hotel Hilton Garden Inn. Chegamos às 20:45 horas. O local estava bem vazio, com pouco movimento. Estranhamos por ser domingo, dia propício para uma pizza em família ou com amigos. Ficamos em mesa mais ao fundo, fugindo do ar condicionado que estava bem frio. Nossos amigos pediram o vinho tinto chileno Espino (R$ 88,70) e duas águas minerais com gás São Lourenço, garrafa de 300 ml (R$ 4,50 cada uma). Meu companheiro pediu um guaraná zero, mas quando chegou o Kuat, ele pediu para trocar, vindo um Guaraná Antarctica Zero (R$ 5,90). Como estava dirigindo, fiquei na Coca Cola Zero (R$ 5,90), tomando duas latas durante o jantar. Para comer, pedimos duas pizzas grandes, com quatro sabores ao todo. A pizza grande tem seis fatias. Uma das pizzas foi metade filé, com molho de tomate, mussarela especial, finas fatias de filé, lâminas de queijo brie, crispi de alho poró e salsinha (R$ 36,90, valor da metade), e metade de cogumelos trufados, com molho de tomate, mussarela especial, ovos cozidos, shitake, funghi trufados e salsinha (R$ 36,90). A outra pizza foi metade camponata, com molho de tomate, mussarela especial, tomate, finas fatias de abobrinha, berinjela grelhada, alho torrado e grana padano ralado (R$ 34,00) e metade caprese, com molho de tomate, mussarela especial, fatias de tomate, fatias de mussarela de búfala, salsinha e molho pesto de manjericão (R$ 34,00). As pizzas não demoraram a chegar e vieram juntas para a mesa. Comi primeiro a de filé. A carne era tão fina que parecia um carpaccio passado no fogo. O queijo estava com gosto ruim, com sabor rançoso. Mais parecia um gorgonzola do que um brie. A massa era bem fininha, diferente das de outras unidades da mesma pizzaria. Massa fina, mas não quebradiça, com consistência. Em seguida, comi a de cogumelos trufados, cujo aroma se sentia em toda a mesa. Muito gostosa, com o ovo cozido sendo o destaque. Por fim, a caprese, cujo sabor estava no ponto correto, sem nenhum ingrediente predominando no paladar. O pesto estava bem feito. No final das contas, um bom jantar, mesmo com o senão da pizza de filé.
Restaurante: Olegário Jardins
Endereço: Rua Prudente de Morais, 520, Cidade Jardim, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 2531 1484
Web: http://www.pizzariaolegario.com.br/
Data: 19/03/2017, domingo, jantar.
Valor total da conta: R$ 214,92; para quatro pessoas, incluído o serviço (no total não está incluído o valor de R$ 68,00, pois utilizamos o voucher do Passaporte Gastrô). Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 7.

domingo, 19 de março de 2017

1‘ REUNIÃO - CONFRARIA BH


Quando morei em Brasília, participei, de abril de 2006 a dezembro de 2016, de uma confraria que se reunia uma vez por mês para apreciar vinhos, falar sobre eles, degustá-los, conversar diversos temas e terminar sempre com um belíssimo jantar. Eram sempre dez pessoas, mas ao longo dos mais de dez anos da confraria, mais de vinte pessoas passaram por ela. Chegando em BH, em um encontro com amigos que participaram dos primeiros anos dessa confraria em Brasília, resolvemos fazer uma na capital mineira. Por questões de espaço, reduzimos o número de participantes para sete. Convites feitos em janeiro de 2017, todos aceitos. Assim, marcamos nossa primeira reunião para março. Como em Brasília, a ideia é nos reunirmos mensalmente, ao custo de R$ 250,00 por pessoa. O jantar ficou a cargo do Chef Gastón Almada, de Massa Madre BH, ao custo de R$ 500,00. Desta forma, dos R$ 1.750,00 arrecadados por mês, teremos R$ 1.250,00 para comprar os vinhos da degustação e os que harmonizarão com a refeição. O primeiro encontro aconteceu em minha casa na noite de 17 de março de 2017. Como era a reunião inaugural e não tendo um encontro com os sete anteriormente, o tema da degustação foi livre. Emi ficou responsável por comprar os vinhos. Três dias antes, todos eles já estavam na adega de minha casa. Às 20 horas da sexta-feira 17/03, Marcelo foi o primeiro a chegar, trazendo um mimo para nossa reunião, um vinho de sobremesa argentino. Mesa posta, baguete francesa comprada na Bonomi devidamente cortada em rodelas, água sem gás em profusão, pois fazia muito calor, talheres, guardanapos, recipiente para verter o que sobrou nas taças de quem não queria mais beber aquele específico vinho, caderno de anotações, apetrechos para abrir as garrafas, taças, vinhos tintos sendo decantados desde 19:30 horas, e muita disposição. Começamos por volta de 20:30 horas e degustamos quatro vinhos. Emi fez uma ótima explanação sobre cada um, bem como da região em que são feitos. Eis os vinhos da noite:

Vinho 1: Beaune 1re Cru Les Aigrots
Safra 2008, com 12,5% de gradação alcoólica, elaborado com 100% de uvas chardonnay pela Domaine de Montille, na região de Beaune, Borgonha, França (Appelation Beaune 1er Cru Contrôlée). Foi servido a uma temperatura de 12° C. Processo biodinâmico de elaboração, em terreno levemente inclinado de solo argiloso com calcário. Sua colheita é 100% manual. Na taça, revelou uma cor amarelo citrino, com tendências douradas. No nariz, os confrades sentiram abacaxi, manteiga, maracujá e tostado. Na boca, acidez bem equilibrada e com muito frescor. É importado para o Brasil pela Mistral e foi comprado pelo sítio eletrônico da importadora, custando R$ 260,52 + frete. Estagiou um ano em barricas de carvalho francês. Dos dois vinhos brancos da noite, foi o preferido dos sete confrades.

Vinho 2: Reyneke
Safra 2010, com 12,5% de álcool, elaborado com 100% de uvas sauvignon blanc pela Reyneke Wines, na região de Stellenbosch, África do Sul. Foi servido em temperatura de 16º C, um pouco acima do que deveria, o que pode ter prejudicado na avaliação final. Também vinho elaborado de forma biodinâmica. Cor amarelo dourado. No nariz, aromas minerais, de jatobá, gás e funghi. Na boca, revelou-se encorpado, com muita salivação, sinal de que a acidez era bem acentuada. No primeiro contato com as papilas gustativas, um leve sabor adocicado que some em segundos. Pede comida, de preferência com alguma gordura, como um tambaqui. Estagiou quinze meses em barricas de carvalho francês. É importado para o Brasil pela Mistral e foi comprado pelo sítio eletrônico da importadora, custando R$ 155,93 + frete.

Vinho 3: Quinta do Perdigão Reserva
Safra 2005, com 14,5% de álcool, elaborado com 50% de uvas touriga nacional, 20% de tinta roriz, 20% de jaen e 10% de alfrocheiro, por José Joaquim da Silva Perdigão, na região do Dão, em Portugal (Denominação de Origem Controlada), em área de vinha com sete hectares. Foi servido em temperatura de 16º C, após ficar decantando por uma hora e vinte minutos. Cor rubi bem fechado, com unha evoluindo para granada. No nariz, sentimos ervas, couro, baunilha, frutas negras, ameixa, anis estrelado e ameixa preta. Na boca, taninos presentes, mas sem agredir. Bem equilibrado em estrutura, acidez e taninos. Estagia doze meses em barricas de carvalho francês e americano. É importado para o Brasil pela Mistral e foi comprado pelo sítio eletrônico da importadora, custando R$ 216,32 + frete. Dentre os dois tintos da degustação, foi o preferido por Leo, Sônia, Luís e Lica.

Vinho 4: Château Poujeaux
Safra 2008, tendo 13% de álcool, elaborado com 53% de uvas cabernet sauvignon, 43% de merlot e 4% de petit verdot, na região de Moulis-en-Médoc, Bordeaux, França (Appellatiion Moulis Contrôlée), pela vinícola Château Poujeaux. Foi servido em temperatura de 16º C, após decantado por uma hora e quarenta minutos. Na taça, revelou uma cor rubi fechada, com reflexos granada. No nariz, notas de ameixa, amoras, groselha, cassis, café, couro, especiarias, pimenta do reino, pimenta calabresa e chocolate. E na boca, taninos presentes, elegantes, boa estrutura, com retrogosto de compota de frutas vermelhas. É importado para o Brasil pela Mistral e foi comprado pelo sítio eletrônico da importadora, custando R$ 255,63 + frete. Dentre os dois tintos da degustação, foi o preferido por Emi, Rogério e Marcelo.

Terminada a degustação, teve início o jantar, composto de quatro passos. Durante o jantar, tomamos o vinho francês La Grange, safra 2012, produzido por Domaine Courtois na região de Vinsobres, Côtes du Rhône (Appellation Vinsobres Contrôlée), elaborado com 60% de uvas grenache e 40% syrah, tendo 14% de álcool. Servido em temperatura de 15º C. É importado para o Brasil pela Premium e foi comprado na loja, custando R$ 100,00 cada garrafa. Tomamos duas delas. Eis nosso jantar, preparado pelo argentino Chef Gastón Almada. O jantar foi muito elogiado por todos.
Amuse bouche: bruschettas de queijo de cabra e compota de figos.
Entrada: polenta frita sobre leito de molho de goiabada picante. Por cima da polenta, escabeche de umbigo de banana.
Principal: polvo grelhado, purê de feijão branco com azeite trufado e farofa de pão.
Sobremesa: maçã em três texturas - espuma gelada de maçã, pudim de maçã, e compota levemente picante de maçã.
Junto com a sobremesa, o vinho de sobremesa presenteado por Marcelo, o Rutini Vin Doux Naturel, safra 2013, produzido pela Bodega La Rural, na região de Mendoza, Argentina, com 12,2% de álcool e elaborado com as castas semillón e verdicchio. Foi servido na temperatura de 0º C. Na taça, uma cor amarelo dourado bem brilhante. Seu aroma era forte, bem frutado, o mesmo na boca, causando uma excelente harmonização com as maçãs da sobremesa.

Excelente início da confraria. Vida longa à Confraria BH, cuja segunda reunião foi marcada para 10 de abril, com o tema vinhos tintos espanhóis.

sábado, 18 de março de 2017

INKA

A experiência: gosto de ceviche, mas ainda não encontrei um restaurante que faça um pelo menos bom. Na quarta-feira, resolvemos sair para jantar. A escolha foi de meu companheiro. Ele sugeriu o Inka, restaurante que fica no bairro Luxemburgo, especializado nas cozinhas peruana e japonesa. Foi difícil encontrar um local para estacionar e só depois de sentados, descobri que há um amplo estacionamento no mesmo prédio, onde também funciona uma pizzaria, dos mesmo proprietários do Inka. Assim que sentamos, em uma mesa ao lado da janela, recebemos três cardápios. Um para bebidas, outro para a comida japonesa e o terceiro para a comida peruana. Como não queria beber, já fui pedindo uma Coca Cola Zero, lata de 350 ml (R$ 5,80), enquanto meu companheiro pediu um drinque chamado ave lucuma (R$ 19,00). Fiquei super contente ao saber que havia lúcuma no cardápio, especialmente na parte de sobremesa. Meu interesse era na comida peruana. Para começar, pedimos uma ronda fria (R$ 58,00), pois em um só prato havia todos os pratos que queríamos pedir como entrada: ceviche, tiradito e causa, além de um camarão chamado chalaca. Não demorou a chegar um prato bem feito, com as entradinhas separadas em quatro partes. Eram três mini ceviches: clássico, salmão no maracujá e atum com ervas. O primeiro estava muito bom, com o leche de tigre no ponto, ácido na medida certa. O de salmão mais parecia um sashimi mais gordo, pois não se sentia que o maracujá o tivesse cozido o bastante. O manjericão se destacava nas ervas do atum, o que prejudicou o sabor do peixe. A mesma mistura de ervas estava por cima dos tiraditos. Eram quatro tipos, a saber, atum, salmão, peixe branco e polvo. O excesso do molho de ervas deixou os quatro com o mesmo sabor. Não comi o camarão chalaca, apenas o molho de tomate, milho verde e cebola no qual estava acomodado. Era gostoso. Já as causas, lhes limão na massa de batata. Os recheios de frango e atum dominaram no paladar. Quase não se sentia o sabor da batata. Passei para o prato principal. Meu companheiro pediu uma pasta a la huancaina (R$ 55,00), enquanto eu pedi um dos pratos que mais gosto da cozinha clássica peruana, o tacu tacu (R$ 53,00). Aqui ele recebeu a alcunha de a lo pobre, pois foi servido com um ovo frito por cima da carne. Prato bem servido e com bom perfume. No entanto, a mistura de arroz com feijão estava bem longe daquela que tinha em mente, da que eu costumava comer em um restaurante peruano de Brasília, o El Paso Latino. A mistura estava cremosa demais, parecendo um risoto. No Peru, comi o tacu tacu selado, o que lhe deu uma crocância interessante e não ficava esparramado pelo prato. Por cima do tacu tacu, um filé a milanesa, banana também a milanesa, o ovo frito e muita cebola roxa picada. Completava o prato um espesso molho com muita salsinha e orégano. Pela quantidade de ingredientes, alguns deles com personalidade forte, o prato ficou enjoativo na boca. Não gostei. Era hora de pedir a sobremesa. Claro que foi um sorvete de lúcuma. O garçom, ao ouvir meu pedido, disse que a lúcuma estava em falta, assim como o refri Inca Kola. Fiquei frustrado. Pedimos dois cafés espressos para terminar o jantar. Serviram duas xícaras com café derramando e sem nenhuma espuma. Ao tomar, era horrível. Devolvemos e não nos cobraram na conta. Pediram desculpas porque quem fez o café não sabia mexer na máquina e usou a mesma cápsula já usada para passar os nossos dois cafés. Insistiram em nos oferecer, como cortesia, dois cafés realmente espressos e frescos, mas não aceitamos. Pagamos a conta e nos fomos. Ainda não comi um bom ceviche em BH.
Restaurante: Inka
Endereço: Rua Guaicuí, 533, Luxemburgo, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 3293 1461
Web: https://www.facebook.com/inkabh/
Data: 15/03/2017, quarta-feira, jantar.
Valor total da conta: R$ 209,88; para duas pessoas, incluído o serviço. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 6.

quarta-feira, 15 de março de 2017

LULLO GELATO

A experiência: BH está muito quente, talvez um dos motivos para a proliferação de sorveterias na cidade. E algumas gostam de dar um ar sofisticado colocando GELATO em seu nome. É o caso da Lullo Gelato, vencedora do prêmio de melhor sorveteria da capital mineira em 2016 pela Revista Encontro. A casa fica em um dos quarteirões fechados em torno da Praça Diogo de Vasconcelos, a famosa Savassi. Já fui quatro vezes desde que me mudei novamente para BH. O atendimento é bom, há um sofá enorme para quem quiser tomar seu sorvete sossegado no lado de dentro da loja, mas há mesinhas colocadas na calçada com guarda-sóis para proteger do forte sol que assola a cidade. Meus sorvetes preferidos são aqueles feitos à base de leite, desde que o sabor deste ingrediente não se sobressaia no paladar. A Lullo sempre tem novidade em sua colorida vitrine. A cor dos sorvetes já é um chamariz. Dá vontade de experimentar tudo. Um ponto positivo é a explicação do que se trata quando o nome do sabor está em língua estrangeira, diferente de outras sorveterias da cidade, a maioria com nomes em italiano. Comprei o menor copinho, R$ 10,00, com direito a até três sabores e uma casquinha, disponível nos sabores baunilha e chocolate, que vem emborcada por cima do sorvete. Desta última vez, escolhi dois sabores: salada de frutas (mamão, laranja e sorvete) e doce de leite mineiro, com casquinha e chocolate. Não foi minha melhor escolha, pois das outras três vezes anteriores, quando provei o de pistache, um de chocolate e o de frutas amarelas, fui mais feliz. Mas estava bom o sorvete. O de salada de frutas predominava o sabor da banana e estava muito doce, o que ficou enjoativo na boca. Já o de doce de leite estava mais suave, com açúcar no ponto. Cumpriu o papel de refrescar. A casquinha é um delicioso biscoito crocante e harmoniza bem com o sorvete. Para quem gosta de um café espresso, a casa oferece interessante seleção de cafés. Experimentarei em outra oportunidade.
Restaurante: Lullo Gelato
Endereço: Rua Antônio de Albuquerque, 617, Savassi, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 3656 0625
Web: http://www.lullo.com.br/
Data: 14/03/2017, terça-feira, noite.
Valor total da conta: R$ 10,00. Conta paga com cartão de débito.
Minha nota: 7,5.

terça-feira, 14 de março de 2017

BOCA DO FORNO - SAVASSI

A experiência: adoro coxinha e quando morei em Brasília, era difícil comer uma, salvo se estivesse em alguma festinha, pois raramente andava pela cidade a pé para lanchar. Pois bem, morando em BH as coisas mudaram muito. Como utilizo o transporte coletivo para ir trabalhar, ou vou caminhando desde a minha casa, a possibilidade de passar em frente a uma lanchonete é de 100%. Sempre ouvi falar da coxinha da rede de lanchonetes Boca do Forno. Enfim, tive a oportunidade de entrar na unidade da Savassi e experimentei este delicioso salgado, tipicamente brasileiro. Pedi a mais comum de todas, a coxinha de frango (R$ 4,90 a unidade). Para acompanhar, uma lata de 350 ml de Coca Cola Zero (R$ 5,50). A casa estava movimentada, era início de noite. Fiz o pedido de duas coxinhas e um refrigerante no caixa, paguei, peguei a nota e fui até o balcão. Pedi para embalar para viagem uma coxinha, enquanto a outra comi no local, em uma das mesas redondas do salão. Salgado grande, com bonito visual, casca dourada, homogênea. Recheio abundante. A massa tinha caldo de galinha no ponto, sem se sobressair no sabor, deixando para o frango desfiado do recheio este papel. A coloração da massa era levemente alaranjada, sinal de que foi utilizado colorau ou algo do gênero. Quanto ao recheio, achei bem temperado, mas um pouco seco para meu gosto. Não que isto tenha atrapalhado no final, mas poderia ser um pouquinho mais úmido. Recheio basicamente com frango e temperos, simples assim. Aprovado, mas não sei se é a melhor da cidade. Ainda vou experimentar a de outros lugares.
Restaurante: Boca do Forno
Endereço: Rua Antônio de Albuquerque, 707, Savassi, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 3327 2027
Web: http://www.bocadoforno.com.br/
Data: 14/03/2017, terça-feira, lanche.
Valor total da conta: R$ 15,30. Conta paga com cartão de débito.
Minha nota: 7.

sábado, 11 de março de 2017

ARMAZÉM DO ÁRABE

A experiência: o bar e restaurante Armazém do Árabe tem participado dos certames de comida de boteco de BH. Chegamos nele por acaso. Fomos ao Estabelecimento, que fica na Serra, e não havia lugar. Uma pessoa na porta nos disse que havia um outro bar a poucos metros dali que tinha uma boa comida. Era o Armazém do Árabe. Mesas de plástico na calçada e de madeira no salão interno, que tem decoração com objetos da cultura do Oriente Médio, como um narguilê, mas também de armazém do interior, com um móvel de madeira usado para colocar mantimentos que eram vendidos a granel. Ficamos do lado de dentro. Apenas um garçom atendia, mas o local não é grande e nem estava cheio, por volta de 22:30 horas. O cardápio é enxuto, trazendo pratos clássicos da culinária árabe, algumas criações para os festivais de comida de boteco e também iguarias da culinária mineira, como o porco na lata com jiló. Pedi uma Coca Cola Zero (R$ 3,50), servida em garrafa de vidro de 290 ml (o refrigerante em garrafa, especialmente a Coca Cola, é melhor). Um dos amigos seguiu meu pedido e o outro, que não toma refrigerantes, pediu uma caipivodca de limão (R$ 12,00). Embora as mesas ocupadas consumiam cerveja, nossa mesa não pediu nenhuma. Não há cervejas especiais, somente as marcas das grandes indústrias, sendo a mais cara a Serra Malte (R$ 9,90). Para comer, pedi um quibe frito (R$ 7,50), pois vi o que foi servido na mesa ao lado e fiquei com vontade. Também pedimos uma porção de caftalifa e seu vizir (R$ 29,90) para compartilhar, um prato que participou do festival Botecar 2015 e permaneceu no cardápio. Mesmo com o bar com pouco movimento, os nossos pedidos demoraram muito a chegar. Tudo feito na hora. Primeiro chegou meu quibe, com aspecto feio, grande, e soltando gordura (o guardanapo abaixo dele ficou com uma mancha amarela do óleo em que foi frito). Tinha muita carne e um bom tempero. Na boca, com o necessário limão, ficou saboroso. Depois chegou o prato que compartilhamos. Eram mini caftas, acompanhadas de molho especial de pimenta com mostarda e mel, molho de ervas e azeite, e pãozinho receita da família. As caftas eram pequenas e servidas no espeto. Eram oito unidades. Três potinhos estavam no prato. Um com um molho de ervas, outro com um limão partido e o terceiro com o molho de pimenta. Este último não experimentei. Ao centro, oito pãezinhos. Peguei um espeto, mergulhei no molho de ervas e dei uma mordida. Tinha um pedacinho de osso que quase quebrou meu dente, mas felizmente já sou calejado nesta seara e não dei a segunda mordida. Consegui tirar o intruso, que era bem pequeno e continuei comendo, desta vez com mais parcimônia. O osso provavelmente veio com a carne que deve ter sido moída no açougue fornecedor da casa. A cafta estava saborosa, com tempero parecido com o que foi usado no quibe. O pãozinho era bem macio e ficou ótimo molhado no molho de ervas com azeite. Meu amigo, ainda com fome, pediu um quibe frito depois de terminada a cafta.
Restaurante: Armazém do Árabe
Endereço: Rua Luz, 230, Serra, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 3223 1410
Web: Facebook - Armazém do Árabe
Data: 11/03/2017, sábado, jantar.
Valor total da conta: R$ 74,14; para três pessoas, incluído o serviço. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 6.

sexta-feira, 10 de março de 2017

CERVEJARIA BACKER

A experiência: não gosto de cerveja. Isto é fato, mas não me impede de frequentar cervejarias, bares e botecos, especialmente em BH, a capital mundial dos botecos. Aproveitando que dois colegas de Brasília estavam em BH, reunimos a turma do trabalho na Cervejaria Backer, que fica no bairro Olhos d'Água, um pouco fora do circuito de bares e restaurantes da cidade. Era quinta-feira, início de noite, com grande engarrafamento para chegar até lá. O local é enorme e bonito, onde também funciona a fábrica. O espaço do bar tem decoração que privilegia o tijolo aparente, luzes de neon, tonéis de cerveja e uma inusitada jabuticabeira no centro do salão. A cervejaria é ideal para se ir com grandes grupos, como era o nosso caso. Ficamos em uma mesa para 12 pessoas. Serviço ágil, rápido, sem delongas e firulas. Assim que acomodados, meus colegas de trabalho já foram pedindo as cervejas especiais da casa, enquanto eu fiquei no refrigerante de sempre, uma lata de Coca Cola Zero durante toda a noite. Para comer, a casa oferece uma variedade grande de petiscos. Foram vários pratos compartilhados na mesa, mas eu só provei três deles:
1. torresmo mineiro (R$ 49,00) - cubos de toucinho de barriga pururucados, crocantes e tenros, acompanhados por duas mostardas. Realmente vieram como descritos: crocantes e macios. Foram servidos em uma simpática peneira de aço inox, daquelas que se usam em frituras por imersão. Comi um pedaço. Tinha bom sabor, mas era muito pesado.
2. polpeta e basílico ao pomodoro (R$ 54,00) - almôndegas de picanha ao molho de tomates e manjericão, acompanhadas por pão cervejeiro e fatias de baguete artesanal. Eram dois tipos de pães feitos com cerveja, um escuro e outro claro. O primeiro era mais adocicado, tipo pão australiano. Pães macios e bem saborosos. Ouso dizer que eram, em sabor, bem superiores às almôndegas, cujo molho estava com um gosto predominante de massa de tomate, era muito ácido. Para sentir o gosto da polpeta, tive que limpá-la bem do molho espesso que a cobria. Faltava-lhe um tempero marcante.
3. linguiça beer style (R$ 58,00) - linguiça suína fina cozida em cerveja pale ale e grelhada, acompanhada por batatas baby ao chimichurri e duas mostardas. Prato com visual feio, no qual vieram cinco linguiças escuras e com gosto de queimado. Talvez seja o sabor forte a cerveja que me fez desaprovar a linguiça. A batata estava também escura e sem muito sabor, apesar do molho chimichurri regado sobre ela.
Para quem gosta de cerveja, um bom local para se conhecer. Para quem quer saborear uma comida boa, não é o lugar.
Restaurante: Cervejaria Backer
Endereço: Rua Santa Rita, 220, Olhos D'Água, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 3228 8888
Web: http://www.cervejariabacker.com.br/
Data: 09/03/2017, quinta-feira, jantar.
Valor total da conta: R$ 1.360,00; para doze pessoas, incluído o serviço. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 5.

quinta-feira, 9 de março de 2017

CIA DO BOI - SION

A experiência: era noite de segunda-feira, noite de teatro. Depois da peça, eu e meus três amigos decidimos comer algo. Pesquisamos vários bares e restaurantes nas imediações do CCBB, mas todos estavam fechados naquela noite. Fomos para o Sion, na Rua Pium-í, onde há uma concentração de bares. Nossa parada foi na unidade da Cia do Boi, um misto de bar e restaurante que serve carne cobrada no quilo. Sentamos em uma mesa redonda na varanda, longe de uma mesa enorme que só aumentava e depois se revelou uma barulhenta comemoração de aniversário. Mas o barulho não chegava na varanda. Pedimos um quilo de picanha maturada. O garçom nos perguntou se queríamos a carne magra, gorda ou com quantidade de gordura média. Preferimos a última opção. A peça que ele nos mostrou, ainda crua, pesava 1,15 quilos. Decidimos por ela (R$ 171,24). Todas as carnes acima de 300 gramas vem acompanhadas por farofa e vinagrete. Ainda pedimos uma porção de mandioca cozida (R$ 16,95) para completar o prato. Para beber, eu fui de Coca Cola Zero, lata de 350 ml (R$ 4,60). Na mesa, os amigos beberam uma garrafa da cerveja Original (R$ 12,98). O serviço é muito rápido. Talvez por ser segunda. O fato é que, junto com as bebidas, o garçom trouxe as guarnições: três potinhos de farofa e três de vinagrete. Tirei a conclusão que é um par para cada 300 gramas cheios. Também trouxe a mandioca, em porção bem servida. Nem cinco minutos depois, já estava servindo nossos pratos com finas fatias da picanha. O garçom fez a primeira rodada, servindo um bife para cada um. Depois teve a segunda rodada e, por fim, colocou os bifes restantes em um prato e o deixou no centro da mesa. Carne muito macia, saborosa, temperada apenas com sal grosso, cozimento ao ponto, conforme pedimos. Tinha pouca gordura, mas em quantidade suficiente para dar aquele sabor bem característico da picanha. A farofa estava muito boa, bem sequinha, ajudando na absorção do líquido largado pelo bife assim que cortado, levemente salgada. O vinagrete também estava bem feito e ajudou a dar umidade ao prato. Já a mandioca, foi cozida com excesso de manteiga, o que deixou seu gosto bem enjoativo. Nada sobrou na mesa, somente a mandioca. Bom lugar para ir de turma.
Restaurante: Cia do Boi
Endereço: Rua Pium-í, 653, Sion, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 3287 9103
Web: http://www.ciadoboi.com.br/
Data: 06/03/2017, segunda-feira, jantar.
Valor total da conta: R$ 236,50; para quatro pessoas, incluído o serviço. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 7.

quarta-feira, 8 de março de 2017

BOB'S - AEROPORTO DE CONFINS

A experiência: estávamos no Aeroporto Internacional de Confins, agora rebatizado como BH Airport, e enquanto esperávamos a hora de meu companheiro embarcar, fomos matar a fome. Tínhamos meia hora. Não tivemos dúvidas em escolher a unidade do Bob's que fica no saguão do aeroporto, próximo à área do check in 1. A lanchonete tem um sistema de auto atendimento, com totens para o cliente escolher seu pedido e efetuar o pagamento, desde que com cartão de crédito/débito. Também há caixas físicos. Nestes casos, ainda prefiro o caixa físico, pois assim se mantém postos de trabalho. Uma simpática atendente nos perguntou se queríamos experimentar o combo médio do sanduíche Bob's Picanha Artesanal (R$ 36,00), que além do sanduba, vem com batatas fritas e um copo de 400 ml de refrigerante. O sanduíche está disponível nos tamanhos pequeno, médio e grande. A diferença é no número de hambúrgueres. P tem um hambúrguer, M tem dois, e G tem três. O refrigerante é em sistema self-service, com direito a um refil. Nossos pedidos foram idênticos. Pagamos e recebemos a nota fiscal na qual estava o número que apareceria em um display acima do balcão da lanchonete quando o pedido estivesse pronto. Sentamos na praça de alimentação que serve a outras lanchonetes do local. A espera foi em torno de dez minutos. Fiquei surpreso com o pão do sanduíche, pois saiu da mesmice dos pães de hambúrgueres que imperam nas grandes redes de fast food. Era um pão redondo, tipo italiano, que tinha a casca crocante e um miolo bem macio. A consistência do pão conseguiu segurar bem o recheio, que tinha ingredientes bem úmidos, daqueles traiçoeiros para lambuzar mão, roupa, cadeira e mesa. No interior, além das duas carnes, queijo, ovo, bacon, maionese, que a atendente fez questão de frisar que era da marca Hellmann's, alface e tomate. A maionese estava excessiva e mal passada. Parece que pegaram uma boa porção com uma colher e jogaram de qualquer forma por cima do tomate, ficando a maior parte em um único lugar. A carne tem sabor de picanha, com um leve defumado no paladar. Gosto muito de ovo, mas em sanduíche, ele tem que vir com a gema mole, pois do contrário, fica insosso. Creio que passam a gema demais para não ter mais um item para ajudar na lambança final. As fritas estavam sensacionais. Boa coloração, frescas, crocantes por fora e bem macias por dentro. Bebi Fanta Laranja, mas não usei o refil.
Restaurante: Bob's Aeroporto de Confins
Endereço: Rodovia MG 10, s/n, loja 589, Aeroporto de Confins, Confins, MG.
Web: Bob's
Data: 05/03/2017, domingo, noite.
Valor total da conta: R$ 72,00; valor para duas pessoas. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 6.

terça-feira, 7 de março de 2017

BACIO DI LATTE - BH SHOPPING

A experiência: saímos do cinema e demos de cara com a loja da sorveteria Bacio di Latte, que fica ao lado da entrada do Cinemark do BH Shopping. Duas filas em frente à apertada loja. Uma para tirar a ficha e outra para escolher o sorvete. Escolhi o tamanho grande (R$ 15,00), com a possibilidade de ter até três sabores no mesmo copinho. A fila do caixa era bem mais rápida do que a outra. Como a loja é apertada, não dá para ver os sabores disponíveis antes, pois não há nenhum cartaz, tela de tv ou cardápio para que os clientes já tenham uma ideia do que pedirão. Assim, as pessoas deixam para escolher em frente ao balcão. Como as descrições dos sabores estão em italiano, ainda tem que perguntar do que se trata. Para demorar mais, sempre há aquele que não sabe o que quer e fica pedindo para experimentar um pouquinho aqui, outro ali. Nas brechas que dava, já fui vendo o que tinha e decidindo meu pedido. Gosto de sorvete encorpado. Assim, os sabores que mais me chamam a atenção são aqueles elaborados com leite. Escolhi dois sabores: doce de leite e três chocolates. Segundo a balconista, os sorvetes são preparados nas próprias lojas e estão sempre frescos. Minas Gerais tem excelentes doces de leite, tanto artesanais quanto industrializados. Fiquei surpreso com a falta de graça do sorvete de doce de leite que experimentei. Quase não tinha sabor, o que se sentia era uma forte presença do leite. Leite é bom no sorvete para dar cremosidade e corpo, jamais para se sobressair no sabor. Já o de três chocolates, que não fiquei sabendo quais eram, era totalmente o oposto. Encorpado, sabor forte do chocolate, especialmente o amargo. Se comparado com o sabor do doce de leite, este era muito bom. A disparidade entre um sabor e outro foi enorme. No final das contas, um sorvete apenas mediano. Há melhores na cidade.
Restaurante: Bacio di Latte
Endereço: Rodovia BR 356, 3.049, BH Shopping, Piso Ouro Preto, loja 048, Belvedere, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 3656 1666
Web: http://www.baciodilatte.com.br/
Data: 04/03/2017, sábado, início de noite.
Valor total da conta: R$ 15,00; individual. Conta paga com dinheiro.
Minha nota: 6.

segunda-feira, 6 de março de 2017

CAMPAGNE RESTAURANTE

A experiência: BH tem uma característica muito interessante. Para qualquer saída da cidade que você vá, sempre encontrará algo gostoso de se fazer. Resolvemos almoçar fora da cidade, de preferência no meio do mato. Eu tinha lido que havia inaugurado um restaurante com os requisitos que queria na região de Macacos, que fica no distrito de São Sebastião das Águas Claras, pertencente a Nova Lima. Campagne Restaurante era nosso destino. Pegamos nossos amigos na casa deles e seguimos a estrada em direção ao Rio de Janeiro. A rodovia é bem sinalizada para a entrada de São Sebastião das Águas Claras. Segundo o Google Maps, o restaurante ficava a 24 quilômetros de minha casa. Claro que nos perdemos, pois resolvemos usar o Waze, que ficou fora do ar, já que os quatro celulares dentro do carro eram da Claro (sem serviço na região). Demoramos mais do que o esperado para chegar, pois passamos dentro de um condomínio, mas o caminho era lindo demais, com belas paisagens das infinitas montanhas de Minas Gerais. O Campagne está em um sítio bem cuidado, com jardins, árvores, vagas para estacionamento. O restaurante ocupa um salão interno com pé direito alto e bem decorado, sem arroubos. Tem cozinha aparente. Tudo de muito bom gosto. Há mesas também em uma varanda, mas preferimos ficar no salão interno, pois o sol poderia incomodar na hora de almoçar. Quem nos recebeu foi a dona do local, Gizelle Tocchetto, em parceria com seu marido e chef, Rafael Tocchetto. Ela foi muito simpática, nos conduziu para uma agradável mesa e chamou o pessoal do staff da casa para nos servir. Atendimento muito bom, preciso, sem demoras. A casa tem wi-fi que funciona muito bem. Como eu estava dirigindo, nada bebi. Fui de Fanta Laranja, lata de 350 ml (R$ 6,00). Bebi duas latas. Meu companheiro pediu um gin tônica (R$ 15,00). Meus amigos foram de vinho tinto chileno Aylin, safra 2014, feito com a casta pinot noir (R$ 98,00). Ainda foram consumidas duas garrafas de água mineral com gás (R$ 6,00 cada uma). O cardápio é bem enxuto, com pratos que fazem uma leitura contemporânea da culinária brasileira, mas também há itens da clássica culinária francesa. Apesar da indicação de que as entradas eram individuais, resolvemos compartir duas delas. Em seguida, sem muita espera, chegaram os pratos principais. Eis o que comi:
1. Terrine de campagne (R$ 27,00) - preparado com carne suína e especiarias, acompanhado de mostarda da casa, confit de cebola e picles de figo turco. Um cesto de pães da Mercado Grano acompanhou este prato. Terrine consistente, bem temperada, sem ser enjoativa na boca. Ótima para se comer sem nada. Era muito compacta para se passar no pão. A cebola confitada estava deliciosa e combinou bem com o sabor mais seco da terrine. O picles de figo turco estava com acidez muito alta, o que não gostei muito. A mostarda foi bem com a terrine e o pão, fazendo o papel de umedecer os dois.
2. Linguiça da casa (R$ 29,00) - linguiça artesanal levemente defumada, com confit de pimentões e mostarda da casa. Também foi acompanhado por um cesto de pães da Mercado Grano. Entrada sensacional. Sabor perfeito do defumado, não sendo agressivo na boca. Os pimentões estavam levemente adocicados, o que completava no paladar o sabor da linguiça. Os pães aqui serviram para comer os pimentões e seu caldo.
3. Costela de boi assada (R$ 72,00) - costela bovina assada por doze horas, acompanhada de purê de abóbora e farofa chic chic. Prato de lindo visual e ótimo aroma. O purê de abóbora estava muito bom, cremoso, sabor adocicado, e se sentia, de longe, o leite que ajudou a lhe dar a cremosidade. A carne era bem servida, mas achei que ela poderia estar mais macia, já que foi assada por 12 horas. No entanto, não estava dura. Sabor forte, com personalidade, muito bem temperada. A farofa era uma versão da farofa chic, que é incrementada com ingredientes que lhe deixam crocante e levemente salgada. Ela foi essencial para absorver o excelente molho da própria costela que veio servido no prato.
Finalizamos o gostoso almoço com um bem tirado café espresso (R$ 4,50 a xícara). Um mimo delicioso acompanhou cada café: a famosa bala delícia feita em Macacos. Cada um recebeu duas delas. Na boca, derreteram. Divino.
Restaurante: Campagne Restaurante
Endereço: Estrada Fazenda do Engenho, 1.163, Macacos, São Sebastião das Águas Claras, Nova Lima, MG.
Telefone: +55 31 3547 7273
Web: https://www.campagnerestaurante.com.br/
Data: 04/03/2017, sábado, almoço.
Valor total da conta: R$ 537,90; para quatro pessoas, incluído o serviço. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 8.

domingo, 5 de março de 2017

AMADEUS BAR E RESTAURANTE

A experiência: saímos do teatro no CCBB e resolvemos jantar. O relógio marcava pouco mais do que 21 horas. Éramos quatro e decidimos ir nas imediações do centro cultural, o que me facilitou na hora de ir embora, quase meia noite, pois moro bem perto. Fomos a pé para o Amadeus Bar e Restaurante que fica acoplado ao hotel Royal Savassi, mas com entrada totalmente independente. Estava bem cheio, mas o local é grande com mesas na varanda e no amplo salão interno. Resolvemos ficar na varanda, perto da entrada, o que garantiu um certo frescor durante a nossa estadia no local. A casa oferece um buffet bem variado de frios, sushi, pratos quentes e sobremesa, ao preço de R$ 74,90 o quilo. Para quem não gosta deste tipo de serviço, há também pratos a la carte, com destaque para as estrelas da cozinha internacional. A adega do Amadeus é famosa. Fica no subsolo e quem quer vinho, desce as escadas, passeia pelas prateleiras e escolhe a garrafa que vai tomar. Nós quatro decidimos tomar vinho e nos servir do buffet. As comandas são individuais, o que facilita na hora de pagar a conta, especialmente quando há grupos grandes, como vi alguns nas mesas do salão interno. O vinho escolhido foi o tinto espanhol Marqués de Castilla Reserva 2009 (R$ 95,58), elaborado com as castas tempranillo e cabernet sauvignon, tendo 12,5% de teor alcoólico. O vinho era leve e conseguiu ser um bom companheiro para a diversidade de iguarias que os quatro da mesa colocaram em seus respectivos pratos. O buffet fica no salão interno. É muito variado, e dá vontade de experimentar praticamente de tudo. O buffet de sushi fica à parte, mas a balança é a mesma para todos, e se o cliente quiser sashimi, a porção sai a R$ 19,90. Pulei a parte japonesa, focando nas entradas frias. O ceviche de tilápia me chamou a atenção, pois não tinha azeite, algo muito comeum nos buffets e BH. Havia dois tipos de ceviche de tilápia (aqui chamada de saint peter). Um marinado no limão e o outro na laranja. Embora tenha chamado minha atenção, também pulei esta parte. Não estava com vontade de comer peixe. Coloquei em meu prato linguiça defumada (que logo passei para o prato de meu companheiro), salada com abobrinha, queijo minas, escabeche de berinjela, pão de queijo e torradas. Na parte dos pratos quentes, me servi de paleta suína assada cortada em cubos e acompanhada por mandioca também assada. A paleta, como já esperava, estava seca. Comida bem feita, com bom tempero. O que gostei foi que, apesar de ser buffet, o restaurante não se prende ao trivial, com pratos mais elaborados à disposição do comensal. Só me servi uma única vez, com o prato pesando 476 gramas (R$ 35,65). Todos os demais na mesa foram duas vezes ao buffet. Mas eu fui o único que quis sobremesa. Os doces chamam a atenção. Comi um pouco de tiramisù e um pedaço de torrone feito com chocolate. O tiramisù me surpreendeu pela qualidade do mascarpone e pela suavidade de sua massa. Minha sobremesa pesou 92 gramas (R$ 6,89). Para acompanhar o vinho, bebi uma garrafa de 300 ml de água mineral com gás São Lourenço (R$ 4,80). Meu companheiro ainda bebeu uma água tônica light (R$ 6,00). Ao final, um café espresso (R$ 3,80), que chegou frio à mesa. Mesmo com as comandas individuais, é possível pedir ao garçom para fechar a conta, separadamente se a mesa quiser, e pagar na própria mesa.
Restaurante: Amadeus Bar e Restaurante
Endereço: Rua Alagoas, 699, Funcionários, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 3261 4292
Data: 03/03/2017, sexta-feira, jantar.
Valor total da conta: R$ 164,00; para duas pessoas, incluído o serviço. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 6,5.

sábado, 4 de março de 2017

OLEGÁRIO - VILA DA SERRA

A experiência: último dia das nossas hóspedes em BH. Decidimos comer uma pizza à noite. Pegamos o Passaporte Gastrô e escolhemos a Olegário Vila da Serra. Chegamos após 21 horas. Não foi fácil encontrar local para estacionar na avenida onde está a pizzaria, no Vale do Sereno. Ela fica no piso térreo de um hotel da bandeira Mercure, da Rede Accor. Decoração parecida com as outras duas unidades que conheci da mesma pizzaria, a Olegário Lourdes e a Olegário Pátio, com destaque para vasos com samambaias choronas e chifre de veado. Paredes revestidas de tijolinho garantem um ar rústico e moderno, já que este tipo de revestimento está em alta na decoração de interiores. Dois imponentes fornos estão localizados no fundo do salão.  O restaurante estava bem cheio, mesmo sendo uma quarta-feira. O atendimento começou meio capenga, mas foi melhorando ao longo de nossa estada no local. Antes de fazer os pedidos, nos certificamos das regras para a utilização do voucher do Passaporte Gastrô. As pizzas demoraram pouco mais de 30 minutos para chegarem à mesa. Pedimos duas pizzas grandes, cada uma com seis fatias. Como éramos quatro, cada um escolheu um sabor. As pizzas foram meio a meio. Uma delas teve os recheios carbonara (R$ 65,00) e aos três funghis (R$ 70,80), enquanto a outra foi caponata (R$ 65,00) e margherita (R$ 65,00). A pizza é de massa fina, mas não é daquelas massas quebradiças, parecendo biscoito água e sal. Sua massa tem consistência, mas desta vez, a achei sem graça no paladar. A carbonara tem molho de tomate, mussarela especial, tiras de lombo condimentado, farinha de ovos, parmesão e ervas, que não comi. A caponata veio com molho de tomate, mussarela especial, tomate, finas fatias de abobrinha, berinjela grelhada, alho torrado e queijo grana padano ralado. Também não experimentei este sabor, nem a de três funghis, que levava molho de tomate, mussarela especial, shitake, shimeji, champignon, salsinha e alho torrado. Comi apenas duas fatias do sabor que escolhi, o mais simples e um dos mais tradicionais, a margherita, que tem molho de tomate, mussarela especial, fatias de tomate, grano padano ralado, orégano e manjericão. O queijo ser ralado foi uma bola fora no meu entender, era preferível nem colocar, já que a receita clássica só leva mussarela, tomate e manjericão, ingredientes que têm a cor da bandeira italiana: branco, vermelho e verde. Durante a refeição, tomei uma garrafa de 300 ml de água mineral Caxambu (R$ 4,50). Quando vi a carta de sobremesa, tive vontade de experimentar o creme de papaya com licor de cassis (R$ 17,90), e minha amiga pediu um petit gateau (R$ 18,80). Arrependimento total. O sorvete de creme usado em ambas as sobremesas tinha muito cristal de água. Sem sabor, era como se estivesse colocando água gelada na boca. No caso do creme de papaya, ficou muito ralo. Assim que o garçom colocou a dose de licor de cassis no creme, o líquido viscoso desceu rapidamente para o fundo da taça. Péssimo.
Restaurante: Olegário Vila da Serra
Endereço: Avenida Oscar Niemeyer, 405, Vila da Serra, Nova Lima, MG.
Telefone: +55 31 3566 4122
Web: http://www.pizzariaolegario.com.br/
Data: 01/03/2017, quarta-feira, jantar.
Valor total da conta: R$ 170,84; para quatro pessoas, incluído o serviço (no total não está incluído R$ 65,00, pois utilizamos o voucher do Passaporte Gastrô). Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 5.

sexta-feira, 3 de março de 2017

MERCEARIA 130 - SERRA

A experiência: a primeira vez que fui à unidade da Serra do bar Mercearia 130 foi em março de 2016, quando ainda morava em Brasília. Passado quase um ano, já morando em BH, fui mais duas vezes a este bar, que está sempre lotado, em 04 de janeiro, quando participei das comemorações de aniversário de uma amiga, e a outra um mês depois, em 04 de fevereiro, desta vez apenas com meu companheiro. Em ambas as oportunidades, fomos à noite. Aproveitando as amigas de Brasília que nos visitavam no Carnaval, as levamos para almoçar no Mercearia 130 na terça-feira chuvosa de Carnaval. Era minha quarta vez no bar. Chegamos cedo, pois tinham nos avisado que o bar era concorrido nos almoços de domingos e feriados. Era pouco depois de meio dia e já estava completamente lotado. Uma única mesa vazia na calçada, que é levemente reclinada, o que dá uma sensação que a gente vai cair da cadeira. Sentamos ali, mas deixamos nosso nome na lista para a primeira mesa para quatro que desocupasse no salão principal. Recebemos o cardápio e pedimos as bebidas. Em seguida, fomos avisados que havia uma mesa nos esperando no salão interno, de frente para o balcão onde se vê o movimento dos cozinheiros. Neste almoço, experimentamos os seguintes pratos:
1. Steak tartare: carne bovina crua condimentada, ovo cru e batata canoa (R$ 38,00) - um dos melhores que já experimentei na minha vida. Carne suave, fresca, macia, bem temperada. O ovo de codorna fez a diferença, sendo servido em cima da carne dentro da metade de sua própria casca. Como são pratos geralmente compartilhados no bar, o tartare foi servido em três unidades pequenas, com as batatas fritas ao lado, formando um belo visual. O senão ficou por conta da batata, pois lhe faltava crocância.
2. Pastel de angu (R$ 25,00) - porção mista com dez unidades. Recheados com carne ou com queijo. Massa fininha, levemente salgada, e muito gordurosa, totalmente diferente das vezes anteriores. Para piorar, o recheio de alguns pastéis estavam frios, sinal de que não ficaram tempo suficiente na gordura para descongelar os respectivos recheios. Foi uma decepção para mim, pois tinha feito uma super propaganda desta entradinha para as minhas amigas.
3. Picolé mineiro (R$ 48,00) - são quatro pedaços enormes de torresmo de costela. Muito gorduroso, como já se supunha, mas com um sabor incrível. E para quem não gosta de gordura, há muita carne. Não é prato para se comer sozinho, pois logo fica enjoativo na boca. Ideal para compartilhar enquanto se bebe sua bebida favorita. No caso, as amigas pediram uma Backer Pilsen (R$ 16,50), e uma caipivodca de morango com maracujá (R$ 18,90). Meu companheiro foi somente de limonada suíça (R$ 4,90) e eu de Coca Cola Zero (R$ 4,50 a lata de 350 ml).
4. Guarnição de mandioca amarela (R$ 10,00) - bem servida, é cozida na manteiga de garrafa. Derrete na boca de tão macia. Sabor marcante, sem ser enjoativo. Para comer muitas e muitas vezes. Foi também o acompanhamento escolhido por meu companheiro para seu bife ancho (R$ 32,00), que é bem servido e foi muito elogiado por ele.
Restaurante: Mercearia 130
Endereço: Rua Ivaí, 130, Serra, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 3658 3395
Web: https://www.facebook.com/Mercearia130/
Data: 28/02/2017, terça-feira, almoço.
Valor total da conta: R$ 238,20; para quatro pessoas, incluído o serviço. As amigas não nos deixaram pagar a conta.
Minha nota: 6. Nota diferente das que dei quando lá estive. Para ler, clique aqui.

quinta-feira, 2 de março de 2017

PATORROCO

A experiência: era noite de segunda-feira, Carnaval bombando em BH, mas nossas hóspedes não queriam saber de folia. Passamos todo o dia dentro de casa. Tinha que sair. Chamamos as duas para ir a um bar distante dos circuitos carnavalescos da cidade. Escolhemos Patorroco, boteco que conhecemos em janeiro e gostamos muito dos seus petiscos. Tive que dar voltas para evitar o trânsito travado e as ruas interditadas. Chegamos por volta de 19:30 horas. Estava bem movimentado, com todas as mesas da calçada e da varanda ocupadas. Ficamos no salão principal, bem perto da porta, na única mesa disponível. O atendimento foi como da primeira vez, ou seja, muito bom, com garçons bem atenciosos e até brincalhões, mas sem forçar amizade. Os pedidos não tardaram a chegar em nossa mesa. Como já conhecíamos, falamos para as amigas que seria melhor fazer uma noite de petiscos, especialmente aqueles de criação do bar para os diversos festivais e certames de comida de boteco de BH. A noite estava quente e como não bebo cerveja, escolhi uma limonada suíça para me hidratar (R$ 6,00). Estava tão boa que meu companheiro e uma das amigas me seguiram, pedindo um copo cada um. Também beberam uma garrafa de 500 ml de H2O limão (R$ 5,50). A outra amiga foi de cerveja, começando com uma garrafa de Original (R$ 10,20), um chopp de 300 ml  (R$ 7,20) e depois, acatando a sugestão do garçom, pediu uma Capitão Senra, da Backer (R$ 19,00). Para comer, petiscos. Não nos contentamos com apenas um. Foram quatro durante a noite:
01) Koninguiça (R$ 31,90) - ragu de linguiça calabresa com mandioca e creme de gorgonzola. O petisco já chama a atenção quando chega à mesa, pois os 14 cones são servidos em uma "paleta de cores de pintor", com o recheio dentro de um cone crocante. A massa é semelhante à dos canudos de doce de leite. Ou seja, crocante e quebradiça, e segura bem o recheio de ragu de linguiça com mandioca. Por cima, um leve creme de gorgonzola. Para quem quer mais creme, um pote ao centro da bandeja lhe permite isso. Delicioso.
02) Tutu Bola - meia porção (R$ 17,60) - são cinco unidades de bolinho de tutu recheado com filé suíno e couve, coberto com crocância de torresmo, acompanhado de molho picante. Simplesmente delicioso. O torresmo em forma de farofa deu um toque especial ao quitute. Para ficar melhor, um pedaço de bacon no recheio seria top, como disse uma das minhas amigas. O melhor da noite.
03) Acarajé Mineiro - 4 unidades (R$ 21,50) - como sabíamos que o acarajé era grande, resolvemos pedir apenas um para cada da mesa. Aqui a ousadia de reconstruir um prato clássico da culinária baiana falou alto e deu certo. O mesmo bolinho de feijão usado para o acarajé baiano tem em seu recheio creme de milho com queijo substituindo o vatapá, mamão verde refogado no lugar do vinagrete e a linguiça desconstruída substitui o camarão. Recheios que se somaram e resultaram em um ótimo sabor. Ousadia, reverência, originalidade e maestria juntos no mesmo petisco.
04) Bolinho de moranga com carne seca (R$ 29,00) - o garçom entendeu nosso pedido errado. Era para ser pastel de angu recheado de abóbora e carne seca. Quando chegaram os bolinhos à mesa, achamos estranho. Ele notou e perguntou se passava algo. Assim que falamos nosso pedido, ele se desculpou e levou os bolinhos de volta para a cozinha, mas veio com a notícia que só havia o pastel de angu recheado com espinafre. Todos sabem que odeio espinafre. Os bolinhos voltaram para nossa mesa. Estavam bem temperados e gostosos, mas foi o prato menos apreciado da noite.
Restaurante: Patorroco
Endereço: Rua Turquesa, 875, Prado, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 3372 6293
Web: https://www.facebook.com/BarPatorroco/
Data: 27/02/2017, segunda-feira, noite.
Valor total da conta: R$ 180,29; para quatro pessoas, incluído o serviço. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 8.

quarta-feira, 1 de março de 2017

DOCES DE PORTUGAL - FUNCIONÁRIOS

A experiência: segunda-feira de Carnaval. Dia nublado. Depois de muita preguiça, saímos para almoçar perto de casa, no restaurante Santa Fé. Ainda no restaurante, decidimos comer a sobremesa na loja Doces de Portugal, que fica muito próxima de onde estávamos. Muita gente teve a mesma ideia, pois a pequena loja estava cheia. O sistema de atendimento é direto no balcão, onde uma grande vitrine aguça nosso apetite. Os doces e salgados têm linda aparência e já conquistam pelo visual, especialmente os quitutes portugueses, aqueles que levam gema de ovo até na alma! O quindim chamava a minha atenção, mas acabei pedindo uma encharcada (R$ 7,50), doce tradicional da região do Alentejo, em Portugal. Consiste de gema, clara, açúcar e água. É tão doce que a porção fica parecendo exagerada. Acompanhei com um providencial café espresso muito bem tirado. O atendimento é muito bom, com simpáticas balconistas que estão sempre sorridentes para explicar o que contém cada docinho português. No dia seguinte, repeti a dose com mais duas amigas, quando comi um travesseiro de sintra (R$ 7,50), doce feito com massa de amêndoas, sem farinha de trigo, e gema de ovos, novamente acompanhado por uma xícara de café espresso. Gostei mais do que a encharcada. Para se voltar várias vezes e há outras unidades espalhadas pela região Centro-Sul de BH.
Restaurante: Doces de Portugal
Endereço: Rua Santa Rita Durão, 949, Funcionários, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 3261 5772
Web: http://docesdeportugal.com.br/
Data: 27/02/2017, segunda-feira, pós almoço.
Valor total da conta: R$ 61,50; para seis pessoas. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 8.