quinta-feira, 28 de setembro de 2017

EL PUNTO GRINGO

Restaurante: El Punto Gringo
Endereço: Avenida Vieira de Carvalho, 179, República, São Paulo, SP, Brasil.
Fone: +55 11 3222 8674
Web: http://elpuntogringo.com/
Data: 15/06/2017, quinta-feira, lanche noturno.
Chef: a brasileira Ana Soares (consultoria).
Especialidade: gastronomia argentina, com foco em pratos rápidos.
Decoração: iluminação baixa, paredes escuras com muitos objetos que remetem aos argentinos, como brasões das províncias de nossos vizinhos. O clima é de um bar portenho, dando a impressão de que a qualquer momento um casal vai dançar tango no corredor. Há dois salões. No primeiro um balcão domina a paisagem, onde clientes compram empanadas e choripáns para comer nas agitadas calçadas da região. O segundo salão, ao fundo, ficam as pessoas que querem a tranquilidade de uma refeição bebendo seus drinques favoritos, muitos deles feitos com bebidas de forte apelo popular na Argentina, como Cynar e Fernet.
Serviço: Éramos três pessoas, sem reserva. Quando chegamos, nos apresentamos na entrada do segundo salão e fomos conduzidos até uma mesa para quatro pessoas, ao lado de uma pilastra, sendo dois assentos no grande sofá que percorre toda a parede da direita de quem entra. Garçom simpático, sabendo explicar todos os pratos do cardápio, que está impresso em folhas de jogo americano e também estampado na parede em uma enorme lousa. Os pratos chegaram rápido à mesa. O vasilhame utilizado lembra o utilizado em botecos e bares de beira de estrada, como copos do estilo americano e pratos esmaltados de cores diversas.
Bebida: Coca Cola Light, lata de 350 ml (R$ 6,50) para acompanhar a comida. Bebi uma lata e meia.
Entrada: aceitamos a sugestão do garçom e compartilhamos uma entrada: 1. chori do gringo (R$ 14,00), ou seja, o tradicional sanduíche argentino, o choripán, com toques da casa. Como era para dividir, o sanduíche já foi servido aberto e fatiado em pedaços. Por cima do pão, uma mini baguete, linguiça também cortada pela metade em corte longitudinal e fatiada, com um pouco de molho chimichurrri para deixá-lo úmido. Ao lado do sanduíche estava um copinho americano de shot de cachaça com mais molho. Tudo isso disposto em um prato esmaltado na cor verde. O pão estava levemente tostado na chapa, o que o deixou mais saboroso. A linguiça era bem temperada e já possuía umidade suficiente, motivo pelo qual o molho por cima dela estava em pouca quantidade. Estava tão bom, que os pedaços sumiram do prato.
Prato principal: lomito de la casa (R$ 24,00) - outro sanduíche tradicional da Argentina, feito com pão francês, filé bovino, alface e tomate. Também servido em um prato esmaltado de cor escura, veio partido em dois pedaços. O pão era feio, seco, sem tostar como ocorreu com o choripán. O filé estava bem fino, macio, mas era seco. Faltou molho.
Valor total da conta: R$ 156,24, para três pessoas, incluída a gorjeta de 12%. Pagamento em cartão de crédito.
Minha nota: 6,5.

SALUMERIA CENTRAL

Restaurante: Salumeria Central
Endereço: Rua Sapucaí, 527, Floresta, Belo Horizonte, MG, Brasil.
Fone: +55 31 2552 0154
Web: https://www.facebook.com/salumeriacentral/
Data: 21/05/2017, domingo, almoço.
Chef: o italiano Massimo Battaglini.
Especialidade: gastronomia italiana, com foco nos embutidos e na carne de porco.
Decoração: móveis antigos, decoração rústica, iluminação baixa.
Serviço: Éramos seis pessoas, sem reserva. Quando chegamos, o salão principal estava quase cheio e ainda não tinham ordens para abrir o segundo salão, que ocupa a loja ao lado. Os garçons se esforçaram para juntar duas mesas, onde fomos acomodados, mais ao fundo do salão, perto do balcão. O serviço foi bom, com as bebidas e pratos chegando à mesa em tempo razoável.
Bebida: Schweppes Citrus Light, lata de 350 ml (R$ 6,00) para acompanhar a comida e uma xícara de café espresso Nespresso (R$ 6,00) ao final.
Entrada: compartilhamos duas entradas: 1. bolinhas de maçã de peito cremosas com molho barbecue picante (R$ 28,00) - vieram oito unidades dentro de uma tigela inox protegida com papel de embrulho rosa no fundo, que teve a função de chupar o excesso de gordura das bolinhas. Estavam bem fritas, com crosta crocante. A carne era fibrosa, bem macia, com sal um pouco acima do ponto, sem, no entanto, prejudicar a degustação. Ao ler cremosa, pensei em uma carne bem suculenta, mas ao levar à boca, não era tão cremosa como achava. O molho barbucue estava mais doce do que picante. A porção foi pequena para seis pessoas. 2. linguiça de pernil artesanal com farofa crocante de cebola e chimichurri (R$ 36,00) - A linguiça foi servida inteira, enrolada sobre seu próprio corpo, disposta em um prato de porcelana branco com linhas em círculos vermelhos, o que, de certa forma, dialogou com a forma da apresentação da iguaria. Dois ramequins brancos pequenos, um com a farofa e outro com o molho, completaram a decoração do prato. A especialidade de uma salumeria são os embutidos, especialmente os feitos com a carne de porco. Esta linguiça não decepcionou. Com tempero na medida, recheio de pernil bem cozido, estava divina. Ideal para comer com um pedaço de pão, o que faltou para ser melhor ainda. O molho de chimichurri tirou a secura do prato e foi um ótimo acompanhante para os pequenos pedaços em que fatiamos a linguiça. Já a farofa, foi decepcionante, pois era muito seca, faltando um pouco mais de manteiga para deixá-la mais úmida. Uma porção também é pequena para dividir com seis pessoas.
Prato principal: barriga de porco acompanhada por farofa e maionese caseira (R$ 32,00 - meia porção) - não quis arriscar. Depois da ótima linguiça, resolvi escolher uma das sugestões para o almoço daquele domingo, tendo a carne de porco como carro chefe. Alguns pratos sugeridos tinham a possibilidade de pedir meia porção, o que fiz. Em um prato retangular de porcelana branca, vieram quatro pedaços de barriga de porco assadas, acompanhadas de tomatinhos cereja confitados e três pétalas de cebola cozidas, além de um ramo de alecrim. A meia porção é bem pequena se o comensal for um glutão e gostar de comer abundantemente. A carne estava bem cozida, com tempero suave, deixando o sabor da gordura da barriga suína ficar em evidência. Faltou crocância à capa da barriga. Tomatinhos e cebola deixaram o prato mais doce. Não experimentei nem a farofa, nem a maionese caseira, que vieram servidas à parte, deixando que os demais da mesa dessem cabo deles.
Sobremesa: o cardápio trazia somente três opções de sobremesa, as italianíssimas tiramisù e semifredo, e uma tábua de doces mineiros. Ninguém se aventurou nestas paragens neste almoço.
Valor total da conta: R$ 708,95, para seis pessoas, incluída a gorjeta de 10%. Pagamento em cartão de crédito.
Minha nota: 6,5.

domingo, 10 de setembro de 2017

LA PERUANA CEVICHERÍA

Restaurante: La Peruana Cevichería
Endereço: Alameda Campinas, 1.357, Jardins, São Paulo, SP, Brasil.
Fone: +55 11 3885 0148
Webhttp://laperuana.com.br
Data: 15/06/2017, quinta-feira, almoço.
Chef: a peruana Marisabel Woodman.
Decoração: chamou a atenção por ter muitos elementos do artesanato peruano. É carregado, mas não incomoda. A parte em que ficamos, mais ao fundo do salão, tem menos iluminação.
Serviço: chegamos sem reserva e o restaurante estava lotado. Era feriado, com dia lindo. Colocamos nosso nome na lista, pedindo uma mesa para duas pessoas. A espera foi no bar El Balcón de La Peruana, que fica duas casas acima do restaurante. Ali se pode esperar pedindo drinques e petiscos, que são lançados diretamente na conta do La Peruana. Pedimos dois drinques, pois o tempo estimado de espera seria de meia hora, segundo o atendente nos informou. No entanto, com quinze minutos, já estávamos sendo levados para nossa mesa. Assim que nos sentamos, já nos entregaram os cardápios, um para cada um de nós. Sanamos as dúvidas com o garçom, que mostrou conhecer bem os itens do menu. Pedimos entrada, prato principal, sobremesa e café. Todos chegaram à mesa em tempo razoável, sem demoras.
Bebida: coquetel El Dragón (R$ 29,00) - pisco, hortelã, limão siciliano e suco de cramberry. A cor vermelha domina o drinque, que foi servido em uma taça com muito gelo. Refrescante, com pisco na medida em que gosto. Também bebi uma garrafa de água com gás de 330 ml da marca Prata (R$ 6,00).
Entradacompartilhamos duas entradas: 1. anticuchos de coração bovino (R$ 20,00) - dois espetos de coração marinados na cerveja, hortelã e panka peruana, assados na brasa. Foram servidos em uma linda travessa de porcelana em formato ovalado, acompanhados por dois pedaços de batata assada e ají carretillero. O coração estava bem macio, com excelente tempero. Minha memória gastronômica me levou à Lima. Muito bom. 2. mix de causitas (R$ 26,00). Desde que vimos o cardápio, sabíamos que comeríamos causas, feitas com batata amassada e fria, temperadas com limão e ají amarillo. Pedimos o mix para experimentar, em versões menores, as três opções que a casa oferece, ou seja polvo, galinha e camarão. Também servidas em uma travessa de porcelana, tinham lindo visual. Cada causa foi apresentada com uma cor. Todas bem temperadas. Preferi a de galinha, a mais tradicional de todas na culinária peruana.
Prato principaltacu tacu anticuchero (R$ 32,00) - mais um tradicional prato da gastronomia peruana. Servido em um prato de cerâmica redondo, foi servido um tacu tacu de feijão preto e arroz, filé mignon grelhado na marinada anticuchera, banana da terra, ovo frito e salsa criolla. Aqui o visual não empolgou muito, mas o sabor tirou esta impressão na primeira garfada. O tacu tacu estava em formato de um quibe com o ovo frito por cima. Era o melhor do prato. Dava para sentir o sabor levemente adocicado da mistura feijão com arroz. Estava levemente selado por baixo, o que lhe garantiu uma deliciosa casquinha crocante. A carne veio servida cortada em pequenos pedaços, muito macia, com sabor levemente ácido, efeito da marinada com que foi grelhada. A banana da terra deu mais um toque adocicado no prato, mas não dominou no paladar porque a salsa criolla, em consistência de uma maionese, amenizou a sua doçura.
Sobremesa: já estávamos satisfeitos, mas não resistimos, pedindo picarones (R$ 19,00) para dividir. Esse doce peruana é feito com batata doce, farinha de trigo, abóbora e anis, servido com uma calda de mel e laranja. É difícil fazer, pois são fritos e tem que estar bem cozidos por dentro, macios, com a casca seca e dourada. O risco de servir cru ou murchar antes de ser servido é grande. No caso, vieram dois picarones de coloração linda e muito macios por dentro. Achei a calda muito doce. Ao final, uma providencial xícara de café espresso (R$ 5,00), que veio acompanhada por um brigadeiro de coco. Um toque brasileiro em meio às delícias da culinária peruana.
Valor total da conta: R$ 238,70, para duas pessoas, incluída a gorjeta de 10%. Pagamento em cartão de crédito.
Minha nota: 8,5.

5ª REUNIÃO - CONFRARIA BEAGÁ

Chegou setembro e com ele a quinta reunião da Confraria Beagá, realizada na noite de sábado, 02 de setembro de 2017, no apartamento de Leo e Gastón. Pela segunda vez seguida, estava completa, com os confrades: Leo, Emi, Rogério, Marcelo, Sônia e Luís Fernando. Eis os vinhos da noite, cujo tema foi "África do Sul":

Vinho 1Lesca De Wetshof

Safra 2015, com 13,5% de gradação alcoólica, elaborado com 100% de uvas chardonnay pela vinícola De Wetshof Estate, na região de Robertson, África do Sul. Na taça, mostrou-se com coloração palha, enquanto que no nariz, os confrades sentiram notas de pêssego, damasco e abacaxi. Na boca, é adocicado, suave, bem leve, com toques de abacaxi. É importado para o Brasil pela Mistral, custando R$ 151,15. O vinho maturou por três meses em barricas de carvalho francês, quando teve contato com as borras. Tem potencial de guarda de até cinco anos. Harmoniza bem com peixes, frutos do mar e queijos de massa mole.

Vinho 2Paul Sauer Kanonkop

Safra 2010, com 14,5% de gradação alcoólica. Seu corte é 65% cabernet sauvignon, 20% cabernet franc e 15% merlot. Produzido pela vinícola Kanonkop na região de Stellenbosch, África do Sul. Ficou decantando por cerca de 50 minutos antes de ser servido. Na taça, revelou cor rubi, rubi. No nariz, os confrades sentiram compota de frutas escuras, especiarias, aroma adocicado, pimenta. Na boca, revelou-se macio, com corpo médio, acidez presente, com boa salivação, aveludado. Estagiou por 26 meses em barricas de carvalho francês da região de Nevers, todas com 225 litros, com média tosta. É importado para o Brasil pela Mistral, custando R$ 363,24. Seu potencial de guarda é de cinco a dez anos. Harmoniza com carnes de caça. Foi o campeão da noite, sendo o preferido por Leo, Rogério, Marcelo, Sônia e Luís Fernando.

Vinho 3Lyngrove Latitude Platinum

Safra 2012, com 14,5% de álcool, elaborado com 40% de cabernet sauvignon, 35% de pinotage e 25% de syrah, por Lyngrove Wines, na região de Stellenbosch, África do Sul. Foi servido após 80 minutos de decantação. Cor rubi, com leve reflexo granada. No nariz, sentimos frutas vermelhas, especiarias, caixa de madeira. Na boca, ácido, com muita salivação, permanece por longo tempo no paladar. É importado para o Brasil por RJU, custando R$ 358,00 na Casa do Porto. Potencial de guarda para 15 anos. O preferido da noite por Emi.

Terminada a degustação, teve início o jantar, composto de quatro etapas. Durante a refeição, tomamos o vinho sulafricano The Chocolate Block, produzido pela vinícola Boekenhoutskloof na região de Franschhoek, safra 2012, elaborado com 44% syrah, 24% grenache, 14% cabernet sauvignon, 14% cinsault e 4% viognier, tendo 14,5% de álcool. Custou R$ 285,43 na Mistral.

Eis nosso jantar, preparado pelo argentino Chef Gastón Almada:
Amuse bouche: cogumelo portobelo recheado com requeijão, cebola e parmesão.
Entrada: ceviche de camarão e manga.
Principal: frango na cerveja preta, quiabo grelhado e canjiquinha cremosa.
Sobremesa: pera cozida em vinho branco sobre calda de baunilha e casca de laranja.


terça-feira, 5 de setembro de 2017

CHALET GRÉGOIRE

A experiência: nosso último dia de férias em Paris foi um sábado, dia 13 de maio. O dia amanheceu lindo e assim permaneceu até o final da tarde, quando fomos para o aeroporto. Deixamos o sábado para fazer as últimas comprinhas. Quando a fome bateu, escolhemos um restaurante perto de onde estávamos, não muito longe de nosso hotel. Olhamos vários menus do lado de fora dos pequenos restaurantes nas imediações do Quartier Latin, para enfim decidir sentar no Chalet Grégoire, que apresentava uma "formule" a € 21,90, com entrada, prato principal e sobremesa ou queijo. Havia apenas um casal dentro do pequeno salão do restaurante, que tem decoração pesada, parecendo uma cabana destas de filmes de faroeste. Os dois garçons que nos serviram eram distantes, sem muita interação com os clientes. Serviço rápido. Para escolher os pratos da formule há um menu com sete opções de entradas, oito de pratos principais e seis de sobremesa. Para beber, apenas Coca Cola Zero, garrafa de 330 ml (€ 3,40). Minha refeição foi a seguinte:
Entrada: croustillant de chavignol poires fondantes et son miel - uma espécie de rolinho de primavera de bom tamanho, com casca esfarelante e crocante, recheada com queijo de cabra e peras quentes, ambos da região de Chavignol, temperadas com um pouco de mel. As diferentes texturas e sabores fizeram desta entrada meu prato favorito do almoço. Doçura, adstringência, crocância, suavidade e salgado, tudo junto e misturado.
Prato principal: côte de veau et sa sauce aux champignon - uma macia carne de vitelo grelhada, acompanhada por batatas assadas, levemente passadas na frigideira. Em separado, um molho de cogumelos. A carne estava no ponto que gosto, mas em sabor não me deu aquele clique. Apenas digno.
Sobremesa: poires pochées au vin rouge et son sorbet cassis - prato com apresentação muito feia, daquelas que não dá muita vontade de comer. Uma pera com casca levemente rosada por causa do vinho em que foi cozida, em corte horrível, flutuando em uma calda de vinho e acompanhada por um sorvete de cassis, que estava muito ácido. Não houve uma boa harmonização dos ingredientes do prato. Deixei a maior parte no prato.
Restaurante: Chalet Grégoire
Endereço: 4 Rue Grégoire de Tours, Paris, França.
Fone: +33 1 43 29 08 94
Data: 13/05/2017, sábado, almoço.
Valor total da conta: € 53,60, para duas pessoas, incluída a gorjeta. Pagamento em dinheiro.
Minha nota: 5.

sábado, 2 de setembro de 2017

LE PETIT CLUNY

A experiência: na noite de 12 de maio de 2017, uma sexta-feira, resolvemos comer algo rápido, pois as pernas não queriam obedecer ao cérebro. Fomos perto do hotel, uns trezentos metros de distância. Escolhemos um restaurante em região de trânsito de muitos turistas, com cardápio recheado de clássicos da culinária francesa, o Le Petit Cluny, que tem entrada tanto pelo Boulevard Saint-Michel, quanto pela Rue de la Harpe. Sua decoração é pesada, sufocante, antiga, com a cor vermelha predominando nas paredes e sofás. Há muitos ambientes e nichos, o que garante uma certa privacidade, já que em Paris a maioria destes restaurantes para turistas tem as mesas bem coladas umas nas outras. O serviço é distante, mas eficiente. Eu não estava com muita fome. Assim, preferi comer apenas uma omelete recheada com cogumelos (€ 7,90), enquanto meu companheiro foi de um clássico: entrecôte au poivre vert (€ 18,90). Para beber, pedi um suco de laranja, garrafa de 250 ml (€ 4,50).  A omelete veio acompanhada por uma mini salada de folhas verdes, um único pedaço de tomate e o tradicional molho francês, que acompanha toda salada. O molho estava gostoso, ácido na medida correta. Por outro lado, a omelete era seca, fina demais, com quase nada de recheio. Prefiro as omeletes gordas, cremosas por dentro. Raramente coloco sal na comida, mas nesta noite tive que fazê-lo, pois esta omelete era insossa demais. Nem terminei de comer. Com receio de ficar com fome, pedi uma sobremesa. Outro clássico da gastronomia francesa: tarte tatin avec glace (€ 7,90). Bem servida, quente, com muita maçã, mas sem muito sabor. De qualquer forma, era bem melhor do que a omelete. O sorvete de creme que veio ao lado era industrializado, destes que se compra em potes no supermercado, com o gosto do leite se sobressaindo. Totalmente dispensável.
Restaurante: Le Petit Cluny
Endereço: 19 Boulevard Saint-Michel, Paris, França.
Fone: +33 1 43 29 98 51
Web: http://www.lepetitcluny.fr/
Data: 12/05/2017, sexta-feira, jantar.
Valor total da conta: € 52,50, para duas pessoas, incluída a gorjeta. Pagamento em dinheiro.
Minha nota: 4.

LE FRANK

A experiência: há um restaurante dentro da Fondation Louis Vuitton que está indicado como boa mesa no Guide Michelin Paris 2017, cujo chef é o estrelado Jean-Louis Nomicos. Depois de percorrer uma ótima exposição de artistas africanos contemporâneos, era hora de uma pausa para almoço. Decidimos comer ali mesmo, já que a ideia era conhecer o Jardin D'Acclimatation, que fica em frente, tendo o museu uma de suas saídas para dentro deste belo, tranquilo e conservado parque. Já era perto de 15 horas, portanto não havia ninguém na fila de espera. O restaurante integra o projeto de todo o edifício da fundação, sendo seu arquiteto Frank Gehry, e seu nome o homenageia: Le Frank. O que chama a atenção na decoração é um gigantesco móbile de peixes brancos que pende do teto. O serviço deixa a desejar. Os garçons tinham cara de cansados. O menu para o almoço é bem enxuto, consistindo de apenas uma folha. São duas "formule", cinco opções de entradas, seis de prato principal e cinco de sobremesa. Escolhi a formule cascade ( 38). Chegou rapidamente à mesa, com bela apresentação, tudo disposto em uma tábua de madeira circular. Eram quatro pratos pequenos:
ceviche de dourado e quinoa - é uma versão do ceviche, sem o abundante leche de tigre, que, no caso, foi totalmente absorvido pelo mix de quinoa que servia de leito para os pedaços de peixe, que estavam macios e bem temperados. A textura do peixe contrastou de forma harmônica com a da quinoa. Gostei do prato.
tempura de camarões - quatro camarões médios empanados em panko. Crosta dourada e crocante, mas faltou algo que levantasse o sabor. Veio um molho chamado de sauce citronelle, mas como tenho alergia à citronela, não ousei experimentar.
caldo de frango (soupe d'étrilles) - servida em uma caneca de cerâmica sem asa para segurar. Estava bem rala, aguada, e morna, mas com um forte sabor de coentro. Não sou fã desta erva dominante no paladar.
salmão marinado em ervas - nada mais do que um tiradito revisado. Peixe fresco e cremoso, muito gostoso.
Para beber, fui de Coca Cola Zero, lata de 330 ml ( 7). Ao final, pedi uma xícara de café espresso ( 4), que demorou a chegar. Veio acompanhado por um financier muito gostoso. Para pagar a conta com cartão, todos os clientes têm que se dirigir ao caixa, que era muito lento.
Restaurante: Le Frank
Endereço: 8 Avenue Mahatma-Gandhi (Fondation Louis Vuitton), Paris, França.
Fone: +33 1 58 44 25 70
Web: http://restaurantlefrank.fr/
Data: 12/05/2017, sexta-feira, almoço.
Valor total da conta: € 91, para duas pessoas, com o pagamento em cartão de crédito.
Minha nota: 7.