segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

MANGO’S - LARCOMAR - LIMA, PERU



A experiência: última noite em Lima. Depois do término dos trabalhos, fomos ver o por do sol no malecón de Miraflores e de lá seguimos caminhando até o shopping Larcomar, com vista para o Oceano Pacífico. Cada um fez pequenas compras, encontrando novamente no Mango’s para comer algo. Era por volta de 19:30 horas. Não havia mesa disponível, com fila de espera. A recepcionista ofereceu o bar, onde ainda havia lugar. Aceitamos. Ficamos o tempo todo no balcão do bar, onde bebemos e comemos. Eu pedi um macerado sour de coca (S/. 26,00), uma variação do pisco sour feito com folhas maceradas de coca. Não notei grande diferença no sabor para o drinque clássico. Estava refrescante e potente, por causa da gradação alcoólica do pisco. Para comer, fui de ceviche nikkei (S/. 46,00). O prato veio rápido, como todos os demais pedidos. Tinha visual bonito, chamando a atenção os pedaços de papel de arroz (parecia mandiopã tanto na aparência quanto no sabir) por cima de tudo que deram a crocância ao ceviche. Trata-se de um ceviche de atum, manga, molho nikkei, talos de cebolinha e brotos de feijão. Sabor excelente, com contraste entre ácido e doce. Terminei com uma sobremesa feita com lúcuma: esfera de lúcuma (S/. 29,00). Na verdade era meia esfera de chocolate ao leite recheada com uma saborosa mousse de lúcuma. No prato ainda havia pedaços de suspiro e gotas de ganache de chocolate. Delícia demais.
Restaurante: Mango’s
Endereço: Malecón de la Reserva, 610, Larcomar, Miraflores, Lima, Peru.
Data: 13/12/2018, quinta-feira, jantar.
ValorS/. 120,00.
Minha nota: 8.

domingo, 30 de dezembro de 2018

GOL MARINO - LIMA, PERU



A experiência: no intervalo para almoço, fomos ao restaurante Gol Marino. Caminhada de dez minutos. Especializado na culinária peruana que utiliza peixes e frutos do mar. Atendimento correto, sem firulas. Cardápio com opções de ceviches, pescados e arroz. Gosto muito de arroz chaufa. Havia duas variedades: com mariscos ou com camarões. Escolhi o arroz chaufa de mariscos (S/. 38,50). Enquanto esperávamos, petiscamos os chips de batata doce e o milho torrado que a casa oferece como cortesia. O meu prato chegou rápido à mesa. Era bem servido. Apresentação sofrível. Quanto ao sabor, estava mais gorduroso do que o normal, o que prejudicou o sabor dos mariscos. Estes, estavam frescos e no ponto correto, bem macios. 
Restaurante: Gol Marino
Endereço: Avenida Guillermo Prescott, 396, San Isidro, Lima, Peru.
Data: 12/12/2018, quarta-feira, almoço.
Valor que paguei: S/. 48,00.
Minha nota: 6.

sábado, 29 de dezembro de 2018

BRASUCA - LIMA, PERU



A experiência: foi inusitado o nosso almoço no último dia do evento, pois os peruanos nos levaram para comer em um restaurante brasileiro, o Brasuca, que fica em Jesús Maria. Era bem perto de onde foi a última parte do evento. O dono do restaurante nos recebeu. É mineiro, de uma cidade perto de Ouro Preto, MG, mas mora há 35 anos em Lima. O restaurante é simples, com foco na culinária peruana clássica, embora também haja opções das culinárias brasileira e italiana, dependendo do dia. Na quinta-feira que fomos, as opções eram de pratos das cozinhas peruana e italiana. O “menú casero” custava S/. 17,30, incuindo entrada, principal, sobremesa e o suco do dia. Eram 4 opções de entrada, das quais escolhi uma causa  rellena de pollo. Tinha um tamanho maior do que estou acostumado a comer, mais massuda, mas com bastante sabor. O recheio de frango era muito gostoso. O toque brasileiro foi servir a causa com cenoura e vagem picados enfeitando a sua parte superior. Das 11 opções de principal, pedi um ají de gallina, prato super clássico da culinária peruana. Prato bem servido. O ají estava espesso, parecendo que foi engrossado com farinha de trigo. Só havia um tipo de sobremesa, o flan de vanilla, servido em um copinho bem pequeno. Não estava consistente, era bem líquido, sem sabor. Não pedi o suco de maçã, que era muito fraquinho, bem aguado. Bebi uma Coca Cola Zero (S/. 5).
Restaurante: Brasuca
Endereço: General Cordova, 855, Jesús Maria, Lima, Peru.
Data: 13/12/2018, quinta-feira, almoço.
Valor que paguei: S/. 22,30.
Minha nota: 5.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

MALABAR - LIMA, PERU



A experiência: terceira noite em Lima, Peru. Reserva confirmada para 10 pessoas no Malabar, outro restaurante peruano na lista dos 50 melhores da América Latina. Ele ficava a uns 100 metros de distância do hotel. Reserva para 20 horas. Não chegamos todos juntos. Fui no primeiro grupo. Esperamos os demais sentados em confortável ambiente, próximo ao elegante bar. A decoração faz uma mistura de elementos clássicos de bares antigos com motivos amazônicos, já que o foco da casa são os ingredientes provenientes da Amazônia. Três do grupo desistiram de ir. Quando os sete estavam, fomos acomodados em mesa ao fundo do salão comedor. Não quis beber naquela noite, ficando apenas na Coca Cola Light (S/. 9). Para começar, compartilhei com mais três pessoas um ceviche caliente de mariscos (S/. 50) e meia tabla de paiche (S/. 45). O ceviche era quente, o que já nos tira da zona de conforto. Mas o leche de tigre também tinha alterações, pois era a base de rocoto. Para dar crocância ao prato, acompanhou chips de batata doce laranja. Estava tão bom que pedimos para trazer mais um. A tábua de paiche, um peixe de rio doce da região amazônica, também era bem diferente. O peixe foi apresentado em 4 versões: presunto, linguiça, creme e pele crocante. Tirando a pele, que deixava um gosto ruim na boca, as demais variações estavam muito boas. Em seguida, chegou meu prato de fundo, pancheta al horno (S/. 60). Barriga de porco assada em fogo lento, bem macia, desmanchando ao toque do garfo, muito bem temperada. Os acompanhamentos eram tão bons quanto o principal. Arroz de chouriço (morcilla), sabor potente, levemente untuoso, e banana assada com crosta de amendoim. Comida de autor com inspiração na culinária indígena. Delicioso. 
Restaurante: Malabar
Endereço: Avenida Camino Real, 101, San Isidro, Lima, Peru.
Data: 12/12/2018, quarta-feira, jantar.
Valor que paguei em relação ao total da conta: S/. 120.
Minha nota: 8,5.

CHERRY - LIMA, PERU



A experiência: os dois primeiros dias do evento que participava em Lima, Peru, tinham o almoço bancado pelos organizadores. Em ambas as oportunidades, fomos levados ao mesmo restaurante, o Cherry, que ficava perto de onde acontecia nossas reuniões. Fomos caminhando. É um restaurante/confeitaria muito frequentado por quem trabalha na região, oferecendo pratos rápidos, com foco na culinária peruana. Para nosso grupo, montaram um menu de três etapas, incluindo a bebida. No primeiro dia, tomei chicha morada, suco de milho roxo com limão, muito comum no Peru. Estava muito doce. Para comer, escolhi começar com uma salada tropical de abacate, que veio montada em um círculo. Era bem refrescante. Só não faxia muito sentido as rodelas de palmito que colocaram por cima. Em seguida, um filé de peixe branco a dorê, que tinha bom tempero, mas estava encharcado de gordura. Acompanhou arroz branco e um guisado de lentilhas, o melhor do prato. Neste dia não quis sobremesa. No segundo almoço, comecei com uma salada de batatas cozidas com molho ocopa, típico do Peru, feita à base da erva huacatay, que estava bem fresco e gostoso. O principal foi um frango sem gosto, arroz branco e um creme de quinoa, que estava pesado no paladar. De sobremesa, comi um pedaço de torta de chocolate meio amargo. Estava razoável. Neste almoço, serviram suco de maçã, também muito doce. No geral, fiz refeições dignas, mas não iria neste restaurante se tivesse que pagar do meu bolso.
Restaurante: Cherry
Endereço: Avenida Dos de Mayo, 1.186, San Isidro, Lima, Peru.
Data: 09/12/2018 e 10/12/2018, ambos para almoço.
Minha nota: 5.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

MAIDO - LIMA, PERU



A experiência: desde que soube que iria para um evento de trabalho em Lima, Peru, consultei a recém divulgada lista dos 50 melhores restaurantes da América Latina para tentar reservas para jantar em dois ou três deles. Tentei todos os localizados em Lima, sem sucesso. Já na capial peruana, uma colega conseguiu reserva para seis pessoas no restaurante Rafael para 20:30 horas de terça-feira. Era um da lista! Chegamos às 20:32 horas no restaurante. Nossa reserva tinha sido cancelada porque exigem uma reconfirmação por telefone no dia da reserva e a pessoa que fez o contato com o Rafael para nós não reconfirmou. Resultado: para jantar, tínhamos que esperar até 22:30 horas, sabendo que a cozinha encerra os trabalhos às 23:00 horas. Deixamos o nome na lista de espera e ficamos na calçada do lado de fora, pois não havia lugar disponível no bar. Estávamos perto do Maido, que fica na mesma rua do Rafael. Foi o restaurante que mais jouve tentativas de reserva, pois segue sendo o número um da América Latina. Como o não já tínhamos, resolvemos ir até ele verificar a possibilidade de jantar naquela noite. A sorte estava do nosso lado. Para nossa surpresa e felicidade nos acomodaram em 15 minutos. Quatro em uma mesa e dois no bar. A única restrição era que não podíamos fazer o menu degustação. Eu já o fiz em 2016 e tinha gostado muito. Veio um garçom oferecendo elaborar um menu a partir das opções do cardápio, cobrando o preço de cada item. Aceitamos, pedindo descrição de cada orato sugerido. Após algumas trocas, tivemos uma experiência incrível. Para brindar a noite, pedi um pisco sour maido (S/. 39), que veio refrescante e potente. Tivemos a seguinte sequência:
1. Sashimi de atum com quinoa e creme de abacate - abre bocas cortesia da casa. Delicado, mas ao mesmo tempo com personalidade forte.
2. Cebiche sansei (S/. 75) - ceviche de peixe e mariscos, farofa de leche de tigre al ají amarillo defumado, abacate e cancha. Prato finalizafo na mesa, com nitrogênio líquido, o que fez os ingredientes congelarem na hora. Esperamos 15 segundos depois que o garçom terminou de misturar tudo, ficando com aparência de uma farofa amarela. Geladinho, crocante, ácido. Ótimo.
3. Nigiri crujiente de foie (S/. 39 - duas unidades) - arroz de sushi crocante, unagui, mousse de foie gras, maçã e molho tarê. Delicado, crocante, para comer com as mãos. O sabor untuoso do foie misturado ao adocicado da maçã e do molho tarê foi um deleite para o paladar.
4. Nigiri a lo pobre (S/. 33 - duas unidades) - sushi de carne bovina da raça angus e ovo de codorna frito injetado com ponzu. Outro prato finalizado na mesa, onde o garçom usou um maçarico para tostar a carne e o ovo. Outra maravilha no psladar.
5. Nigiri de conchas com ouriço (S/. 31 - duas unidades) - outro sushi delicado, mas um pouco enjoativo, talvez por causa do creme de ouriço. A carne suave de paracas, uma espécie de vieira, foi o ponto alto deste sushi.
6. Cuy-San (S/. 42) - carne de porquinho da índia bem macia, servida sobre um creme de couve-flor e um batido de alho e rocoto, molho torikara.
7. Gindara Misoyaki (S/. 89) - posta de bacalhau de águas profundas marinado em miso com crosta de lâminas de castanhas Bahuaja. Acompanhou um creme de batatas camotillo. Não sou fã de bacalhau, mas a carne do peixe estava bem cozida, macia, soltando fácil no garfo. O melhor foi o creme de batatas. Era levemente adocicado.
8. Asado de Tira Nitsuke (S/. 120) - costela de boi cozida por 50 horas em fogo baixo, servido com alho crocante, molho nitsuke e arroz chaufa branco com cecina. Outro prato maravilhoso. Carne desmanchava na boca, sabor caramelizado, adocicado. O arroz foi um belo acompanhamento.
Depois de oito etapas, ninguém quis sobremesa.
Restaurante: Maido
Endereço: Calle , Miraflores, Lima, Peru.
Data: 11/12/2018, terça-feira, jantar.
Valor pago por mim em relação à conta: S/. 270. Pagamento em dinheiro.
Minha nota: 9,5

TANTA - SAN ISIDRO - LIMA, PERU



A experiência: cheguei no Hotel Los Tallanes, em Lima, Peru, perto de 19 horas. Foi um longo dia de viagem, saindo bem cedo do Rio de Janeiro, fazendo conexão no aeroporto de Santiago, Chile. Era domingo. Estava cansado, louco por um banho, mas com muita fome. Depois de me instalar no quarto, pesquisei no Google Maps o que tinha perto do hotel para almoçar. Nem todas as opções eram viáveis, pois muitos restaurantes não abrem para o jantar aos domingos. Cerca de 200 metros do hotel há uma unidade do restaurante Tanta, bistrô do aclamado chef Gastón Acúrio, especializado na culinária peruana. Não tive dúvidas, rumando para lá. Assim que cheguei, a recepcionista já me levou até uma mesa para duas pessoas, em frente ao bar. O cardápio está recheado com os clássicos da cozinha peruana, uma das minhas favoritas. Para beber, fui de suco. Pedi uma jarra pequena de Tía Camu (S/. 15), uma mistura de frutas cítricas: camu camu, laranja e limão. Super refrescante. Abriu mais meu apetite. Para comer, escolhi um dos clássicos que mais aprecio, o tacu tacu. No caso, acrescentaram um ovo frito, renomeando o prato para tacu tacu a lo pobre (S/. 44). Serviço rápido. Logo estava a minha frente um bonito prato com uma milanesa de filé, tacu tacu (um bolo de arroz e feijão selado na chapa), ovo frito com gema mole (mara!), banana frita e molho escabeche. Tudo bem temperado, com sabor marcante. Carne macia. Muito bom. Embora fiquei tentado em pedir a sobremesa, especialmente porque tinha opção com lúcuma, mas estava muito satisfeito. Finalizei a refeição com um café espresso (S/. 6,50). Na noite seguinte, retornei ao restaurante, desta vez com os demais colegas da delegação, quando comi o ají de gallina (S/. 32), que,  segundo o cardápio, segue uma receita antiga, acompanhado de batatas amarelas e arroz com milho branco. Outro clássico, outros sabores. Mais uma vez, muito bom.
Restaurante: Tanta
Endereço: Pancho Fierro, 115, San Isidro, Lima, Peru.
Data: 09/12/2018 e 10/12/2018, ambos para jantar.
Valor pago por mim em relação à conta: S/. 70 (1ª noite) e S/. 50. Pagamento em dinheiro.
Minha nota: 8.

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

CAFÉ LAMAS - RIO DE JANEIRO, RJ

A experiência: saímos do teatro bem tarde. Passava da meia noite. Resolvemos jantar, mas as opções não eram muitas (pelo menos de nosso conhecimento). Pegamos um Uber em direção ao Café Lamas, pois sabia que ficava aberto até altas horas e era perto de nosso hotel, facilitando nosso retorno a ele. O restaurante é um clássico da gastronomia carioca, localizado no bairro do Flamengo. Funciona desde 1874. É simples na decoração, tem uma brigada de garçons antiga e muito simpática. Chegamos, escolhemos a mesa, sentamos e fomos imediatamente atendidos. O cardápio é enorme, como eram nos restaurantes antigos da cidade. Há várias opções de petiscos para acompanhar uma cerveja gelada, sempre presente nas mesas do local. Para refeição, há algumas dezenas de variedades de filés e contra-filés, o forte da casa, preparados de formas diversas. Os acompanhamentos não variam muito, ficando a maioria na trinca batata, arroz e farofa. Como já conhecia o lugar, tendo inclusive já escrito sobre ele aqui no blog, sabia que o melhor são as preparações de filé mignon. Resolvi dividir um prato com uma amiga. Pedimos o filé à Oswaldo Aranha (R$ 119,00). Foram muito rápidos em preparar nossos pedidos (uma outra amiga pediu um prato individual de fígado de boi, que foi super bem servido). O filé veio servido em uma travessa de inox, mas o garçom serviu por igual os dois pratos. Carne bem macia, com bastante alho tostado por cima, cortado em pedaços bem pequenos, formando um tipo de crosta cobrindo o bife. Muito gostoso. O acompanhamento era muito carboidrato junto: arroz branco, farofa e batata chips. O senão deste prato fica por conta de que é bem seco, necessitando regar com azeite, o que fiz assim que comecei a comer. Para beber, apenas Coca Cola Zero, em garrafa! Quando pagamos a conta, já passava de duas horas da madrugada.
Restaurante: Café Lamas
Endereço: Rua Marquês de Abrantes, 18A, Flamengo, Rio de Janeiro, RJ.
Data: 09/12/2018, madrugada de domingo, jantar.
Valor da conta: R$ 87,00, somente a minha parte. Pagamento em cartão de crédito.
Minha nota: 7.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

FAZENDA CULINÁRIA - MUSEU DO AMANHÃ - RIO DE JANEIRO, RJ


A experiência: depois de passar mais de quatro horas no Museu do Amanhã, era hora de almoçar. Aproveitamos que estávamos no museu para experimentar o restaurante do local, cuja entrada se dá pelo lado de fora, com linda vista para a Baía de Guanabara e para a estrela flutuante do espelho d'água do museu. Como era tarde, havia mesas disponíveis. Sentamos em uma mesa próxima às enormes paredes de vidro, tendo toda a vista a nossa frente. Compartilhamos o couvert (R$ 9,00 por pessoa). O garçom foi muito simpático ao trazer apenas um couvert, com três copinhos do caldo do dia, que era um caldinho de abóbora delicioso. Além deste caldo, também compunham o couvert pedaços de pão árabe tostados e sardela. Tudo bem feito, muito gostoso. Em seguida, chegou a entradinha que também dividimos entre nós três, a panelinha de cogumelos (R$ 32,00). É um creme de cogumelos servido em uma panelinha de ferro, acompanhado por pão árabe tostado, o mesmo do couvert. Creme com muito sabor, à base de creme de leite, com cogumelos em abundância. Mesmo para três, comemos bem. Enfim, o prato principal. Eu escolhi o picadinho carioca (R$ 55,00), prato que sempre peço quando vejo no cardápio. Cada restaurante costuma ter uma versão própria para o picadinho. No caso, picadinho de carne, ovo mollet, farofa de alho, banana da terra. Tudo servido harmonicamente em um prato de ágata branco. Separados, vieram o feijão preto e o arroz branco. Ovo em ponto correto. Ao partir, sua gema mole se espalhou pela farofa e pela carne. Por falar em carne, ela estava cortada em tirinhas bem pequenas, o que compensou a sua textura, que não era muito macia. Sabor agradável, com temperos suaves, destacando mais os ingredientes. Finalizei com um cheesecake do ateliê (R$ 25,00), com calda de goiaba e paçoca. O cheesecake mais parecia uma torta, sendo levemente maçaricado por cima. Era muito doce. Por fim, um belo café espresso (R$ 6,00).
Restaurante: Fazenda Culinária
Endereço: Avenida Rodrigues Alves, 2, Museu do Amanhã, Centro, Rio de Janeiro, RJ.
Data: 08/12/2018, sábado, almoço.
Valor da conta: R$ 111,67, somente a minha parte. Pagamento em cartão de crédito.
Minha nota: 7.

ZAZÁ BISTRÔ TROPICAL - RIO DE JANEIRO, RJ


A experiência:  a sexta-feira foi de chuva no Rio. Chuva fina, mas persistente. Saímos tarde para jantar, já perto de 22 horas. Sem reserva, chegamos ao Zazá Bistrô Tropical, em Ipanema. Fila de espera. Ficamos na calçada, aproveitando um breve estio, mas logo voltou a chover. Fomos chamados neste momento. Mesa para três pessoas. Acomodaram-nos no salão do térreo. A iluminação é bem baixa, dando um clima mais aconchegante ao restaurante. Garçons informais, mas eficientes. Pedi uma caipinger (R$ 32,00), feita com cachaça, limão taiti, gengibre e simple syrup. Não gostei, passando para água com gás durante a refeição. Dividimos uma entrada: pastillas marroquinas (R$ 29,00). São seis unidades de trouxinhas crocantes recheadas com frango desfiado, massala, castanha do Pará e mel. Para comê-las, a sugestão da casa é mergulhar a trouxinha no molho de iogurte e hortelã que acompanha o prato. O molho dá uma refrescância deliciosa às trouxinhas. Um pouco de pimenta foi essencial para subir o sabor. Depois, meu prato principal: curry de frango orgânico (R$ 79,00), com bela apresentação, já instigando o paladar não só pela aparência, mas também pelo delicioso aroma. Duas cumbucas com os ingredientes e uma terceira, ao centro, vazia, para eu fazer a mistura. Na esquerda, o curry com frango em pedaços, cogumelos, legumes, limão kefir, gengibre ao leite de coco e banana da terra. Na direita, arroz jasmim com castanhas e damasco seco. Sabores intensos, texturas distintas, levemente picante, como pedi (há três intensidades de ardência), contrastes bem equilibrados. Prato delicioso. Para finalizar, dividimos um brownie com sorvete de coco.
Restaurante: Zazá Bistrô Tropical
Endereço: Rua Joana Angélica, 40, Rio de Janeiro, RJ.
Data: 07/12/2018, sexta-feira, jantar.
Valor da conta: R$ 165,00, somente a minha parte. Pagamento em cartão de crédito.
Minha nota: 8.

IRAJÁ GASTRÔ - RIO DE JANEIRO, RJ









A experiência: final de semana no Rio de Janeiro com amigas. Sexta-feira, dia chuvoso. Fizemos o check in no Hotel Regina, no Flamengo, após as 15 horas. A fome estava entre nós. Pegamos um Uber e fomos para o Irajá Gastrô, um restaurante que há muito estava na minha lista para conhecer, mas ainda não tinha tido a oportunidade. O restaurante funciona em horário contínuo, sem fechar entre almoço e jantar. Como chegamos tarde, por volta de 16 horas, havia muita mesa disponível. Fomos acomodados no salão ao fundo do casarão antigo de Botafogo, onde está o restaurante. Bem perto de nossa mesa havia uma turma de homens que falavam e riam muito alto. Mas não pedimos para trocar de lugar, afinal eu também falo alto! O cardápio é enxuto, com pratos inspirados na culinária brasileira, mas com toque autoral, do chef Pedro Artagão. Para começar o final de semana em alto estilo, pedi uma caipirinha (R$ 26,00) feita com a cachaça Princesa, carambola, maracujá e alecrim. Estava tão boa e refrescante que terminei o primeiro copo em minutos, partindo para uma segunda dose. Aceitamos o couvert da casa de pão de fermentação natural e manteigas (R$ 22,00). Para ser dividido por três pessoas, que era nosso caso, não é suficiente, mas como pedimos também uma entradinha, achamos de bom tamanho. O couvert consistiu de três fatias de pão levemente tostadas, que eram boas por si só. Acompanhou estas fatias quatro tipos de manteigas saborizadas. Confesso que nenhuma deles me fez a cabeça. Junto com o couvert, chegou a nossa entrada, uma porção de bolinhas de tapioca e queijo meia cura (R$ 28,00), servidas com um fio de mel de engenho. Foram seis unidades devoradas rapidamente. O queijo deu um toque suave de acidez à bolinha frita, que contrastou muito bem com o doce do mel. Como principal,  fui de polvo, risoni, aioli de linguiça (R$ 88,00). Prato de bonito visual, chegou à mesa exalando bom perfume. O polvo estava em textura maravilhosa e a harmonização com o aioli de linguiça, apresentado em forma de bolinhas espalhadas no prato, foi muito boa. Achei o risoni muito cozido e caudaloso, mas tinha um sabor muito bom. Para terminar, pedimos duas sobremesas: suspiro, marshmallow, frutas vermelhas (R$ 28,00); e bolo de brigadeiro irajá (R$ 28,00), que nunca sai do cardápio por sua fama, ganhador de prêmios gastronômicos no Rio de Janeiro. Não comi a primeira, pois não gosto de suspiro e nem de morangos. Quanto à segunda, um bolo recheado com uma ganache de brigadeiro, servido com uma calda de baunilha que é colocada no prato na hora pelo garçom. Gostei, mas não me encantou. Os pratos salgados são infinitamente superiores. O serviço é eficiente, muito cordial e atencioso. Os pratos não demoram para chegar. Foi um belo almoço que durou mais de duas horas de muito papo e risadas.
Restaurante: Irajá Gastrô
Endereço: Rua Conde de Irajá, 109, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ.
Data: 07/12/2018, sexta-feira, almoço.
Valor da conta: R$ 217,95, somente a minha parte. Pagamento em cartão de crédito.
Minha nota: 8.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

CERVEJARIA VIELA - JURA 202 - BELO HORIZONTE, MG



A experiência: um amigo resolveu comemorar seu aniversário na Cervejaria Viela, que muitos a conhecem como Jura 202. O convite foi claro: chegue cedo, pois o local é pequeno. Comemoração marcada para ter início às 14 horas. Cheguei cerca de uma hora depois e realmente os poucos lugares já estavam todos ocupados. Muita gente vai chegando e ocupando as calçadas ao redor do bar. A cervejaria artesanal fica em uma loja de esquina, com um balcão ao fundo, onde todo o serviço é feito. Os empregados usam aventais azuis e sempre ficam por trás do balcão, atendendo os clientes, lavando o vasilhame, preparando as comidinhas, e entregando os pedidos. Não há garçons. A gente escolhe o que quer lendo o cardápio que está na parede da direita, faz o pedido no balcão, paga e espera ser chamado para pegar a bebida/comida. Há uma mesa coletiva que cabe umas doze pessoas sentadas, além de quatro mesinhas altas encostadas na parede da direita. A decoração lembra um armazém do interior, com direito a uma vitrola antiga, que segue funcionando, onde discos de vinil garantem a música boa que embala o ambiente. O banheiro é uma atração à parte, pois não tem teto, decorado com muita planta (parece um mini quintal de uma casinha simples). Para dias chuvosos, não tem problema, pois há um banheiro na parte interna do bar. Quanto ao cardápio, é bem enxuto. O foco é a cerveja artesanal. No dia em que lá estive, havia seis tipos de cerveja, vendidas em dois tamanhos de copos (R$ 7,00 - grande; R$ 5,00 - pequeno), dois tipos de refrigerante, um de gengibre (Zinger) e outro de guaraná (Guaramão), com preços iguais aos da cerveja. Também vendem Xeque Mate, uma bebida que mistura rum, mate, limão e guaraná, com preços idênticos aos das demais bebidas. Para comer, batata chips (R$ 5,00 e R$ 7,00), que estavam bem sequinhas e crocantes; tábua de frios que o cliente monta escolhendo o tipo de pão, feito pela Bagueteria Francesa, queijo canastra curado no local, defumados (maçã de peito, pernil e copa), e conservas de tomatinho, azeitona e alho assado. Eu cheguei faminto, pois não havia almoçado. Comecei experimentando um sanduíche de pão de malte, recheado com maçã de peito defumada e molho chimichurri (R$ 15,00, o maior tamanho), com um refrigerante Zinger (R$ 5,00, o pequeno). Meu pedido foi feito em horário onde muitas pessoas faziam pedidos de comida, motivo pelo qual demorou um pouco para ficar pronto. Enquanto esperava, beliscava os quitutes das tábuas que meus amigos haviam pedido mais cedo. Não gosto muito de defumados, pois acho que o sabor forte agride muito o paladar, mas o defumado do Jura 202 era bem suave. Enfim, meu sanduba ficou pronto. Pão delicioso! Deu vontade de pedir outro, sem nenhum recheio, pasta ou molho. O recheio vem em boa quantidade, cortado em fatias finas, com bom tempero, defumado bem suave. Mas para quem se preocupa, a maçã de peito defumada é gorda, o que a torna mais gostosa. O Zinger é interessante, mas não me conquistou como o sanduíche. Mais tarde, experimentei o Guaramão (R$ 5,00, copo pequeno), que achei muito doce. Ainda belisquei outras iguarias de tábuas pedidas por nosso grupo, destacando o pernil. O queijo tem sabor forte, salgadinho, excelente acompanhamento para as cervejas, que os meus amigos tomavam sem parar. Ainda há suspiro para quem necessita de algo doce. Tudo que é vendido no local é feito em Minas Gerais, com maior ênfase nos produtos elaborados em BH e região. Atendimento simpático, alegre, comidinhas gostosas, bebidas agradáveis, música boa, gente que sabe viver a vida. Para se voltar muitas vezes.
Restaurante: Cervejaria Viela - Jura 202
Endereço: Rua Juramento, 202, Pompéia, Belo Horizonte, MG.
Data: 01/12/2018, sábado, comemoração de aniversário de amigo durante a tarde.
Valor total da conta: R$ 25,00, somente a minha parte. Pagamento em cartão de débito.
Minha nota: 8,5.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

CHOPP DA FÁBRICA - BELO HORIZONTE, MG



A experiência: era quarta-feira, estava saindo de uma missa de sétimo dia, tinha fome. Decidi comer algo com amigos. Chovia. O melhor para todos em termos de ir embora depois era o Chopp da Fábrica, para onde fomos. O lugar está sempre cheio, pois tem comida boa e cerveja gelada, além de ter telas de TV ligadas em jogos de futebol. Naquela noite havia um jogo do Atlético contra o Internacional e logo em seguida, um jogo do Cruzeiro. Os pratos bem servidos e o mexidão do restaurante são famosos na noite belohorizontina. Embora houvesse mesa disponível na calçada, preferimos ficar no salão/varanda, pois a chuva era fina e insistente, podendo ficar mais forte, fazendo com que as pessoas instaladas na calçada fossem transferidas para mesas nos salões internos. Mesa para cinco pessoas. O pessoal pediu cerveja, a Belorizontina da Backer (R$ 12,90 cada garrafa), enquanto eu fui de Coca Cola Zero (R$ 4,50 cada garrafa). Durante a minha estadia no restaurante, tomei duas garrafas de Coca. Depois de esperar uns quarenta minutos, resolvi apelar com os amigos, pois eles queriam beber primeiro antes de comer. Eu tinha fome. Venci! Pedimos um Mixidão (grafia como está no cardápio) para três pessoas (R$ 69,90). Eu e mais duas pessoas da mesa pedimos para acrescentar um ovo frito (R$ 3,30) para cada um. O prato é muito bem servido. Trata-se de uma mistura de arroz, feijão carioca, couve refogada picada em tirinhas, cebolinha, ovo cozido partido em pedaços, carne desfiada, torresmo e linguiça especial. O tempero é muito bom. Eu ainda coloquei umas gotinhas de pimenta que deu uma mega levantada no sabor. Os cinco comeram super bem e ainda sobrou comida na vasilha. Para voltar várias vezes e comer este prato, especialmente depois de baladas, já varando a madrugada.
Restaurante: Chopp da Fábrica
Endereço: Avenida do Contorno, 2.736, Santa Efigênia, Belo Horizonte, MG.
Data: 21/11/2018, quarta-feira, jantar.
Valor total da conta: R$ 168,63 para cinco pessoas, já incluídos os 10% de gorjeta. Paguei com cartão de crédito a minha parte.
Minha nota: 8.

domingo, 16 de dezembro de 2018

AU BON VIVANT - BELO HORIZONTE, MG

A experiência: fui convidado para a festa de 50 anos de uma amiga de faculdade. Ela fechou o restaurante Au Bon Vivant para o almoço. Foi contratado um serviço de menu com entradinhas ao estilo finger food, colocados em uma mesa onde os convidados se serviam à vontade.

Eram sete tipos de comidinhas:
1. Bolinhos bordaleses "canelée" de queijo de cabra;
2. Torradinhas de brioche com foie magro e uva fresca;
3. Quiche de pera com gorgonzola;
4. Quiche Lorraine;
5. Gratinado de rã;
6. Pastel de queijo brie com maçã e mel; e
7. Brandade de bacalhau.
Não experimentei de tudo, comendo apenas as torradinhas de brioche com foie magro e uva fresca; e o pastel de queijo brie com maçã e mel. Ambos muito gostosos, com contrastes entre sabores doce e salgado na medida exata. Suaves, bem temperados. Excelente abre boca.
Nesta etapa de entradinhas, garçons serviam o espumante Goulart Brut Reserve Pinot Noir, produzido em Mendoza, Argentina; e o tinto Vinhetica Terroirs d'Elegance 2016, um corte de cabernet sauvignon, cabernet franc, teroldego, ancelotta e tannat, produzido na Campanha Gaúcha, Brasil. Bebi apenas uma taça do espumante, mas achei que ele estava em temperatura um pouco acima da que gosto, passando para o vinho tinto, que bebi durante todo o almoço. Para acompanhar, sempre água com gás Prata. O vinho foi um bom acompanhante para o prato principal.

Depois de pouco mais de uma hora em que serviam as entradinhas, comunicaram aos convidados para tomarem assento às mesas, pois o prato principal seria servido. Chamado de baroa baroa, um prato perfumado foi colocado à minha frente. Era um picadinho de filé mignon e cogumelos variados flambados no conhaque, acompanhado por batata baroa em mousseline e chips. Prato bem servido, com duas texturas de batata baroa, levemente adocicada, contrastou com o tempero do picadinho com os cogumelos. Prato potente.




Em seguida, chegaram as duas sobremesas:

1. Crême Brûlée - creme frio de baunilha de Madagascar com crosta de açúcar queimado; e
2. Mousse de chocolate belga com telha crocante de avelã.
Eu já conhecia o crême brûlée da casa e tinha gostado muito. Aqui ele veio em uma versão reduzida, mas com textura excelente, mantendo-se o cremoso por baixo da fina crosta de açúcar maçaricado. Muito bom. A mousse de chocolate não trouxe novidade. Estava bem feita.





Restaurante: Au Bon Vivant
Endereço: Rua Pium-Í, 229, Cruzeiro, Belo Horizonte, MG.
Data: 10/11/2018, sábado, almoço.
Valor total da conta: convidado para a festa de minha amiga.
Minha nota: 8.