sexta-feira, 30 de setembro de 2016

CANTINA DA MASSA

Restaurante: Cantina da Massa
Endereço: SCLS 302, Bloco A, loja 4, Asa Sul, Brasília, DF
Telefone: +55 61 3226 8374

Web: http://www.cantinadamassa.com.br/
Reserva: sim
Wi-fi: disponível, mediante senha.
Data: 23/09/2016, sábado, jantar.
Ambiente: varanda externa, devidamente coberta, cuja decoração remonta aos restaurantes de Roma, com muita planta. Salão interno aconchegante, com iluminação amarela, o que confere ao local um ar mais "quente".
A experiência: o restaurante estava cheio, com todas as mesas na varanda ocupadas. Ainda havia lugar no salão interno, com ótima climatização, onde ficamos. Atendimento muito bom, simpático, com os pratos sendo entregues em tempo adequado, sem demoras. Começamos dividindo uma entradinha.
Escolhemos os bolinhos de tapioca (R$ 26,90). Na verdade não são bolinhos, mas sim cubinhos de tapioca. O prato é muito bem servido. São cubinhos fritos granulados feitos com tapioca e queijo coalho, acompanhados por um potinho com geleia de pimenta vermelha. Estavam sequinhos, sem nenhuma gordura e com boa textura. Para mim faltava um pouco de sal na massa, mas quando molhados na geleia, o sabor dava uma levantada legal.
A casa é famosa por suas massas. Assim, sem ter dúvidas, escolhi uma delas como prato principal. Fui na simplicidade: penne ao pesto (R$ 48,90). No caso, o pesto da Cantina da Massa é feito com basílico, nozes, pinholes, parmesão e azeite extra virgem. Servido em um prato fundo, tinha uma tuile de parmesão como adorno. O prato estava tão quente que o garçom alertou para não colocar a mão nele, pois poderia queimá-la. Na boca, pesto muito bem feito, com sal no ponto certo, aderindo à massa perfeitamente. Esta, por sua vez, estava al dente como gosto, mas algumas pessoas podem achar estranho o seu ponto, pois a massa estava bem consistente.
Ao ver a carta de sobremesas, lembrei-me quando cheguei em Brasília e a moda nos restaurantes era ter creme de papaia com licor de cassis (R$ 19,90) como sobremesa. Fui nostálgico e pedi um. Estava delicioso. Sorvete de creme batido com mamão papaia, com textura suave, não muito doce. O garçom serviu a taça e, em seguida, a regou com uma boa dose de licor de cassis. Ficou sensacional e deu aquela sensação de volta ao tempo, vinte anos atrás. Finalizei a bela noite com um café espresso Illy (R$ 5,90). Para acompanhar o jantar, bebi uma garrafa de 500 ml de H2O limão (R$ 5,50).
Valor total da conta: R$ 223,08, para duas pessoas, incluído o serviço, sem bebida alcoólica. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 8.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

NEBBIOLO

Restaurante: Nebbiolo
Endereço: SCLS 409, Bloco D, loja 30, Asa Sul, Brasília, DF
Telefone: +55 61 2099 6640

Web: http://nebbiolorestaurante.com.br/
Reserva: sim
Wi-fi: disponível, mediante senha.
Data: 23/09/2016, sexta-feira, almoço.
Ambiente: moderno, bem decorado, aconchegante, bom espaço entre as mesas.
A experiência: o restaurante estava vazio, apenas duas mesas ocupadas além da nossa. Ficamos em uma mesa mais ao fundo do salão, ao lado da porta de vidro que dá acesso à parte de trás do bloco, para a área verde da quadra residencial. Não gostei do atendimento, pois o garçom que nos servia era excessivo em querer deixar a mesa mais confortável. Os pratos também demoraram a chegar, mesmo com a casa vazia. De início, dividimos o couvert (R$ 19,00 por pessoa), com pães, manteiga ghee, caldo de batata baroa, patê de tomate seco e patê de salmão. Não sou fã de manteiga clarificada e a servida no couvert estava sem sal, o que a fez ficar com gosto de óleo. Comi dois tipos de pão. O primeiro, com frutas secas, estava macio e saboroso, mas o outro, uma espécie de pão francês, estava duro, como se estivesse velho. O caldinho, que foi reposto mais de uma vez para quem pediu, estava morno, bem temperado, com destaque para o sabor adocicado da baroa. Quanto aos patês,embora não goste de tomate seco, achei este patê bem delicado, suave, com acidez no ponto exato, sem agredir ao paladar. Já o patê de salmão era para comer em quantidade pequena, pois era enjoativo. Em seguida, o prato principal, um picadinho de filé ao molho de cerveja stout (R$ 52,00), acompanhado por arroz branco, banana da terra grelhada, ovo pochê e crocante de mandioca. A apresentação deu água na boca de tão bonita, com os ingredientes bem dispostos no prato, com rico aroma. Ao levar à boca, as expectativas não foram correspondidas. O sabor do molho era muito forte, dominando o prato. O crocante de mandioca tinha a textura de um bagaço de cana, duro e difícil de partir, mesmo com os dentes. Terminei o longo almoço com um bem tirado café espresso.
Valor total da conta: R$ 613,36, para quatro pessoas, incluído o serviço, com bebida alcoólica. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 6.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

OLIVER

O Oliver fica em um lugar muito agradável, em construção rústica, com madeira e objetos de decoração artesanais, como aqueles feitos no distrito de Bichinho, em Tiradentes, MG. Facilidade de estacionamento, pois fica dentro do Clube de Golfe de Brasília, ainda conta com manobrista na porta. No horário noturno, divide espaço com outro restaurante, de pegada mais contemporânea, o Cru Balcão Criativo. As mesas estão em uma sala reservada, em um salão interno, e na varanda, local aprazível para dias de clima ameno, o que não é o caso em época de seca na cidade. Ficamos em mesa no salão interno, onde o ar é climatizado. O menu é variado, passeando pela culinária internacional, com opções de risotos, massas, carnes, peixes, aves, saladas, entradas e sobremesas. Para alguns pratos há a possibilidade de pedir meia porção.


O restaurante faz parte da Associação da Boa Lembrança, o que me motivou a pedir este prato específico para almoçar: robalo buriti (R$ 89,00), prato elaborado com um ingrediente típico do cerrado, o buriti. Peixe branco servido grelhado com crosta de farofa de buriti sobre risoto porcini, com pesto de manjericão servido ao lado do prato. Embora o atendimento na mesa tenha sido bom, a demora na chegada dos pratos foi longa. E não é a primeira vez que isto ocorre comigo neste restaurante. Demorou em excesso, mais de quarenta minutos, mesmo o restaurante estando apenas com menos da metade de sua capacidade ocupada. O prato era bem servido, mas com um visual bem feio. Confesso que tive uma repulsa inicial ao vê-lo. No paladar, o peixe estava cozido além do ponto, ficando sua crosta dura, seca, incômoda para partir e para comer. O interior estava úmido, mas sem muita suculência. A farofa de buriti estava gostosa, mas as lascas de buriti que colocaram atrapalharam um pouco, pois tinham consistência dura, tipo bagaço de cana de açúcar. Já o risoto, embora com aspecto feio, estava bem feito, com excelente tempero, textura boa e bem cremoso. Quanto ao pesto de manjericão, até agora me pergunto qual era a sua função no prato, já que o risoto estava bem úmido e, por causa do funghi porcini, com sabor forte. No prato, o pesto estava deslocado e contribuía para o seu aspecto repulsivo. Durante o almoço, bebi uma lata de 350 ml de Schweppes Citrus Light (R$ 7,00). Não pedimos sobremesa, indo direto para uma xícara de café espresso da Nespresso (R$ 6,00). Ao pagar a conta, recebi o belo prato de cerâmica, recordação da Boa Lembrança.

Restaurante: Oliver
Endereço: SCES Trecho 2, Lote 2, Clube de Golfe de Brasília, Lago Sul, Brasília, DF
Telefone: +55 61 3323 5961

Web: http://www.restauranteoliver.com.br/
E-mail: contato@restauranteoliver.com.br
Reserva: sim
Wi-fi: disponível, mediante senha.
Data: 22/09/2016, quinta-feira, almoço.
Valor total da conta: R$ 186,00, para duas pessoas, incluído o serviço, sem bebida alcoólica. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 6.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

LE JAZZ BRASSERIE - JARDINS



Reserva é mais que recomendável para jantar no Le Jazz Brasserie, unidade dos Jardins, em São Paulo. Eu e um amigo fomos jantar na noite de terça-feira. O termômetro indicava 13ºC. Não tínhamos reserva, mas, por sorte, ao chegarmos, por volta de 20:30 horas, restava uma única mesa para dois, localizada no fundo do salão. Assim que sentei, percebi que uma fila de espera já se formava no bar. O local é bem pequeno, estilo bistrô francês, com mesas coladas umas nas outras, chão de piso hidráulico, um bar elegante, trilha sonora de primeira, em volume adequado, que não atrapalhou em nenhum momento nossa conversa, cartazes, lambe-lambe e espelhos nas paredes, tudo contribuindo para um clima bem charmoso. Serviço sensacional.


O tempo pedia um vinho. Decidimos pelo único português da carta, mas estava em falta. Em seu lugar, pedimos o chileno Mancura Etnia 2013 (R$ 79,00), elaborado com a casta cabernet sauvignon. No primeiro ataque ao paladar, o senti muito ácido e com taninos bem presentes, mas evoluiu bem na taça, casando muito bem com meu prato principal. A casa oferece, como nos bistrôs franceses, água filtrada servida em garrafas de vidro sem nenhuma cobrança adicional.


Quando pensei no Le Jazz, logo veio à minha mente o ovo mollet (R$ 35,00). Não tive dúvidas, escolhendo-o como entrada. Ovo pochê empanado e frito com sauté de cogumelos, azeite de trufas e crocante de presunto cru. O prato não demorou a chegar. Assim que colocado na mesa, juntamente com duas fatias grandes de pão torrado, o aroma de trufas dominou o ambiente e aguçou meu paladar. Parti o ovo, cuja capa era dourada e crocante, ao meio e a gema se revelou amarela, mole, descendo vagarosa e deliciosamente, inundando o sauté de cogumelos. Simplesmente divino. Sal no ponto certo, ovo na textura correta. Uma explosão de sabores na boca.


Saí de um clássico do restaurante para um clássico da cozinha francesa, escolhendo como prato principal o steak tartare (R$ 52,00). Prato bem servido, respeitando a receita clássica. Carne fresca, picada na faca, com sabor de mostarda presente, mas sem dominar. Acompanhamentos também clássicos: salada verde, com leve toque de balsâmico, e batatas fritas.


Durante o jantar, vi a movimentação dos garçons saindo da cozinha. Notei que a maioria das mesas pedia sobremesa. Resolvi fazer um jantar completo, escolhendo mais um clássico francês na hora do doce: île flottante (R$ 22,00). Mais um prato que chegou rápido à mesa. Uma bela e tostada bola de claras em neve foi servida sobre um creme inglês salpicado por lâminas de amêndoas. Estava gostoso, mas foi o prato fraco da noite. Terminei com um bem tirado café espresso descafeinado da Nespresso (R$ 6,50).

Restaurante: Le Jazz Brasserie
Endereço: Rua Melo Alves, 734, Cerqueira César, São Paulo, SP.
Telefone: +55 11 3062 9797
Web: http://www.lejazz.com.br/
Wi-fi: disponível, mediante senha.
Data: 20/09/2016, terça-feira, jantar.
Valor total da conta: R$ 338,80, valor para duas pessoas, incluído o serviço. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 8.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

MERCADO 153 - AEROPORTO

Meu embarque para São Paulo estava marcado para 14:20 horas. Decidi almoçar no aeroporto para não perder tempo. Cheguei às 13:00 horas, indo direto para a praça de alimentação, que fica no segundo piso do Aeroporto de Brasília. A ideia era almoçar em algum fast food, mas ao subir as escadas rolantes, dei de cara com uma praça remodelada, cheia de opções. Escolhi o Mercado 153, cuja unidade do Brasília Shopping já conhecia. Sei que são rápidos e a carta é variada. O restaurante não estava cheio. Decoração moderna, com pinturas nas paredes do artista plástico Ferreira. Escolhi uma mesa mais ao canto, e recebi o cardápio, que é bem variado. Por estar no aeroporto, além de refeições, também servem salgados e lanches rápidos. As opções do menu são nomeadas "box", fazendo alusão a um mercado. Escolhi o box 17 (R$ 42,00) - entrecôte de carne de sol grelhado com manteiga de garrafa, queijo coalho, arroz branco, vinagrete de feijão e farofa de parmesão. Serviço rápido.

Em cerca de dez minutos, meu prato foi colocado em minha frente. Vistoso, bem servido, aromático. A manteiga de garrafa deu um toque especial na carne. Eram dois pequenos bifes de contra-filé bem fininhos. Estavam duros. O queijo coalho estava bem grelhado, mas poderia ser maior, já que veio servido por cima dos bifes. Havia uma desproporção entre o tamanho da carne e o do queijo. Ou aumentam o tamanho do queijo coalho, ou o servem ao lado da carne. A farofa estava bem seca, e quase não se sentia o sabor do parmesão, que geralmente é salgado e domina no paladar, mas não foi o caso. A vinagrete de feijão foi o melhor do prato. Ela deu frescor ao conjunto com um ótimo tempero, trazendo o feijão em uma textura mais consistente. O arroz branco era insosso e tornou o prato muito seco. Talvez um molho à parte fosse necessário. Para beber, fui de H2O Limoneto, garrafa de 500 ml (R$ 6,00).

Restaurante: Mercado 153 - Aeroporto
Endereço: Praça de Alimentação do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, Brasília, DF
Web: http://grupo153.com.br/
Wi-fi: disponível, mediante senha.
Data: 20/09/2016, terça-feira, almoço.
Valor total da conta: R$ 52,80, valor individual, incluído o serviço. Conta paga com cartão de débito.
Minha nota: 6.

domingo, 25 de setembro de 2016

BURGER HOUSE

Após ver uma excelente peça no Espaço Cena, a fome deu sinal de vida. Era noite de sábado. Na comercial da quadra 206, todos os finais de semana, em ambas as extremidades, tem ocorrido encontro de food trucks e feirinha de roupas e acessórios. Estávamos praticamente em frente. Decidimos dar uma volta na extremidade mais próxima do Eixinho L, local onde havia uma maior variedade. Eram nove food trucks de diversos formatos e tamanhos, sendo que quatro deles vendiam hambúrgueres. Um de suco, outro de carnes na parrilla, mais um de comida mexicana, outro de sanduíches feitos com pão de queijo e um de docinhos completaram o leque de opções. Olhamos todos e elegemos o Burger House, ressaltando que já conhecíamos o Geléia Burger e o Sucopira, mas queríamos algo novo. Neste food truck havia seis tipos de hambúrgueres, todos com nomes de carros possantes, como mustang ou cadillac. Para os tradicionais acompanhamentos, havia duas opções com batatas e uma com aros fritos de cebola. Para beber, refrigerante, suco em lata e chá mate também em lata. Escolhi o sanduba shelby e meu companheiro o gran torino. Ambos elegemos o combo, com sanduba, refri e batatas fritas. Ao fazer o pedido, fomos informados que o gran torino estava em falta. Fizemos então o mesmo pedido: dois combos shelby (R$ 30,00 cada um). Recebemos a nota e sentamos nas mesas de plástico em frente para esperar o pedido ficar pronto. Demorou uns quinze minutos. Quando chamaram o número 029, descobrimos que não havia Coca Cola Zero. Não nos foi informado isto quando do pagamento. Aceitaram substituir por um suco sem acréscimo, pois este era R$ 1,00 mais caro. Tanto sanduíche quanto a porção de batatas fritas são bem servidos, ou melhor, são bem grandes. No sanduíche, hambúrguer bovino artesanal de 200 gramas, queijo prato, alface americana, tomate, cebola picada, bacon rústico e molho teryaki. No meu caso, pedi para retirar o tomate, pois este ingrediente larga muita água, sujando bastante as mãos. O ponto alto do sanduíche é o hambúrguer. Bem cozido, de bom tamanho, com ótimo sabor. No entanto, o pão estava muito seco, parecia guardado há dias. E não sendo tostado, o gosto de velho ficava mais evidente. Nem mesmo a boa e suculenta mistura do molho teryaki, do bacon e da cebola picada conseguiram alterar ou amenizar o sabor seco do pão. O queijo era mero coadjuvante, pois a fatia era muito fina, quase não se sentia o seu sabor. E as batatas se revelaram totalmente dispensáveis, pois estavam frias, murchas e sem nenhum sabor.

Food truck: Burger House
Endereço: SCLN 206, estacionamento em frente ao Bloco A, Asa Norte, Brasília, DF
Web: https://www.facebook.com/bhousetruck/
Data: 17/09/2016, sábado, por volta de 22:15 horas.
Valor total da conta: R$ 60,00, para duas pessoas. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 5.


sábado, 24 de setembro de 2016

BAR BRAHMA

Sábado, almoço, feijoada, samba, amor, amigos, calor. Esta configuração é perfeita, mesmo com um calor de 37º C sendo registrado no termômetro em frente ao Bar Brahma. Chegamos por volta de 14:15 horas. Nossas amigas já estavam sentadas no salão principal. Prefiro ficar no terraço, ao ar livre, mas as mesas à sombra estavam ocupadas com duas comemorações de aniversários. Como o bar é todo aberto, sem paredes, uma brisa corria e amenizava o calor. Ao entrar, recebemos comandas individuais, o que facilita na marcação do consumo, bem como na hora de pagar, pois cada um pode se dirigir ao caixa e efetuar o pagamento, sem necessidade de esperar todos na mesa resolverem ir embora. Na comanda já indicava que a casa cobra couvert artístico de R$ 15,00 por pessoa. Shoe de Teresa Lopes e banda. clássicos do samba desfilaram em sua poderosa voz. Uma pequena pista de dança convidava os clientes a arriscar passos de samba, sozinhos ou em duplas; Alguns casais mostravam seus talentos em dança de salão. A música tinha volume acima do que gosto. Se quiser conversar em dia de música ao vivo, o salão interno não é o mais indicado, pois você tem que quase gritar para ser ouvido ou entendido. O cardápio da casa traz petiscos para compartir na mesa, bem típicos de bares, mas também traz alguns clássicos brasileiros como o filé oswaldo aranha, o barreado, o virado à paulista ou o picadinho. Para cada dia da semana, há um prato específico. No sábado, reina a feijoada, servida em buffet livre (R$ 55,00). Era minha vez de não beber. Assim, durante todo o período em que lá ficamos, bebi três latas de 350 ml cada de Pepsi Twist (R$ 5,10 cada uma). Antes de me servir da feijoada, fui ao buffet para pegar uma caneca de caldinho de feijão. Bem feito, quente, bem temperado. O cliente ainda pode colocar salsinha, cebolinha, cebola, bacon e alho frito conforme seu gosto. Estes ingredientes ficam disponíveis no buffet para cada um temperar seu caldo da forma que quiser. Depois de quase uma hora de bate papo e caldinhos, fui servir meu prato de feijoada. Carnes e embutidos estão em panelas separadas, deixando para o cliente decidir o que vai comer. No caso, coloquei uma colher de arroz branco para segurar a concha de feijão preto. Couve refogada (que estava fria), costelinha frita, paio, calabresa, lombo, charque, farofa e laranja completaram o meu prato. Gostei muito da costelinha, mas achei paio e calabresa sem graça. O lombo estava muito gorduroso, o que dá sabor ao prato, mas pesa no estômago e na consciência. É uma feijoada bem feita, mas fica longe de ser uma excelente feijoada. Bom lugar para ir em turma grande, para divertir, conversar e comer muito. Para quem gosta de beber chopp, os garçons não param de passar com bandejas recheadas de copos e tulipas de chopp, oferecendo nas mesas. Serviço simpático, com muita proximidade de garçom e clientes, mas sem forçar intimidades. Decidimos ir embora antes das amigas. Levantei, paguei a conta diretamente no caixa, recebi um cartão de liberação da saída e fomos embora ainda com a luz do dia. Fazia menos calor: 32º C.

Restaurante: Bar Brahma
Endereço: SCLS 201, Bloco C, loja 33, loja 06, Asa Sul, Brasília, DF
Telefone: +55 61 3224 9313

Web: http://barbrahmabrasilia.com.br/
Wi-fi: disponível, mediante senha.
Data: 17/09/2016, sábado, almoço.
Valor total da conta: R$ 77,33, valor individual, incluído o serviço. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 6.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

GRAND CRU

Além de ser uma loja de vinhos, a Grand Cru de Brasília tem um bom restaurante que agora oferece café da manhã aos sábados. Fomos conferir e gostamos. Chegamos por volta de 9:30 horas. Um dos pontos positivos do restaurante é a facilidade de estacionar. O horário em que chegamos é cedo para um sábado. Assim, havia lugar disponível tanto na varanda, quanto nos salões internos. Embora a varanda seja bem agradável, especialmente no final de tarde ou à noite, neste final de inverno seco de Brasília, estava um calor terrível. Preferimos ficar em ambiente com ar condicionado. O serviço é muito bom, com garçons prestativos, atentos e atenciosos. O cardápio é bem enxuto, estando escrito em um display colocado na mesa pelo garçom. Minha amiga tinha elogiado tanto o croque monsieur quanto os ovos beneditinos. Eu escolhi o primeiro, enquanto meu companheiro pediu os ovos benedict. Para beber, fui de suco de laranja (R$ 7,00). Ele pediu um suco de laranja e uma xícara de café com leite (R$ 4,50). O garçom perguntou se queríamos os sucos antes. Resposta afirmativa. Feito da fruta, saudável, mas precisava de gelo. Pedimos e fomos prontamente atendidos. Os pedidos demoraram um pouco para chegar. Enquanto esperávamos, curtíamos a música que vinha da feirinha que a Grand Cru promove nas manhãs de sábado com produtos orgânicos que se instala em um gazebo no lado direito do estacionamento. Um DJ era o responsável pelo set list de música brasileira calminha. O croque monsieur (R$ 29,00) era bem servido e bonito, assim como os ovos benedict (R$ 23,00). Meu companheiro achou o molho muito ácido, chamou o garçom e fez sua observação. Não titubearam nem um minuto, pedindo a ele que fizesse outra escolha, que foi um outro croque monsieur. Gostei muito do que comi. Fatias largas de pão, abundante molho bechamel e um presunto cru que não era salgado. Satisfaz bem até a um glutão. Em seguida, para terminar, pedi um café espresso (R$ 4,50), que estava muito bem tirado, com leve sabor amargo. Muito bom. Antes de ir embora, ainda fizemos compras na feirinha.

Restaurante: Grand Cru
Endereço: SHIS QI 9/11, Conjunto L, loja 06, Lago Sul, Brasília, DF
Telefone: +55 61 3368 6868

Web: www.grandcrubsb.com.br
Wi-fi: disponível, mediante senha.
Data: 17/09/2016, sábado, café da manhã.
Valor total da conta: R$ 89,10, para duas pessoas, incluído o serviço. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 8.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

MERCADITO

Restaurante: Mercadito
Endereço: SCLS 202, Bloco B, loja 34, Asa Sul, Brasília, DF
Telefone: +55 61 3536 2927

Web: https://www.facebook.com/mercaditobsb/
Wi-fi: disponível, mediante senha.
Data: 15/09/2016, quinta-feira, por volta de 20:00 horas.
Valor total da conta: R$ 405,57, para quatro pessoas, incluído o serviço e bebidas alcoólicas. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 6.


Enfim, fomos conhecer o bar mais badalado do momento em Brasília, o Mercadito. Nossas amigas chegaram cedo, por volta de 19 horas, para garantir lugar, o que somente conseguiram no segundo piso. A casa tem decoração moderna com clara referência a bares de Nova York. São três ambientes: um salão interno, logo na entrada, onde há um bar onde o gim é a estrela principal, um "quintal", nos fundos da loja, já em área pública, e um salão no segundo piso. Quando chegamos, uma mesa enorme celebrava o aniversário de uma jovem. Elas riam e falavam muito alto. Como o pé direito é baixo no segundo piso, aquele falatório reverberava nos meus ouvidos. Logo a casa encheu. O cardápio tem opções para petiscar, com comidinhas para dividir, sanduíches, alguns pratos para quem quer jantar, uma carta de vinhos com poucas opções, e uma ótima variedade de drinques, com destaque para o já mencionado gim. Recentemente a casa inaugurou uma parceria com a Aperol. Não tive dúvidas em pedir meu drinque favorito: Aperol Spritz (R$ 22,90), o clássico, já que há na carta uma versão da casa que leva morango. Drinque bem preparado, com apresentação também clássica, sem firulas. Como fazia muito calor, achei que poderia ter mais gelo no copo. Assim, solicitei mais gelo. Demoraram uma eternidade para trazer, e quando o fizeram, trouxeram em uma tulipa de chopp, sem nenhuma pinça para retirá-lo (aqui as referência novaiorquinas foram para o espaço). Tive que jogar o gelo na mão para colocá-lo na taça. Ficou melhor, mais refrescante, sem tirar o sabor amargo característico do Aperol. Com a bebida, bebemos água. O bar adotou uma prática que vem crescendo na cidade: não cobrar pela garrafa de água filtrada. Para acompanhar a bebida, pedi um fish and chips (R$ 40,90), uma das entradinhas para petiscar, enquanto os demais da mesa pediram um mercadito na lata (R$ 49,90), um trio composto por tataki de salmão, camarão ao bafo e vinagrete tropical de lula. Os dois pratos eram para dividir entre nós quatro.
Chegaram juntos à mesa. Tinham um belo visual e eram bem servidos, sendo que o fish and chips era mais atraente. Não me apeteceu o trio servido em latinhas de sardinha. Fui direto no peixe com batatas fritas. Foram servidas quatro porções, cada uma em uma taça contendo dois palitos de peixe frito empanado e batatas fritas cortadas na forma palito. Acompanhou o prato um potinho com maionese. Embora estivesse frio, o peixe estava bem feito, sequinho por fora, úmido por dentro, quase sem tempero, mas mergulhado na maionese, ficou a cara de Londres. Gostei muito e acabei por comer mais de uma porção. Pedimos outro pote de maionese. Trouxeram não só um pote, mas também um outro bowl com torradas, que era acompanhamento do mercadito na lata. Ao final, tudo cobrado na conta.
Depois, ainda pedimos um prato para também dividir. Foi o polvo a mercadito (R$ 49,90). Mais um prato com bela apresentação, com os tentáculos do polvo assado dispostos ao centro, acompanhados por tomate cereja assado, alho assado com ervas e batatas também assadas (no cardápio, a informação é de que as batatas são ao murro, mas elas vieram inteiras). No paladar, faltou tempero, faltou sabor. O ponto do polvo estava ótimo, mas estava insosso. Por fim, pedimos sobremesa, o cookie and ice. O garçom anotou o pedido e desceu. Uns vinte minutos depois, ele voltou dizendo que a sobremesa tinha acabado. Escolhemos outra, mas perguntamos se iria demorar o mesmo tanto que demorou para dizer que não havia os cookies. Ele respondeu que não. Só que demorou sim. Ele disse que era a cozinha que tinha demorado. Ressaltamos que para o cliente, não interessa saber de quem foi a demora. Este é um problema interno a ser resolvido pelo restaurante. Para quem está ali consumindo, a demora é de responsabilidade do restaurante e o garçom é o elo mais próximo entre o cliente e o restaurante.
Nosso novo pedido foi um churros de oreo (R$ 27,90). Também com bela apresentação, foram servidas seis unidades e um potinho com doce de leite. O próprio nome já diz tudo, são churros feitos com massa do famoso biscoito oreo. Estavam razoáveis, não eram muito doces, e também não estavam quentes.
A expectativa era grande antes de chegar, tive uma boa impressão no início que foi declinando até o final da noite. Creio que o serviço foi o principal responsável por este declínio.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

BABY BEEF RUBAYAT

Restaurante: Baby Beef Rubayat
Endereço: SCES Trecho 01, Lote 1 A, Asa Sul, Brasília, DF
Telefone: +55 61 3443 5000

Reserva: sim.
Web: http://rubaiyat.com.br/brasilia/
Wi-fi: disponível, mediante senha.
Data: 13/09/2016, terça-feira, por volta de 20:30 horas.
Valor total da conta: R$ 371,80, para duas pessoas, incluído o serviço, com bebida alcoólica. Conta paga em dinheiro.
Minha nota: 8.


Fez um ano que meu companheiro veio morar em Brasília. Saímos para um jantar de comemoração. Escolhi o Baby Beef Rubayat por motivos óbvios: ele é argentino e a carne do restaurante é muito boa. Fomos sem reserva, mas não tivemos problemas para encontrar lugar. A varanda, com linda vista para o Lago Paranoá, estava toda reservada para um evento. No salão principal, que é amplo, lindo, com pé direito alto e bom espaço entre as mesas, havia muito lugar. Escolhemos uma mesa redonda, feita com a tora de um tronco de árvore, rústico e moderno ao mesmo tempo. Serviço muito bom. Erraram em um drinque, mas corrigiriam de imediato. Como estava dirigindo, eu só bebi refrigerante. Para ser mais exato, tomei duas latas de Schweppes Citrus Light (R$ 8,50 cada uma) durante todo o jantar. Aceitamos o generoso couvert da casa (R$ 23,00 por pessoa), que é reposto quantas vezes o cliente pedir. O couvert varia sempre. Nesta noite, serviram uma versão da salada caprese (tomate, manjericão e mussarela de búfala), cenoura cozida com escabeche de frango, e berinjelas assadas salpicadas com queijo parmesão, pão com castanhas assado na casa, manteiga e azeite. Também serviram pão de queijo e pão de polvilho. Este último é uma perdição de tão bom. Tem gosto de biscoito de polvilho, mas a consistência de um pão de queijo. Levemente salgado, com a manteiga ficou sensacional. Outro destaque do couvert foi a berinjela assada. Estava desmanchando na boca, com um tempero maravilhoso. O frango era meio sem graça. E a salada caprese não tinha nada de novo, com seu sabor refrescante. O pão tinha um gosto levemente azedo, por causa da fermentação, fato que aprecio muito. Com azeite ficou muito bom. Pedimos para repor tanto o pão de queijo, quanto o pão de polvilho, mas o garçom repôs tudo. Durante a segunda rodada, fizemos nosso pedido. Decidimos dividir uma opção da seção "pratos tamanho família", que, segundo a carta, serve de duas a três pessoas.
Escolhemos o mixed grill (R$ 231,00), um combinado de carnes e vegetais grelhados, acompanhados por arroz ou farofa. No caso, pedimos farofa. Enquanto esperamos, apreciamos a reposição do couvert, mas não pedimos a terceira rodada, pois queríamos saborear as carnes e legumes grelhados. O prato principal chegou à mesa bem quente. Foi servido em uma chapa de ferro embutida em uma vasilha retangular de madeira. Saía fumaça e um cheiro de asado invadiu o ar. Na chapa, cortes de bife de chorizo, baby pork (leitão), frango caipira, linguiça de lombo, costela suína, tomate, cebola, pimentão verde, pimentão vermelho, batata, abobrinha e berinjela. Numa panelinha à parte, veio a farofa de ovos, também muito bem servida, mas sem umidade. Estava muito seca. O garçom colocou na mesa duas outras panelinhas de alumínio contendo molho chimichurri e molho de pimenta. Do couvert, ficou na mesa a tábua com o pão com castanhas. Carnes macias, suculentas (a exceção ficou com a linguiça de lombo, que era bem seca, mas com o molho chimichurri ganhou a umidade que precisava), temperadas somente com sal grosso. Legumes deliciosos. Claro que não conseguimos comer tudo. Couvert + prato tamanho família são suficientes para servir quatro pessoas. Embora havia um tentador folder da tarte tatin da casa na mesa, tivemos que pular a sobremesa.

Pedimos café espresso, no meu caso, descafeinado. Café do Sul de Minas. Junto com o café, um festival de mini docinhos, que incluía macarron, zest de laranja e limão, doce de leite de barra, trufa de chocolate e tuile de amêndoas, a minha preferida. Foi uma ótima comemoração.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

PASTEL MIX

Há lugares que eu gosto, mas por algum mistério, esqueço que ele existe. É o caso da Pastel Mix, na Asa Sul. Só lembro dela quando passo na porta. Na noite de sábado, dia 10/09/2016, estávamos indo para o teatro, quando errei a quadra que tinha que ir, entrando justamente na quadra em que fica a pastelaria. Como tinha um tempo relativamente folgado, decidimos parar para comer alguma coisa. Demos sorte, pois só havia uma mesa vazia. Assim que nos sentamos, uma fila de espera começou a se formar. Como o lanche geralmente é rápido, a fila também anda de forma célere. As mesas ficam no vão entre dois blocos, com uma decoração que privilegia a cor amarela e elementos bem brasileiros, como os apliques nas paredes que lembram o tecido chita, cheio de flores. O atendimento é simpático, eficiente, correto. Perguntada se demorava, a garçonete foi sincera ao dizer que a casa estava cheia, motivo pelo qual um pedido poderia tardar uns quinze, vinte minutos. Pedimos apenas um pastel cada um, já que eles são grandes. Para beber, fui de Coca Cola Zero (R$ 4,65 a lata de 350 ml). O cardápio é bem extenso, com muitas opções de recheios salgados e doces. Além dos pastéis, também há tapiocas, açaí, sucos e versões mini dos pasteis. Escolhi um pastel de tamanho normal recheado com queijo, calabresa, tomate fresco e orégano (R$ 8,15). Os pasteis chegaram em vinte minutos à nossa mesa. São servidos em um cesto, e chegam quentes, sem escorrer óleo da fritura, o que é um ponto super positivo. Massa deliciosa, bem cozida, com consistência para segurar o recheio sem deixá-lo cair. A combinação dos ingredientes estava muito harmônica, sem nenhum se sobressair. A linguiça calabresa sempre é mais salgada, mas o tomate e o orégano neutralizaram o possível excesso de sal, garantindo o frescor do pastel. Muito bom. Deu vontade de pedir outro, mas nosso tempo era limitado. Saímos com a certeza que voltaremos várias vezes.

Restaurante: Pastel Mix
Endereço: SCLS 107, Bloco C, loja 30, Asa Sul, Brasília, DF
Telefone: +55 61 3244 0562

Reserva: não. Há fila de espera nas horas de pico.
Web: https://www.facebook.com/Pastel-Mix-107-sul-382051758540612/
Data: 10/09/2016, sábado, por volta de 20:15 horas.
Valor total da conta: R$ 27,39, para duas pessoas, incluído o serviço e sem bebida alcoólica. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 8.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

CANTUCCI BISTRÔ


Restaurante: Cantucci Bistrô
Endereço: SCLN 403, Bloco E, loja 3, Asa Norte, Brasília, DF
Telefone: +55 61 3328 5242

Reserva: sim
Web: http://cantucci.com.br/
Wi-fi: disponível, mediante senha, mas é bem fraca.
Data: 05/09/2016, segunda-feira, jantar, quando chegamos por volta de 21:30 horas.
Valor total da conta: R$ 132,77, para duas pessoas, incluído o serviço e sem bebida alcoólica. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 4.

O local tinha tudo para nós termos uma boa experiência. Decoração simpática, aconchegante, com samambaias choronas pendendo do teto, música em volume adequado e tranquila, cardápio interessante, com preços razoáveis. No entanto, serviço e comida me decepcionaram. Fora o fato de um cheiro de cigarro que incomodava. A mesa em que o cliente fumava estava bem distante da nossa, em área ao ar livre, mas o vento tocava a fumaça justamente para o lado das mesas que ficam no amplo salão em ambiente visivelmente invadido. Pedimos para trocar por três vezes nossos copos, pois ao colocar o refrigerante, bolinhas de isopor boiavam na medida em que o refri subia no copo. Reclamamos e o garçom nos disse que o recipiente de gelo tinha quebrado e eles estavam usando uma caixa de isopor. O cuidado para não servir copos com elementos estranhos ficou na intensão. Pedimos entrada e prato principal. Ambos demoraram muito a chegar. Notei que uma mesa que chegou uns quinze minutos depois que já tínhamos feito nosso pedido, recebeu seus pratos antes dos nossos.
Entrada: bolinho de rabada (R$ 23,00) - naturalmente servido em porção com cinco unidades, fizeram uma concessão à nossa mesa, servindo seis bolinhos feitos com rabada, acompanhadas por cebola caramelizada e geleia de rabada. Os bolinhos estavam sequinhos por fora e por dentro, o que foi um ponto negativo. Faltou suculência a eles. Também não gostei da geleia ser de rabada, pois era mais do mesmo. Poderia ser algo mais contrastante, como uma geleia mais adocicada ou com pimenta.
Prato principal: filé três mostardas (R$ 43,00) - medalhões de filé mignon ao molho de três mostardas (que até hoje não consegui saber quais eram, pois nem cardápio nem garçom souberam esclarecer), acompanhados por batatinhas selvagens assadas com cebolas douradas na manteiga. Para mim, de selvagem as batatas nada tinham, pois pareciam comuns, destas que se compram nos supermercados. A cebola dourada compareceu em participação mínima, quase imperceptível. A carne, para completar, estava bem dura, difícil de ser cortada com a faca Nem parecia um filé. De quebra, o visual do prato era bem feio.

domingo, 18 de setembro de 2016

BURGER KING - 201 NORTE

Restaurante: Burger King
Endereço: SCLN 201, Bloco C, lojas 16/18, Asa Norte, Brasília, DF.
Web: http://www.burgerking.com.br/
Wi-fi: disponível, mediante senha.
Data: 03/09/2016, sábado, por volta de 22 horas.
Valor total da conta: R$ 55,80, para duas pessoas. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 6

Há muito venho notando que o atendimento nas grandes redes de fast food estão em uma curva descendente sem fim. E isto constatei quando fui lanchar em uma noite de sábado na unidade do Burger King da Asa Norte. Apesar do adiantado da hora, o local estava com muita gente nas mesas. O que me chamou a atenção foi a sujeira do chão e das lixeiras que ficam no salão para os clientes despejarem o que sobrou de suas bandejas. Nas mesas vazias, muitas bandejas por cima das outras, piso molhado com refrigerante e nenhum empregado se mexendo para melhorar o visual da loja. Na fila, foi um horror. Uma lentidão sem fim. O caixa estava mais preocupado em ouvir o que um cliente reclamava com outro empregado do que registrar meu pedido. Como não estava ligado na fila, claro que foi anotado de forma errada. Mais uma demora para a correção. Tão logo concluiu o nosso pedido, que foi o mesmo para nós dois: um combo Whooper Duplo, consistindo de um sanduíche Whooper Duplo (pão com gergelim, dois hambúrgueres de carne bovina, duas fatias de queijo, picles, alface, tomate, cebola, maionese e ketchup), batatas fritas e refrigerante, que no caso, é vendido na forma de refil, ou seja, por um período determinado (acho que são 30 minutos), o cliente se serve quantas vezes quiser na máquina de auto atendimento. Servimo-nos de refri e ficamos aguardando o nosso número ser chamado. Demorou uns quinze minutos. Gritaram o número, pegamos a bandeja e notamos que os dois sanduíches estavam errados. Colocaram um Whooper simples. Reclamamos, pediram desculpas pelo equívoco e nos deram o sanduíche correto. Uma fila se formou no caixa lento enquanto comíamos. O sanduíche é melhor do que o do McDonald's, pois o hambúrguer é grelhado, tendo mais sabor. As fritas estavam incrivelmente bem feitas, crocantes e bem amarelas. Não desprezo as grandes redes de fast food, mas o serviço ruim está fazendo com que eu pense muitas vezes para retornar em uma delas.

sábado, 17 de setembro de 2016

V. CAFÉ - LIVRARIA CULTURA CINE VITÓRIA

Era segunda-feira pós Olimpíadas. Feriado no Rio de Janeiro. Centro vazio. Depois de almoçar no Amarelinho, fomos conhecer a unidade da Livraria Cultura que fica na região da Cinelândia. Instalada onde funcionou o imponente Cine Vitória, a Cultura preservou os elementos art déco do edifício, e num emaranhado de rampas, escadas e escadas rolantes, ficam livros, discos, artigos da cultura pop, teatro, espaço gourmet e um café. Paramos no V. Café, da rede Viena, para tomar um cafezinho. Não estava cheio, mas tinha um público que lia livros ou revistas "emprestados" das estantes da livraria, enquanto apreciavam uma bebida ou uma comidinha. Ao ver a vitrine de doces, fiquei com vontade de comer uma torta de nozes com cobertura de chocolate. Pedi dois espressos e uma fatia da torta para dividir com meu companheiro. Café da marca mineira Três Corações, muito bem tirado, com sabor levemente tostado, perfeito para acompanhar a torta que escolhemos. Esta, por sua vez, era bem úmida, embora a massa me lembrou um pão de ló. Se sentia o sabor das nozes. A cobertura era feita com chocolate levemente amargo. Gostamos desta parada no V. Café. Conhecemos a Livraria Cultura, vimos as novidades em matéria de guias gastronômicos, e saboreamos um bom café.

Restaurante: V. Café
Endereço: Rua Senador Dantas, 45, Livraria Cultura Cine Vitória, Centro, Rio de Janeiro, RJ.
Telefone: +55 21 3916 2600

Wi-fi: disponível, mediante senha.
Data: 22/08/2016, segunda-feira, café da tarde.
Valor total da conta: R$ 16,00, total para duas pessoas, sem serviço e sem bebida alcoólica. Conta paga em dinheiro.
Minha nota: 7.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

DA SILVA

Restaurante: Da Silva
Endereço: Avenida Ataulfo de Paiva, 270, loja 105, subsolo, Rio Design Leblon, Leblon, Rio de Janeiro, RJ
Telefone: +55 21 2540 5035
Data: 21/08/2016, domingo, almoço tardio, por volta de 16 horas
Valor total da conta: R$ 135,47, para duas pessoas, incluído o serviço e sem bebida alcoólica. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 7.


Ambiente aconchegante, com paredes em tijolo aparente e predominância da cor laranja. Serviço de buffet a quilo no almoço. Quando chegamos, fomos avisados na entrada que não estavam mais repondo a comida, sinal de que estava no final do expediente. Olhamos o que ainda havia nas panelas no buffet e decidimos ficar. O restaurante é especializado na gastronomia portuguesa, com destaque para o arroz de pato, o arroz de polvo e vários pratos preparados com bacalhau. Os doces portugueses também são famosos no Da Silva. O valor do quilo é o mesmo, tanto para pratos salgados, quanto para doces. No domingo, estava R$ 79,90. Buscamos um lugar para acomodar seis pessoas. Todos com comandas individuais nas mãos. Para beber, pedi ao garçom que veio à mesa uma lata de 350 ml de Coca Cola Zero. No buffet, coloquei um pastel frito de carne, uma porção de arroz de pato e outra de bacalhau espiritual. O pastel estava seco, talvez pelo tempo que ficou exposto no buffet. Em compensação, mesmo em final de "feira", o arroz de pato estava delicioso. Bem úmido, com muita carne de pato, com temperos que lhe elevaram o sabor. O bacalhau espiritual estava quase um creme, mais consistente. Tinha bom sabor, mas não mexeu com minha cabeça. Em seguida, fui para os doces. Coloquei um pouquinho de cinco diferentes doces, quatro deles feitos à base de ovos, com destaque para a sericaia, feita com ovo e muita canela. Estava deliciosa, suplantando os demais docinhos. Também gostei do torresmo do céu, outro doce conventual, feito com amêndoas e ovos entre seus ingredientes.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

O BISTRÔ ESCONDIDO

Depois de muito ensaiar ir e não concretizar a ida, consegui jantar no restaurante O Bistrô Escondido. Lugar simpático, localizado no subsolo de um bloco comercial no final da Asa Norte. Chegamos pouco depois das 22 horas de uma sexta-feira. Havia muitas mesas ocupadas, especialmente as que ficam nos ambientes mais próximos da entrada. Escolhemos uma mesa confortável no salão interno. Garçom muito atencioso, respondendo todas as nossas perguntas e dando sugestões de entradas. Para beber, apenas uma lata de 350 ml de Coca Cola Zero. Começamos dividindo uma entrada quente, que tem o gracioso nome de Póquim de Cada (R$ 29,90). O pedido não tardou a chegar. Em uma pequena bandeja de porcelana branca vieram três versões em tamanho reduzido de iguarias regionais brasileiras. Eram dois bolinhos de galinhada preparados com arroz, frango desfiado e pequi, que estavam muito saborosos, bem sequinhos por fora, com crosta crocante, bem empanados, recheio abundante, bem temperados. Meu medo era em relação ao sabor do pequi, que poderia estragar todo o quitute. No entanto, estava bem moderado, sendo mais um complemento do que o dominador do recheio. Muito bom. Ainda havia dois copinhos com caldos de abóbora japonesa com pimenta de cheiro do cerrado. Para mim, a abóbora japonesa não tem muito sabor e necessita bons temperos para que ela cresça, ou mesmo apareça, no paladar. Ao usar a pimenta de cheiro, outro ingrediente sem muito sabor, mas bem aromático, o caldo ficou sem vida, insosso. Estava quentinho, mas não me agradou. Por fim, uma porção de escondidinho de charque com macaxeira, gratinado com requeijão cremoso. Recheio bem temperado, úmido, com ótimo sabor. Estava tão bom que resolvi pedir um escondidinho como prato principal. O carro chefe da casa é o escondidinho, que domina o menu, com oito opções salgadas e quatro doces.
Depois de titubear entre o Vegê (R$ 45,90), que acabou sendo a escolha de meu companheiro, e o Da Roberta (R$ 49,90), escolhi este último. Demorou um pouco a chegar. Quando veio, estava quente, em porção bem servida. O meu era bem aromático, mas quando dei a primeira garfada e o levei à boca, não gostei. O escondidinho era de camarão refogado com molho de tomate preparado na casa, coberto com quibebe de abóbora japonesa e roquefort gratinado. Não gostei da combinação e nem dos ingredientes experimentados de forma separada. Faltava consistência ao quibebe (creio que com abóbora moranga seria melhor), o camarão tinha um sabor que não me agradou, parecendo que foi frito em gordura velha, e o roquefort estava em quantidade demasiada, fato que deixou o gosto do escondidinho dominado pelo queijo. Enquanto isto, meu companheiro era só elogios para seu Vegê. Ao provar meu prato, ele disse que trocava comigo, pois tinha achado o meu escondidinho bom. Não tive dúvidas e troquei imediatamente. O escondidinho vegetariano era outra coisa no paladar. Feito com cogumelos paris e shimeji frescos, com molho de soja em quantidade bem delicada, sem deixá-los salgados em demasia, cobertos com musseline de batata baroa trufada e queijo grana padano gratinado. Musseline com sabor forte por ser trufada, com leve adocicado devido à doçura natural da baroa. O queijo estava em quantidade exata, sem seu sabor se sobrepor aos demais ingredientes. Assim que comi, conclui que tinha feito a opção errada ao eleger o escondidinho com camarão. Ainda bem que pude fazer a troca de pratos com meu companheiro, pois gostei muito do escondidinho de cogumelos. Foi uma experiência razoável, apesar do prato que não gostei.

Restaurante: O Bistrô Escondido
Endereço: SCLN 213, Bloco B, loja 33, subsolo, Asa Norte, Brasília, DF
Telefone: +55 61 3546 7460

Reserva: sim
Web: http://www.obistroescondido.com.br/
Wi-fi: disponível, mediante senha.
Data: 02/09/2016, sexta-feira, jantar.
Valor total da conta: R$ 165,55, para duas pessoas, incluído o serviço e sem bebida alcoólica. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 6.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

LISBOA MARINA

O jantar de congraçamento do evento que participei em Lisboa foi no restaurante Lisboa Marina, localizado no lindo Parque das Nações. Marcado para ter início às 19:30 horas, quarta-feira, dia 31 de agosto. Cheguei no horário, pois fui mais cedo para a região apreciar o visual e fazer mais uma visita ao Oceanário de Lisboa, por sinal, um espetáculo de lugar. Quando entrei no restaurante, vi várias mesas juntas em forma de um "ele" (L). Era nossa mesa. Grupo de mais de vinte pessoas. O restaurante fica na antiga marina da cidade, no primeiro piso, tendo um lindo visual, especialmente no final do dia, quando o por do sol é um espetáculo à parte. As mesas ficam dispostas tanto no salão central, que é muito grande, e na varanda, onde ventava muito. Nossa mesa estava no salão interno, onde uma ótima trilha sonora, em volume adequado, embalava a noite. Às 20 horas, todos já estavam a postos e começaram a servir vinho, tanto branco, quanto tinto. O curioso é que os garçons serviam as mulheres e deixavam as garrafas na mesa, deixando os homens de taças vazias. Já sabia o que comeria como prato principal desde o primeiro dia do evento, pois  cada um teve que escolher entre filé de peixe frito ou arroz de pato. Escolhi arroz de pato, comida típica portuguesa da qual gosto muito. Enquanto aguardava a comida, comia pão com azeite ou manteiga, que estavam servidos em cestos espalhados pela mesa, pois tinha muita fome. Na medida que o tempo passava, as pessoas iam falando mais alto, devido às taças de vinho ingeridas, e nada da comida chegar. Enfim, chegaram pratinhos com legumes fritos e uma salada com queijo. Os legumes estavam encharcados em gordura, mas tinham um ótimo tempero. Depois de muito reclamar, o prato principal foi servido por volta de 22:30 horas. Detalhe: algumas pessoas na mesa ficaram esperando mais tempo, pois erraram na quantidade a servir. Felizmente, meu prato chegou na primeira leva.
Quando colocaram na minha frente, confesso que estranhei muito aquele arroz avermelhado, sinal de que havia molho de tomate por ali. O prato era bem servido, com muito arroz e pouco pato. Salada de alface e tomate era um dos acompanhamentos que nada combinava com o principal. E misturado ao arroz e ao pouco pato desfiado, cubinhos de cenoura cozida, outro ingrediente bem incomum a esta iguaria portuguesa. Para finalizar as coisas estranhas, uma rodela de laranja completou os ingredientes do prato. Tudo muito inusitado. Fiquei a pensar se não seria uma releitura, mas conclui que de releitura não tinha nada.  No quesito sabor, muito gosto de molho de tomate. A carne de pato estava bem seca. Definitivamente não gostei. Serviço fraco, lento e comida fraca.


Restaurante: Lisboa Marina
Endereço: Passeio dos Navegadores, Edifício Nau, loja 41, 1º andar, Área Comercial Marina Parque das Nações, Lisboa, Portugal.
Telefone: +351 914 037 068
Web: http://www.lisboamarina.pt/
Data: 31/08/2016, quarta-feira, jantar
Valor total da conta: jantar incluído no evento do qual participei
Minha nota: 4.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

O TALHO

Encontrei o restaurante O Talho por acaso. Era segunda-feira, perto de 21 horas. Estava fazendo compras no El Corte Inglés de Lisboa. Terminada as compras, decidi voltar para o hotel caminhando. Estava na passagem subterrânea da Estação São Sebastião do metrô. Ao sair, dei de cara com o restaurante. Achei interessante o desenho no carro que estava parado em frente, de propriedade dO Talho. Sem saber nadinha do local, resolvi que ali seria meu jantar. Mudei de ideia quanto a voltar a pé para o hotel, e entrei no restaurante. Uma simpática atendente perguntou se eu tinha reserva, o que não tinha. Havia lugar. Ela pediu para esperar um pouco no próximo ambiente. Era um açougue (talho, como dizem os portugueses, daí o nome do restaurante). Cortes de carnes, hambúrgueres e produtos elaborados pelo chef Kiko Martins estavam expostos. Havia gente comprando carne. Lugar limpo, bem decorado, agradável de se ficar. Não esperei cinco minutos e já me levaram para o salão principal, cuja iluminação era mais baixa. Estava bem cheio. O atendimento é muito bom. Garçons simpáticos, que entendem todo o menu, explicam cada prato, tiram dúvidas, conversam, dão dicas. A carta é enxuta, com vinte e duas opções divididas em entradas, principais e sobremesas. Não pedi nada de álcool. Durante o jantar, bebi duas latas de 330 ml cada uma de Coca Cola Zero (€ 2,35 cada). Vi que os garçons saíam com croquetes a toda hora da cozinha, assim como um tartare. O garçom me disse que eram os carros chefes da casa. Queria comer os dois, mas gostei de outros itens do menu. Ao conversar com o garçom, ela me sugeriu fazer o menu degustação (€ 48,50), que consistia de seis pratos, sendo quatro deles imediatamente identificados para mim e dois surpresa, mas dentro do cardápio. Todos os pratos do menu degustação estão no menu, mas são servidos em quantidades menores. Junto com o pedido, o garçom anotou minhas restrições alimentares: espinafre, morango e ostras. Pedi a senha do wi-fi. Ela reflete bem a comida praticada pelo chef Kiko Martins: comer o mundo. Embora enxuto, o cardápio faz um passeio por sabores e texturas de várias partes do mundo, com um olhar muito particular do chef.
Antes de começar a degustação, ofereceram o couvert (€ 2,65). Aceitei. Cesto com três tipos de pães, todos preparados ali mesmo, pasta de grãos cozidos (predominava o grão de bico no sabor); pasta de ricota, tomate seco, anchovas e salsinha, e manteiga de gengibre, alho, salsinha e saten foram colocados na mesa. A focaccia estava fresca, macia, salgadinha e combinou bem com a manteiga, que tinha um leve sabor ardente. O pão tostado era bem crocante e foi bem com todas as pastas e a manteiga. Já o pão indiano feito com lentilhas não me agradou. Era bem fininho, quase uma lâmina crocante e quebradiça, mas tinha um forte sabor de gordura.
Em seguida, chegou o abre bocas: um aperitivo, servido em copinho de vidro. Era frio, feito com maracujá, laranja e aipo. Muito refrescante e aromático, preparou o paladar para toda a sequência que viria.
O primeiro que chegou foi o croquete de cozido português, preparado com carnes usadas para fazer o cozido português, ou seja, carnes com muita fibra e cozidas por um longo tempo, hortelã, e servido com uma maionese de chouriço (aqui entenda chouriço como linguiça). Sensacional. Crocante por fora, dourado, sequinho, e muito macio por dentro. O garçom explicou que era um mimo do chef e não integrava a sequência de seis pratos. Pena que veio apenas uma unidade. Para se comer de baciada!
Enfim, o menu degustação teve início com um ceviche, quando o chef aproveita para fazer uma ligação com seu outro restaurante, A Cevicheria. Bonita apresentação, como todos os demais pratos, aromático, o ceviche era de corvina, o peixe branco do dia, purê e chips de batata doce, cebola roxa cortada em tiras, algas e leite de tigre. Estava menos ácido do que costumo comer no Brasil. Peixe cortado em tamanhos maiores, bem marinados, muito saboroso.
O outro carro chefe de O Talho é seu tartare, que os portugueses chamam de tártaro. Foi o segundo prato da degustação a chegar. O garçom trouxe os ingredientes com linda apresentação e terminou o preparo em minha frente. A carne estava cortada na ponta de faca e apresentada em formato redondo com uma gema caipira por cima. Segurando a carne, duas folhas de alga nori. Por baixo do tartare, havia uma mousse de rábano. Ao lado, um vidrinho com um shot de vodca. O garçom quebrou a gema, misturou-a com carne, que era de novilho, e a mousse, jogando nesta mistura metade da vodca. Terminou envolvendo uma parte do preparo em uma folha de alga nori, fazendo uma espécie de sushi. No menu dizia que este prato era acompanhado por fritas, mas elas não foram servidas. Como na mesa ao lado também estavam fazendo o mesmo menu e não receberam as batatas, deduzi que vinham apenas quando o pedido era feito fora do menu degustação. O sabor do tartare era divino. Comer com ou sem a alga em nada alterou o seu sabor. Para se comer muitas vezes.
O terceiro prato a chegar foi o foie gras magrebino. Consistia de foi gras com especiarias, bolo de tâmara, kunquat e mousse de limão. Um cestinho de pão tostado acompanhou o prato. Quando li o menu, pensei que era muito sabor diferente em um mesmo prato e isto poderia prejudicá-lo. Ao experimentar, confirmei minha suspeita. Muito sabor, muita textura brigando no paladar. O tal kunquat nada mais era do que laranjinha kinkan confitada. A mousse de limão veio servida dentro de um bolinho redondo frito. Ela não tinha nenhum gosto e o bolinho tinha um sabor de gordura muito agressivo, o que aumentou ainda mais quando coloquei um pedaço do foie gras na boca. O prato se revelou enjoativo. Foi a nota dissonante do menu.
Chegou a vez do quarto prato e último que sabia previamente. Magret asiático. Com cores vivas e vibrantes, foi servido um magret de canard fatiado, em ponto perfeito, sobre um leito de bolinhas de tapioca (sagu) banhada em caldo de bacon defumado. Ainda no prato, um purê de berinjela com missô e gomos de laranja levemente adocicados. Um tempero asiático estava polvilhado no prato. A tapioca estava divina. A harmonia dos sabores foi perfeita, bem diferente do prato servido anteriormente.
O quinto prato era o último salgado. Era um borrego tandoori. Prato bem servido, com carne de borrego (carneiro de tenra idade), pão naan, chutney de frutas, mousse de iogurte natural e salada fria de lentilhas. Que prato bom! De lamber os beiços depois de terminar. O naan estava bem tostado e foi perfeito com o chutney. Sabores contrastantes que não brigaram entre si. Carne bem cozida, com ótimo tempero, sem ter aquele gosto forte de cordeiro. A salada fria de lentilhas e o iogurte deixaram o prato com o frescor necessário. Fechou a parte salgada com chave de ouro.
Por fim, a sobremesa, erva príncipe e goiaba. Outro prato com linda apresentação. A erva príncipe é de sabor cítrico e estava servida em massa de arroz crocante, que me lembrou um mandiopã no sabor e na sensação de algo estourando quando em contato com a saliva. Sorvete de goiaba leve, simples, sem água por dentro, massa consistente. Dois cremes brulée de limão bem gelados compunham o prato.
Finalizei com um café espresso Nespresso (€ 1,50), muito bem tirado.

Restaurante: O Talho
Endereço: Rua Carlos Testa, 1B, Praça de Espanha, Lisboa, Portugal.
Telefone: +351 21 315 4105 
Web: https://www.facebook.com/OTalhoChefKiko/
Data: 29/08/2016, segunda-feira, jantar
Valor total da conta: € 60,00, incluído o serviço e sem bebida alcoólica. Conta paga em dinheiro.
Minha nota: 8.