A experiência: a tradição falou alto na escolha do restaurante para jantar no nosso primeiro dia em Vila Velha, onde fomos visitar uma grande amiga e sua família. Ficamos hospedados na casa dela e queríamos comer uma moqueca capixaba. Afinal, o slogan repetido como um mantra no Espírito Santo é "moqueca só capixaba, o resto é peixada". A poucos metros do prédio onde ela mora, na Praia da Costa, fica o Restaurante Atlântica, que existe desde 1967, data estampada até no guardanapo de papel personalizado da casa. Outro orgulho do restaurante é ter criado a receita do camarão no coco, prato que consta do menu de quase todos os restaurantes especializados em peixes e moquecas da região. O local é simples, decorado com motivos praianos e com as paredes lotadas de quadros de pintores locais que estão à venda. Chegamos por volta de 21 horas. Havia muita mesa disponível, mas as que ficam mais próximas das janelas estavam todas ocupadas por grupos grandes de amigos ou por famílias. Turistas e locais. Pedi uma lata de 350 ml de Coca Cola Zero (R$ 5,00) para beber, enquanto os demais da mesa pediram uma garrafa de água mineral sem gás de 300 ml (R$ 3,00), uma garrafa pequena de cerveja Therezopolis (R$ 17,50), e uma jarra de 700 ml de suco de laranja (R$ 15,00). Meu companheiro, com muita fome, pediu um risole de camarão (R$ 5,00), do qual ele elogiou a massa e o recheio, embora achou os camarões bem pequenos. Para os pratos principais, pedimos os clássicos do local: camarão no coco (R$ 127,80) e moqueca de badejo (R$ 137,80). Todos os pratos servem muito bem duas pessoas. A moqueca tem como acompanhamento arroz branco, pirão de peixe e moquequinha de banana da terra. Os pratos demoraram cerca de meia hora para chegarem à mesa. Enquanto aguardava, percebi que a maioria dos pedidos das demais mesas era o tal camarão no coco. A moqueca chegou fumegante, mas quase não se sentia seu aroma. Foi servida, como deve ser, na panela de barro preta, típica do Espírito Santo. O camarão no coco foi acompanhado por arroz branco e batata francesa. Ele foi servido dentro de um coco verde, com creme de coco. Seu aroma exalava coentro. Como até aquela data eu não estava comendo camarão, experimentei um pouco do creme. Ele era espesso, bem cremoso, com sabor forte de leite de coco, mas o coentro, que já dominava no aroma, também dominou no paladar. Uma lástima. Foquei na moqueca. Minha amiga a experimentou primeiro e logo foi dizendo que estava péssima, muito mal feita. Ela é experiente e uma exímia cozinheira. O badejo estava cozido no ponto certo, veio em abundância, mas faltava sabor ao todo. Parece que esqueceram os temperos da moqueca. Estava sem graça. O que salvou foi a moquequinha de banana, pois o sabor da banana da terra cozida equilibrou o prato, não deixando o coentro dominar. Foi o melhor da noite. Também comi a tal batata francesa, um tipo de batata palha, cortada mais grossa e frita. Estava gostosa. O atendimento foi muito bom, digno de registro, sendo a garçonete muito simpática e cordial. A casa tem wi-fi disponível para os clientes, mediante senha.
Restaurante: Restaurante Atlântica
Restaurante: Restaurante Atlântica
Endereço: Avenida Antônio Gil Veloso, 80, Praia da Costa, Vila Velha, ES.
Telefone: +55 27 3320 2341
Data: 23/03/2017, quinta-feira, jantar.
Valor total da conta: R$ 342,21; para cinco pessoas, incluído o serviço. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 5.
Minha nota: 5.
Achei muito bom o seu comentário quanto ao coentro que no meu parco saber é como o pimentão, senão souber dousar rouba o sabor do elemento principal do prato. Acho que deveria vir a parte e se colocado a vontade.
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