MONTSERRAT GASTRONOMIA

Na nossa primeira noite em Pirenópolis, eu fui o responsável por escolher o restaurante. Há muito que queria repetir uma experiência que tive alguns anos atrás. Depois de um esquenta no início da noite de sexta-feira na Rua do Lazer (Rua do Rosário), pegamos o carro e nos dirigimos para as margens do Rio das Almas, rio que corta a cidade. Ali se localiza o Montserrat Gastronomia.

Restaurante: Montserrat Gastronomia

Endereço: Rua Ramalhuda, 10, Centro, Pirenópolis, GO.
Telefone: +55 62 3331 2628

Wi-fi: disponível, mediante senha fornecida pelos garçons.

Data: 29/07/2016, sexta-feira, por volta de 21 horas.

Mesa: éramos quatro pessoas sem reserva. Embora estivesse cheio, havia uma mesa disponível na varanda, onde fazia frio, e outra no salão interno, local que preferimos ficar.
Ambiente: restaurante aconchegante, repleto de obras de arte de artistas brasileiros, especialmente aqueles radicados em Brasília ou em Goiás. São dois ambientes: uma varanda, ótimo lugar para noites mais quentes, e um salão interno, onde está a maioria das mesas.

Especialidade: culinária contemporânea, com destaque para a gastronomia praticada na Europa Mediterrânea, em especial a espanhola, país de origem do chef Juan Pratginestós.

Cardápio: o menu mistura pratos com influência clássica europeia com a cozinha brasileira, com ênfase na praticada em Goiás, resultando em releituras interessantes como o camarão com chuchu, ou pratos originais. Para quem é colecionador, o restaurante faz parte da Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança. Há uma enxuta, mas boa carta de vinhos.
Serviço: atencioso, cortês, o chef veio à mesa saber como estavam os pratos. O garçom foi prestativo, respondendo todas nossas perguntas sobre as opções do menu. Os pratos não demoraram a chegar. Um fato que me chamou a atenção foi que os pratos são levados às mesas pelas cozinheiras e não pelos garçons. E não há música ao vivo!

O que bebi: uma lata de 350 ml de Coca Cola (R$ 5,00).

O que comi: escolhi a sugestão do dia, o cozido à moda do Montserrat (R$ 49,00). Quando o prato foi colocado em minha frente, confesso que não gostei do visual, que era muito esmaecido. Faltava cor. No entanto, o aroma era muito agradável. Foi servido em prato fundo, pois tinha muito caldo, o que necessitou de uma colher. O cozido mistura carne de lata, frango caipira, uma almôndega gigante chamada "pilota" (uma combinação de carnes bovina e suína moídas, temperadas com ervas e castanhas do Brasil). O caldo era de legumes no qual foram cozidos batata, cenoura, couve e grão de bico. O sabor era intenso, apropriado para o friozinho que fazia naquela noite. A pilota tinha ótimo tempero o que contrastava com a falta de tempero das outras carnes do prato. Quanto aos legumes, o grão de bico dominava em quantidade e em sabor, com cozimento no ponto que gosto, um pouco acima de ficar al dente, ou seja, nem muito macio, mas também sem ser crocante. Experimentei um pouquinho do prato de meu companheiro, um camarão com chuchu (R$ 59,00), uma releitura de um clássico da gastronomia brasileira. O camarão era puxado no azeite com alho, pesto de páprica (o que o deixou levemente picante) e caldo de peixe. Veio servido sobre chuchu crocante. Sim, o chuchu tinha textura distinta do que estamos acostumados a comer. Estava cortado em cubinhos e levemente cozido, o que lhe garantiu a crocância. Gostei desta forma de servir o chuchu. O que não me agradou muito foi o excesso de coentro no prato, tanto no preparo quanto na decoração. Ficou visualmente poluído. Ainda havia um alioli de limão siciliano como acompanhamento, mas este eu não experimentei. Finalizei o jantar com uma bola de sorvete no sabor cajuzinho do cerrado (R$ 5,00). Fruta típica do Cerrado, tem sabor azedinho. O sorvete estava bem feito, com o sabor da fruta se sobressaindo.

Valor total da conta: R$ 242,00, para quatro pessoas, incluído o serviço e duas caipirinhas (R$ 14,00 cada uma). Conta paga com cartão de débito, já que a casa não aceita cartão de crédito.
Minha nota: 7.