quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

ANDRÉS CARNE DE RES

Restaurante: Andrés Carne de Res
Endereço: Calle 3 # 11A - 56, Chía, Cundinamarca, Colômbia.
Fone: +57 1 861 2233
Data: 29/10/2017, domingo, almoço.
Especialidade: culinária colombiana, com destaque para as carnes.
Chef: Marco Antonio Beltrán.
Ambiente: o restaurante está localizada em Chía, distante cerca de 30 quilômetros de Bogotá, situado em uma enorme edificação de madeira, tipo cabana, o que confere ao local um ar rústico. A decoração é bem exagerada, no melhor estilo kitsch, com a cor vermelha dominando a cena. As mesas estão espalhadas em vários ambientes, alguns com mais iluminação do que outros. O desconforto é grande, pois além de as mesas estarem coladas umas nas outras, as cadeiras, estilo bancos rústicos de fazenda, não são agradáveis de se ficar por muito tempo. Há muitas frases de impacto penduradas por todo o restaurante. A música é alta demais e quando há apresentação de danças, geralmente protagonizadas pelos próprios funcionários, aumentam o volume. Ficamos em uma mesa em apertado salão, próximos a uma caixa de som, o que incomodou durante todo o tempo em que lá ficamos. Cada mesa recebe um nome que fica inscrito em um coração vermelho pendurado no lustre que a ilumina. No nosso caso, ficamos na mesa Globo. Há muito merchandising, especialmente nas vacas de vinil, como aquelas da Cow Parade, que ficam na calçada em frente ao restaurante.
Serviço: os recepcionistas se esforçam para ser simpáticos, mas não conseguem transparecer espontaneidade. Chegamos sem reserva, por volta de 14:30 horas de um domingo, quando estava bem cheio. Há um sistema de comunicação via rádio interno que garante agilidade na hora de acomodar os clientes. Quanto aos garçons, a maioria deles estudantes universitários, não primam pelo profissionalismo. Lentos, muitos visivelmente sem vontade de trabalhar. A comida demorou muito para chegar à mesa, mas as bebidas demoraram muito mais, chegando depois que já tínhamos a começado a comer os petiscos de entrada. Como era véspera de meu aniversário, o guia falou para a gerente que, por sua vez, providenciou um "evento" em nossa mesa: um trio com roupas típicas tocou e cantou, colocando em mim e em meu amigo, também aniversariante, uma faixa de "Feliz Aniversário" e um chapéu no estilo daquelas coroas de papel do Burger King. Mico total. A carta é algo surreal, um livro de 76 páginas!
Bebida: já que estava em local de comida típica, pedi uma bebida refrescante colombiana, a limonada de coco (COP 16.800). Foi servida em um inusitado copo alto, cuja asa era uma colher retorcida. Novamente, como no jantar da noite anterior em Bogotá, tinha muito gelo e quase não se sentia o gosto do limão, sobressaindo o coco no paladar. Era muito doce também. Não me agradou.
Entrada: compartilhamos, por sugestão de nosso guia, um prato com iguarias colombianas fritas, o mixto de fritos (COP 49.800). O prato é bem servido, tendo visual feio. Como eram petiscos fritos, este prato é muito gorduroso e se torna enjoativo. Nele vieram duas empanadas de carne, que estavam excessivamente encharcadas de gordura; um patacón (disco frito de banana verde amassada), com gosto de gordura velha; yuca (mandioca), sequinha, mas dura; papa criolla, tipo batata bolinha, fritas com casca e bem saborosas; chicarrón (nosso torresmo), que não tinha nenhum sabor; mini chorizo, linguiça bem temperada e gostosa; mini morcilla, nosso chouriço com muita gordura; guacamole, que estava bom, mas faltou algo para passá-la, tipo pão; e hogao, um molho muito usado na culinária colombiana para acompanhar patacones, arepas, mandioca, entre outros. Em sua composição leva cebola, tomate, cominho, alho, sal e pimenta. Foi o melhor item do prato e potencializou a mandioca, bem como o patacón.
Principal: como a especialidade do local é a carne, nem tive trabalho de ler o extenso cardápio de 76 páginas. Fui direto na seção de carnes, perguntei ao garçom qual era o de maior saída e escolhi a punta de anca 250 gramas (COP 45.000). O prato consistia de um pedaço de carne assado na brasa, batatas criollas cozidas e levemente fritas e uma arepa tostada. Tudo servido em uma tábua de madeira, mas cada um disposto separadamente. A carne estava em uma mini tábua de ferro, as batatas em um copo de alumínio e a arepa solta na tábua maior. O melhor do prato foi a batata, que estava bem temperada, macia por dentro, com muito sabor. A carne era um pouco dura, difícil de mastigar, mas, pelo menos, tinha bom tempero. A arepa veio levemente umedecida, o que, no meu entender, prejudicou seu sabor.
Valor total da conta: COP 371.265, para quatro pessoas, já incluída a gorjeta sugerida pela casa. Pagamento em dinheiro.
Minha nota: 5.
Observação: mesmo com uma experiência não muito feliz no quesito comida, e com o desconforto físico e auditivo do restaurante, entendo que o Andrés Carne de Res é um local para se conhecer, pois sua decoração, aliada às atrações diárias, o tornou um ponto turístico colombiano, um must to go in Colombia.

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