terça-feira, 12 de julho de 2016

OINC BAR

Não sou adepto a ir a um novo estabelecimento antes de ele completar pelo menos uns dois meses de funcionamento, pois no início a casa passa, necessariamente, por um período de "provação", e ajustes sempre devem ser feitos. No entanto, deixei esta minha regra de lado e parti para conhecer, junto com mais três pessoas, o Oinc, um bar especializado em servir carne de porco em suas mais variadas formas. Algo que ficou em voga ultimamente, especialmente depois do sucesso de marketing e de público do A Casa do Porco Bar, do chef Jefferson Rueda, em São Paulo (Já fui e não gostei). Era sexta-feira, dia 01º de julho de 2016. O Oinc estava completando três semanas naquela noite. Ele fica na parte de baixo do bloco, em uma galeria, portanto, sem visão para a quadra. Tem uma pequena área externa que divide com um restaurante japonês e um loja de cerâmicas artesanais. Sentamos na primeira e única mesa disponível naquela hora. Havia uma DJ para animar a noite, mas a música estava muito alta, incomodava quem queria conversar tranquilamente, que era o nosso caso. Na verdade, cada dia que passa tenho menos paciência para música em bares e restaurantes, seja ao vivo ou mecânica, porque o volume sempre está alto.
Logo que sentamos, perguntei ao garçom se havia a possibilidade de baixar o volume da música, o que fui de pronto atendido. No entanto, em meia hora, a música já estava alta de novo.
O cardápio é bem enxuto, com apenas quatorze opções, sendo duas delas sem o quase onipresente porco. A única sobremesa tem bacon! Na descrição do primeiro petisco, a casa brinca com uma possível crítica de que está copiando A Casa do Porco Bar, dizendo que o torresmo de barriga com geleia de amora picante é a única cópia da casa famosa de São Paulo. Ouso discordar, pois em nada se parece com o torresmo de barriga paulistano, nem no visual, nem no sabor. Resolvemos compartilhar três petiscos entre nós quatro.

1. torresmo de barriga com geleia de amora picante (R$ 5,00 a unidade). Pedimos quatro unidades. Arrependimento. É muito gorduroso, diferente do apresentado pela A Casa do Porco, o que o torna enjoativo. A geleia de amora picante estava em quantidade mínima e era mais ácida do que picante. No meu paladar não casou bem. Na casa paulistana, a geleia é de goiaba, e também não apreciei quando lá estive. Sobrou torresmo na mesa.



2. leitão a passarinho com farofa de panko e molho de limão (R$ 51,00). Porção de 600 gramas, tem boa apresentação e chegou com bom aroma à mesa. Os acompanhamentos - farofa de panko e molho de limão - ofuscaram o principal em sabor. A carne de porco, cortada como se fosse um frango a passarinho, estava encharcada em óleo. Precisava ser mais seca. A carne estava macia e bem temperada. O molho de limão foi providencial para anular um pouco o gosto de gordura.




3. Porção de croquetes de porco na lata (R$ 25,00). Tem bonita apresentação, estavam secos, a carne era bem temperada, mas o gosto de farinha falava alto no paladar. Também ficou parte no prato.








Os dois drinques que foram pedidos - uma caipirinha e um mojito - estavam mal feitos e não foram apreciados por quem os pediu.
Sabia que o chef André Batista já tinha experiência em, charcutaria, mas acabamos não provando esta esta sua especialidade.
Enfim, deveria ter sido minha regra e esperado um pouco mais para conhecer o Oinc Bar.
Total da conta para quatro pessoas: R$ 249,35, com serviço incluído e dois drinques. Conta paga com cartão de crédito.
Oinc Bar - SCLN 408, Bloco E, galeria, Asa Norte, Brasília, DF.
Minha nota: 4.

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