quinta-feira, 7 de julho de 2016

TANDORY


Depois de um dia intenso de trabalho, debates, articulações e deliberações, nada como um jantar em um ótimo restaurante, boa companhia e vinho local. Assim foi minha segunda noite em Montevidéu, Uruguai. Escolhemos um dos restaurantes que figura entre os melhores da capital uruguaia, local no qual já tinha jantado e gostado em 2014.

Restaurante: Tandory
Endereço: Calle Libertad, 2.851, esquina de Calle Ramon Masini, Montevideo, Uruguay.
Telefone: +59 8 2709 6616
E-mail: tandoryrestaurant@gmail.com
Website: http://www.tandory.com.uy/.
Wi-fi: disponível mediante senha.
Data: 21/06/2016, terça-feira.
Horário: jantar, de 20:10 às 22:10 horas.
Mesa: ficamos em uma mesa para duas pessoas no salão interno, próxima da escada que dá acesso ao subsolo.
Ambiente: fica em uma casa de esquina, cujas portas estão sempre fechadas, necessitando tocar uma campainha para entrar. As mesas estão dispostas em um salão em forma de L no piso de entrada, além de um ambiente mais reservado no subsolo. Iluminação mais baixa, de coloração amarela, o que confere um clima mais aconchegante e quente ao local.
Especialidade: conforme está em seu cartão de visitas, o restaurante oferece "los sabores del mundo", com uma visível influência das culinárias uruguaia, espanhola, latina e indiana.
Serviço: reserva recomendável, pois o restaurante é muito procurado, tanto por turistas quanto por residentes. Atendimento de mesa muito bom, com explicações corretas e objetivas dos pratos e da carta de vinho, Menu disponível em tablets. Pratos chegam à mesa em tempo razoável, sem muita espera. O chef proprietário Gabriel Coquel foi até nossa mesa para saber o que estávamos achando dos pratos. Muito simpático.
Cardápio: há clássicos da culinária uruguaia, com releituras que utilizam elementos da culinária asiática, especialmente a indiana, com mistura de salgado e doce no mesmo prato. A culinária espanhola também influencia o cardápio. Opções de entradas, pratos principais e sobremesas.
O que bebi: as bebidas foram compartilhadas na mesa. Bebemos o vinho Agostina da vinícola uruguaia Finca Agostina, elaborado com a casta pinot negro (pinot noir), safra 2009 (PU$ 690). Vinho mediano, mas que não fez feio ao harmonizar com nossos pratos, que eram muito distintos em sabores e temperos. Vinho mais leve. Acompanhou o vinho uma garrafa de 500 ml da água mineral com gás Salus (PU$ 90).

O que comi: começamos com a cortesia da casa, uma deliciosa e quente sopa de abóbora moranga, banana e gengibre. Levemente adocicada, com sabor forte na boca, que cumpriu o papel de abrir o paladar e esquentar o estômago. Em seguida, compartilhamos duas entradas.





Entrada 1: montadito de morcilla (PU$ 410) - duas porções grandes de morcilla (chouriço) apresentadas como uma espécie de farelo, com sabor doce (à moda espanhola), servida por cima de uma torrada bem temperada. Acima da morcilla veio uma pasta de queijo de cabra regada com azeite. Acima de tudo, folhas frescas de rúcula. Entre a morcilla e a torrada, uma rodela de tomate grelhado completou a diversidade de sabores. O ideal era levar tudo junto à boca, com todos os sabores se completando no paladar: o doce da morcilla, o levemente ácido do tomate, o tostado do pão, a untuosidade do azeite e o sabor personalíssimo do queijo de cabra. Gostei muito e ainda comi a parte de minha colega de jantar, pois ela não gosta de morcilla.




Entrada 2: camarones de primavera (PU$ 450) - são duas unidades de um outro montadito. São camarões grelhados servidos em um pedaço de polenta assada, purê de tâmaras e molho de queijo gorgonzola. Diferente da entrada anterior, não gostei da mistura de sabores. O doce das tâmaras não casou bem com o forte gorgonzola. E os dois juntos, mesmo brigando entre si no paladar, mataram o sabor do camarão.





Prato principal: lasaña de rabada (PU$ 580) - prato muito bem servido, podendo ser dividido tranquilamente por duas pessoas, embora não o fizemos. Chegou fumegante à mesa, com aroma que estimulava o paladar. O aspecto não era muito bonito. Não gosto de comer comida muito quente, motivo pelo qual custo a pedir lasanha em restaurantes. Como estava bem fria a noite, optei por este prato, mas tive que esperar um bom tempo para ele esfriar um pouco. O sabor era forte, com um excesso de óleo que me incomodou. Não comi tudo, pois já era tarde da noite e queria dormir bem.


Valor total da conta: PU$ 3.500, para duas pessoas, incluído o serviço e bebida alcoólica. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 7.

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