quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

HERMENGARDA

A experiência: mais uma noite de jantar com o Passaporte Gastrô. Das muitas opções para quarta-feira, escolhemos o Hermengarda, do chef Guilherme Melo, um restaurante que fica em uma casa antiga, da década de 1940, no Carmo. Quando chegamos, por volta de 20:30 horas, as mesas estavam praticamente vazias. Apenas uma mesa ocupada no quintal por um casal. E foi assim todo o tempo em que lá estivemos. Fomos entusiasticamente recebidos na porta, quando nos disseram que podíamos escolher onde sentar. Mesas na simpática varanda externa, no salão principal, mais iluminado, no corredor lateral e no quintal, que tem uma jabuticabeira e o teto aberto. Noite agradável, escolhemos uma mesa no quintal. Atendimento bom, atencioso, mas um pouco ausente em determinados momentos da noite. Para beber, consumi duas latas de Coca Cola Zero (R$ 6,50 cada uma), enquanto meu companheiro pediu um mojito (R$ 17,00), que ele gostou muito. Decidimos compartilhar uma entrada. Escolhemos os rolinhos de abobrinha com carne de sol desfiada, queijo coalho e presunto parma ao pesto de castanha do pará (R$ 24,00), mas ao fazer o pedido, o garçom nos informou que estava em falta, assim como o prato com atum. Nestes casos de ausências de itens do cardápio, entendo que deve haver um aviso no próprio ou o garçom, no momento de entregar a carta para o comensal, já avisar dos itens faltantes. Frustrados, substituímos nosso pedido por uma porção de cogumelos de paris recheados com linguiça semi-defumada (R$ 27,00). Não tardou a chegar um prato aromático à mesa com cinco unidades de cogumelos de tamanho médio. Acompanhados por uma juliene de cenoura e abobrinha, levemente passadas na chapa, e com uma redução de balsâmico como leito. O visual era bom. Na boca, faltou potência, faltou algo que cativasse. O tempero estava bom, mas o cogumelo paris por si só não tem muito sabor, ele precisa de algo forte para lhe dar gosto. A linguiça semi-defumada não funcionou aqui. Em seguida, os pratos principais: arroz à Amado (R$ 79,00), prato de meu companheiro, e leitão desossado com tempero à mineira, farofa de alho poró e azeitonas e salada de maçã verde (R$ 66,00). Prato bem servido, perfumado. O melhor era a carne de porco, que tinha a casca bem crocante e era tenra por dentro. A farofa era feita com farinha de rosca, o que a deixou mais massuda e enjoativa, com leve sabor de queimado, incomodando no paladar. Uma fruta doce no meio desta farofa suavizou um pouco o sabor. A maçã verde veio cortada em juliene e salpicada de gergelim preto. Por ser mais ácida, foi um belo contraste para a carne de porco, sempre mais adocicada. Terminamos compartilhando um doce. Pedimos o bolinho quente de queijo canastra com calda de vinho do porto e figos (R$ 23,00). Foi o melhor prato da noite. Uma releitura do onipresente petit gateau, mas com personalidade. O bolinho, ao ser partido, deixou escorreu um deliciosos creme de queijo, com sabor salgado. Este salgadinho misturado com a calda de vinho do porto, que veio por baixo do bolinho, ficou sensacional. O figo poderia dar mais sabor ao prato se fosse servido grelhado. Era a fruta fresca partida em quatro pedaços. Ficou bom, mas poderia ser melhor. Por fim, uma xícara de café descafeinado Nespresso (R$ 6,50).
Restaurante: Hermengarda
Endereço: Rua Outono, 314, Carmo, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 3225 3268
Web: http://www.hermengarda.com.br/
Data: 15/02/2017, quarta-feira, jantar.
Valor total da conta: R$ 195,80; para duas pessoas, incluído o serviço (não está incluído o valor de R$ 66,00, pago com o voucher do Passaporte Gastrô). Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 7.

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