terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

OLGA NUR

A experiência: domingo de Carnaval. Depois de muita diversão debaixo de chuva no Bloco Beiço do Wando, passamos em casa para um bom banho quente e voltamos a sair. Desta vez para almoçar. Quando o grupo é grande, fica mais difícil acertar um local que agrade a todos. Depois de alguns vetos, conseguimos um consenso, escolhendo o restaurante Olga Nur, onde já havia estado em janeiro de 2017, numa tranquila noite de terça-feira. Estava muito fácil para estacionar e para encontrar lugar nos restaurantes da região, o chamado triângulo gourmet do bairro de Lourdes. O Olga Nur tem mesas na calçada, em ambiente mais jovial e informal, com cadeiras alaranjadas e com design moderno. Já seu salão interno tem um teto deslumbrante, com pedaços de madeira que lembram cabos de vassoura formando uma onda, criando um clima intimista, mas que fica mais nítido quando se vai à noite. Ainda conta com um bem montado bar que ocupa toda a extensão da parede do fundo. Optamos por ficar neste salão, pois não queríamos arriscar a tomar novo banho de chuva. O atendimento foi muito bom. Garçons atenciosos, simpáticos, cordiais. Os pratos chegaram em tempo justo, sem delongas. Pedimos, para brindar nossa amizade, uma jarra de um litro de clericot (R$ 90,00). Foi servido em uma jarra contendo vinho branco da casta sauvignon blanc, laranja, limão siciliano, maçã verde, hortelã, licor de laranja e água com gás. Nada dizia de morangos, fruta que não aprecio. Quando colocados na mesa, jarra e taças estavam com bastante frutas, entre elas, o morango. Quiseram trocar, mas como não ia comer o tal morango, deixei como estava. Fruta à parte, não gostei muito do clericot, pois prefiro quando ele é feito com espumante, fica mais adocicado. Quando a jarra terminou, partimos para outra, desta feita uma jarra de um litro de mediterrâneo (R$ 120,00), com espumante, laranja, morango, pera e pêssego, vodca de baunilha e água com gás. Pedimos sem morango. Era bem melhor, mesmo não contendo todas as frutas descritas no cardápio. No lugar do pêssego, colocaram maçã verde e pera. No entanto, nada avisaram na mesa. De qualquer forma, gostamos do que foi servido. Durante a refeição, ainda bebemos água mineral com e sem gás São Lourenço, (R$ 5,00 cada garrafa de 300 ml). O cardápio tem uma pegada contemporânea, com opções de pratos para compartilhar, enquanto se toma um drinque ou joga conversa fora. Começamos justamente compartilhando dois destes pratos. Pedimos cupim assado em baixa temperatura, glaçado com sweet chilli souce (R$ 42,00). Servido em um prato fundo, vieram oito cubos de cupim, uma carne gordurosa por natureza, e muito fibrosa. Ela estava tão bem cozida que quase derretia na boca. O molho era picante no ponto certo, sem ofuscar o sabor da carne. Também dividimos um montadito de filé com guacamole, ovo de codorna frito e flor de sal (R$ 51,00). Vieram oito unidades. Elas variaram em intensidade de sal, não havendo uma homogeneidade no paladar. O que comi, por exemplo, faltava sal, mesmo sendo descrito que este prato levava flor de sal. Também achei que a base do montadito deveria ser mais crocante. Em seguida, os pratos principais. No meu caso, escolhi filé ao curry verde levemente picante, acompanhado por abacaxi assado com especiarias (R$ 72,00). O filé veio partido em pedaços finos, com uma farofa de coloração mais clara lhe servindo de leito. Tal farofa foi essencial para absorver o molho de curry verde, que eu esperava ser mais picante. Era bem leve, como descrito no cardápio. O abacaxi estava bastante doce e foi servido assado, cortado em pequenos pedaços que foram dispostos em uma metade da própria fruta. As especiarias não conversaram bem com o curry. Eram ótimos se comidos de forma separada. Ainda resolvemos pedir uma sobremesa para compartilhar. Escolhemos o suflê de goiabada com sorvete de queijo feito na casa (R$ 19,00). Muito gostoso. Suflê morno, aerado, com aquela casquinha que gruda na parede do ramequim deliciosa. Sorvete sensacional, levemente salgado. Uma releitura muito bem feita do famoso doce mineiro goiabada com queijo. Café espresso (R$ 5,00) finalizando a tarde.
Restaurante: Olga Nur
Endereço: Rua Curitiba, 2.202, Lourdes, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 3566 1851
Web: http://olganur.com/
Data: 26/02/2017, domingo, almoço.
Valor total da conta: R$ 844,80; para cinco pessoas, incluído o serviço. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 6, bem diferente do 8 que dei quando estive na noite do dia 17/01/2017 (para ler a postagem, clique aqui)

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