sábado, 18 de março de 2017

INKA

A experiência: gosto de ceviche, mas ainda não encontrei um restaurante que faça um pelo menos bom. Na quarta-feira, resolvemos sair para jantar. A escolha foi de meu companheiro. Ele sugeriu o Inka, restaurante que fica no bairro Luxemburgo, especializado nas cozinhas peruana e japonesa. Foi difícil encontrar um local para estacionar e só depois de sentados, descobri que há um amplo estacionamento no mesmo prédio, onde também funciona uma pizzaria, dos mesmo proprietários do Inka. Assim que sentamos, em uma mesa ao lado da janela, recebemos três cardápios. Um para bebidas, outro para a comida japonesa e o terceiro para a comida peruana. Como não queria beber, já fui pedindo uma Coca Cola Zero, lata de 350 ml (R$ 5,80), enquanto meu companheiro pediu um drinque chamado ave lucuma (R$ 19,00). Fiquei super contente ao saber que havia lúcuma no cardápio, especialmente na parte de sobremesa. Meu interesse era na comida peruana. Para começar, pedimos uma ronda fria (R$ 58,00), pois em um só prato havia todos os pratos que queríamos pedir como entrada: ceviche, tiradito e causa, além de um camarão chamado chalaca. Não demorou a chegar um prato bem feito, com as entradinhas separadas em quatro partes. Eram três mini ceviches: clássico, salmão no maracujá e atum com ervas. O primeiro estava muito bom, com o leche de tigre no ponto, ácido na medida certa. O de salmão mais parecia um sashimi mais gordo, pois não se sentia que o maracujá o tivesse cozido o bastante. O manjericão se destacava nas ervas do atum, o que prejudicou o sabor do peixe. A mesma mistura de ervas estava por cima dos tiraditos. Eram quatro tipos, a saber, atum, salmão, peixe branco e polvo. O excesso do molho de ervas deixou os quatro com o mesmo sabor. Não comi o camarão chalaca, apenas o molho de tomate, milho verde e cebola no qual estava acomodado. Era gostoso. Já as causas, lhes limão na massa de batata. Os recheios de frango e atum dominaram no paladar. Quase não se sentia o sabor da batata. Passei para o prato principal. Meu companheiro pediu uma pasta a la huancaina (R$ 55,00), enquanto eu pedi um dos pratos que mais gosto da cozinha clássica peruana, o tacu tacu (R$ 53,00). Aqui ele recebeu a alcunha de a lo pobre, pois foi servido com um ovo frito por cima da carne. Prato bem servido e com bom perfume. No entanto, a mistura de arroz com feijão estava bem longe daquela que tinha em mente, da que eu costumava comer em um restaurante peruano de Brasília, o El Paso Latino. A mistura estava cremosa demais, parecendo um risoto. No Peru, comi o tacu tacu selado, o que lhe deu uma crocância interessante e não ficava esparramado pelo prato. Por cima do tacu tacu, um filé a milanesa, banana também a milanesa, o ovo frito e muita cebola roxa picada. Completava o prato um espesso molho com muita salsinha e orégano. Pela quantidade de ingredientes, alguns deles com personalidade forte, o prato ficou enjoativo na boca. Não gostei. Era hora de pedir a sobremesa. Claro que foi um sorvete de lúcuma. O garçom, ao ouvir meu pedido, disse que a lúcuma estava em falta, assim como o refri Inca Kola. Fiquei frustrado. Pedimos dois cafés espressos para terminar o jantar. Serviram duas xícaras com café derramando e sem nenhuma espuma. Ao tomar, era horrível. Devolvemos e não nos cobraram na conta. Pediram desculpas porque quem fez o café não sabia mexer na máquina e usou a mesma cápsula já usada para passar os nossos dois cafés. Insistiram em nos oferecer, como cortesia, dois cafés realmente espressos e frescos, mas não aceitamos. Pagamos a conta e nos fomos. Ainda não comi um bom ceviche em BH.
Restaurante: Inka
Endereço: Rua Guaicuí, 533, Luxemburgo, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 3293 1461
Web: https://www.facebook.com/inkabh/
Data: 15/03/2017, quarta-feira, jantar.
Valor total da conta: R$ 209,88; para duas pessoas, incluído o serviço. Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 6.

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