terça-feira, 31 de janeiro de 2017

OLGA NUR

A experiência: terça-feira é um ótimo dia para jantar tranquilo fora de casa, pois os restaurantes costumam estar mais vazios, mesmo fazendo um sem número de promoções, como compre dois, pague um. E o Passaporte Gastrô, que tem esta verve de compre um prato individual e leve outro de igual ou menor valor, tem suas noites fortes às terças e quartas-feiras. Pegamos nosso passaporte, olhamos as opções daquela terça e decidimos pelo Olga Nur, pois já tínhamos boas referências, e ao passar na porta, a pé ou de carro, a sua decoração sempre nos chamava a atenção. Fica em movimentada esquina, localizado no chamado triângulo gourmet, no bairro de Lourdes. Tem mesas na calçada, em ambiente mais jovial e informal, com cadeiras alaranjadas e com design moderno. Já seu salão interno tem um teto deslumbrante, com pedaços de madeira que lembram cabos de vassoura formando uma onda, criando um clima intimista, potencializado pela iluminação mais baixa. Ainda conta com um bem montado bar que ocupa toda a extensão da parede do fundo. Optamos por ficar neste salão, pois a noite estava quente, sendo melhor ficar em ambiente climatizado. Além disso, não gosto de jantar na calçada, pois o movimento de pedestre e de carros atrapalha. Música boa, em volume adequado. O atendimento foi muito bom o tempo todo em que lá estivemos. Garçons atenciosos, tirando nossas dúvidas, simpáticos, cordiais. Os pratos chegaram em tempo justo, sem delongas. Meu companheiro pediu um drinque clássico para beber, o Negroni (R$ 18,00), enquanto eu fui de limonada suíça (R$ 7,00). Durante a refeição, ainda bebemos duas garrafas da água mineral com gás São Lourenço, (R$ 5,00 cada garrafa de 330 ml). O cardápio tem uma pegada contemporânea, com opções de pratos para compartilhar, enquanto se toma um drinque ou joga conversa fora. Começamos justamente por um destes pratos. Pedimos cupim assado em baixa temperatura, glaçado com sweet chilli souce (R$ 42,00). Servido em um prato fundo, vieram oito cubos de cupim, uma carne gordurosa por natureza, e muito fibrosa. Ela estava tão bem cozida que quase derretia na boca. O molho era picante no ponto certo, sem ofuscar o sabor da carne. Sensacional. Em seguida, os pratos principais. Meu companheiro pediu um nhoque de baroa (R$ 53,00), enquanto eu fui de bochecha de porco grelhada, mal passada, com melaço de romã e timbale de inhame (R$ 52,00). O prato veio muito bem servido, com visual de chamar a atenção, especialmente por causa da inexplicável flor rosa e os aros de cebola fritos por cima dos pedaços da bochecha de porco. Assim que fiz o pedido, o garçom me explicou que a bochecha era mal passada. Chegado o prato, me incomodou a textura da carne e não o seu ponto. Estava um pouco dura e tinha sabor enjoativo.  E não era um timbale de inhame, mas sim um purê. Timbale é uma massa folhada, assada em forno e geralmente recheada. Não foi o caso. Este prato não me conquistou. Ainda resolvemos pedir uma sobremesa para compartilhar. Escolhemos o suflê de goiabada com sorvete de queijo feito na casa (R$ 19,00). Foi a redenção em relação ao meu prato principal. Muito gostoso. Suflê morno, aerado, muito macio, com aquela casquinha que gruda na parede do ramequim deliciosa. Sorvete sensacional, levemente salgado. Uma releitura muito bem feita do famoso doce mineiro goiabada com queijo. Café espresso (R$ 5,00) finalizando a noite.
Restaurante: Olga Nur
Endereço: Rua Curitiba, 2.202, Lourdes, Belo Horizonte, MG.
Telefone: +55 31 3566 1851
Web: http://olganur.com/
Data: 17/01/2017, terça-feira, jantar.
Valor total da conta: R$ 226,60; para duas pessoas, incluído o serviço (no preço não consta o valor de R$ 52,00, referente a um dos pratos principais, pois utilizamos o Passaporte Gastrô). Conta paga com cartão de crédito.
Minha nota: 8.

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